A carta da fé

Voluntárias da UNP escrevem cartas direcionadas às detentas para falar da fé em meio à pandemia. Saiba mais

Imagem de capa - A carta da fé

“Olá, tudo bem com vocês, meninas? Escrevo-lhes esta carta em nome de todas as voluntárias do grupo UNP. Estamos de quarentena e com saudades de vocês e em breve estaremos de volta, levando a Palavra de Deus até vocês. Estamos na fé orando por todas e por todos os raios e celas. E vocês continuem firmes na fé, meditando na Palavra de Deus diariamente, orando e fazendo seus propósitos com Deus. Ele apaga seu passado e faz de vocês novas mulheres, ou seja, mulheres de Deus…”

O trecho acima faz parte de uma carta escrita por voluntárias do grupo Universal nos Presídios (UNP) de Sorocaba e região, cidade do interior paulista. O objetivo é continuar incentivando as detentas a buscarem a Deus, já que as visitas e os cultos estão suspensos por causa da pandemia do novo coronavírus.

“É um meio de estarmos em contato com elas, saber como estão, passar a fé através da correspondência. Nós enviamos as cartas e elas nos respondem. Essas cartas têm ajudado muito, já que não podemos realizar o trabalho evangelístico por causa da pandemia”, comentou Luciana Ramos, responsável pelo trabalho da UNP em Votorantim, cidade vizinha.

As cartas também estão sendo enviadas aos presídios de outros Estados, como Paraíba e Goiás. Na cidade de Patos (PB), por exemplo, foram distribuídas 64 cartas escritas por 14 voluntárias, segundo a responsável pelo trabalho da UNP no local, Eliz Jardim.

A iniciativa foi aplaudida pelas diretoras das unidades. “Elas ficaram tocadas pelo conteúdo das cartas, que transmitem fé, palavras de esperança, textos bíblicos e uma palavra pessoal da voluntária, dando-lhes força para enfrentar esse período tão difícil, pois, além da privação da liberdade, houve também a suspensão do contato com a família e as nossas visitas, estas, na visão da diretora, sempre as tranquilizavam na prisão”, explicou. Eliz ainda acrescentou: “uma carta, além do alimento espiritual, traz também notícias de que estamos cuidando da família delas aqui fora e, para elas, isso é de grande importância.”

Em Goiás, mais de 100 cartas já foram enviadas a diversos presídios do Estado. “Temos recebido respostas e muitas cartas são pedidos de socorro. Isoladas, sem visitas, muitas estão em desespero e pensando em suicídio. As cartas com mensagem de fé, testemunhos de superação das próprias voluntárias e mensagens bíblicas são para elas um alento e uma maneira de saber que não estão sozinhas”, disse Nilda Santos, missionária da UNP, responsável pelo trabalho evangelístico no local.

UNP sempre em ação
O grupo UNP atua em todo o Brasil e também em diversos países do mundo. Durante a quarentena, seus membros estão seguindo todas as normas de segurança e não deixam de levar apoio material e a Palavra de Deus a quem precisa. Conheça melhor esse trabalho acessando universal.org.

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Colaborador

Sabrina Marques / Fotos: Getty images e cedida