A diferença entre os dons e o fruto do Espírito Santo
Apesar de serem temas comuns na vida de um cristão, muitos ainda não sabem diferenciar um do outro e, consequentemente, a importância de cada um deles
Tanto os dons como o fruto do Espírito Santo devem fazer parte da vida de um cristão, pois aqueles que os têm refletem Deus neste mundo. No entanto muitos ainda confundem dons e fruto e deixam de admirar e aproveitar cada um deles. E mais: também não entendem a importância de cada um deles para o desenvolvimento espiritual da Igreja do Senhor Jesus.
O fruto do Espírito
É possível identificar uma árvore observando o seu tamanho ou a sua folhagem, mas para distingui-la de forma precisa é necessário examinar os seus frutos. Isso porque uma árvore pode até apresentar características semelhantes a outra, mas os seus frutos são exclusivos.
De igual modo, pesar o espírito daqueles que se dizem cristãos depende de uma análise dos atributos de seu caráter. Mesmo que muitos adeptos da Fé expressem um comportamento bondoso e exemplar, mantê-lo constantemente se torna uma tarefa árdua ou até mesmo impossível para quem não possui o Espírito Santo. Em contrapartida, os nascidos dEle produzem virtudes permanentes, como amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança (Gálatas 5.22) e evidenciam a Presença de Deus por meio da sua conduta. Para esses, não é preciso nenhum tipo de esforço, pois as virtudes já fazem parte deles, elas são o fruto do Espírito. É a partir da análise desse fruto que se sabe se essa árvore nasceu ou não do Espírito de Deus.
Embora a Bíblia especifique nove virtudes, Ela se refere a um único fruto. Ou seja: quem nasce do Espírito Santo é um fruto, um ser, que possui todas essas nove características. Saiba mais no destaque da página ao lado.
Os dons
Enquanto o fruto revela o caráter divino naqueles que verdadeiramente são nascidos de Deus, os dons do Espírito contribuem para a realização de Sua Obra. São dons como operar milagres, profetizar ou discernir línguas estranhas. Basicamente, o fruto representa o ser e os dons, o fazer. Como afirma o Bispo Edir Macedo em seu livro O Espírito Santo, todo cristão deve manifestar a glória do Altíssimo neste mundo e, por isso, os dons de revelação, inspiração e poder são concedidos ao cristão como consequência de suas virtudes. Por isso, quando o Senhor Jesus nos convida a curar os enfermos e a libertar os cativos (leia em Mateus 10.8), Ele também nos assegura a capacidade para cumprir o Seu chamado. “Naturalmente, Deus não poderia ser incoerente a ponto de nos mandar fazer algo que está acima das nossas possibilidades e, por isso mesmo, Ele os capacitou (os Seus discípulos) com dons do Espírito Santo, a fim de realizarem a Sua vontade”, afirma o Bispo.
Mesmo hoje em dia, aquele que é nascido do Espírito pode ser capacitado para a Sua Obra ao receber Seus dons.
A tentação prevista por Paulo
Ainda que os dons do Espírito possibilitem o crescimento espiritual de quem os recebe, eles pertencem a Deus. O ser humano apenas é capaz de obter o privilégio de usufruir desses dons a favor do Seu Reino. Interesses pessoais ou desejos da carne jamais podem ser realizados utilizando o que o Senhor concedeu. Mas, sabendo que muitos seriam tentados a cair nesse engano, Paulo afirmou: “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (I Coríntios 12.1).
O Bispo Macedo explica que para que esse equívoco não ocorra “é preciso que haja um discernimento espiritual, a fim de saber com que finalidade ou a troco de que são realizados esses benefícios; porque o diabo pode muito bem encaminhar a pessoa para fazer caridade e, muito sutilmente, devagarzinho, lá pelo meio do caminho, desviar a sua mente, desencaminhando o seu destino, até a possessão completa e, consequentemente, à cegueira total, para impedi-la de discernir entre o bem e o mal”.
Permaneça plantando
Somente aqueles que se mantêm conectados à Árvore da Vida (Jesus) podem gerar o bom fruto, operar os seus dons e, assim, ser útil ao Seu propósito, como está escrito em João 15.4-5: “Estai em mim, e Eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em Mim, e Eu nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer”. Sendo assim, permaneça plantando uma vida de intimidade com o Altíssimo e enraíze a sua vida nEle.
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