A farsa que ela não conseguiu esconder

Na Igreja desde pequena, Quétinin Sciola Andrade mascarava um relacionamento com Deus que nunca existiu. Uma Palavra, porém, foi suficiente para que mudasse de vida

Imagem de capa - A farsa que ela não conseguiu esconder

Por anos, a empresária Quétinin Sciola Andrade, de 29 anos, frequentou a Igreja, mas não tinha nenhum relacionamento com Deus. Do ponto de vista espiritual, ela diz que se julgava uma farsante. “Eu usava uma espécie de máscara, eu era um personagem dentro da Igreja. Eu respondia às pessoas ‘sim, senhora’, ‘sim, senhor’, sorria para todos, fingia que orava nas reuniões e pegava todos os propósito que passavam na Igreja, mas nunca os cumpria. Era tudo parte do personagem que eu criei para mim”, dispara.

Ninguém, exceto ela mesma, sabia sua real condição, como relata: “eu era uma pessoa completamente perturbada, tinha pesadelos horríveis, sentia ódio, tinha prazer em ver vídeos de pessoas sendo assassinadas e filmes de terror que mostravam sangue. Muitas vezes, quando sentia um vazio, eu me mordia e me batia em lugares que ninguém poderia ver. Entretanto, para as pessoas próximas, eu mostrava o personagem de pessoa certinha que ia à Igreja”.

Ela conheceu a Universal quando era criança e, na adolescência, a palavra que passou a lhe interessar foi a das amizades e não a de Deus. “Passei por uma cirurgia em que coloquei 20 pinos na coluna e, ali, além do vazio, com o qual eu não sabia lidar, me deparei com um complexo de inferioridade e, então, tentei me preencher com amigos, músicas e séries. Contudo, por mais que tentasse, nada funcionava. Tudo não passava de um prazer momentâneo”, conta.

Quando estava na faculdade, ela conheceu seu esposo e detalha como reagiu: “depositei minha fé e toda a minha confiança nele. Pensei que ele mudaria a minha vida. Tivemos um namoro conturbado e, mesmo assim, decidimos nos casar. Eu estava casada, tinha amigos e família, mas ainda me sentia extremamente sozinha. Passei a não dormir direito e a ter pensamentos de suicídio. Na verdade, eu não entendia do que precisava, pois, na minha cabeça religiosa, eu tinha Deus, já que frequentava as reuniões. No entanto eu sentia uma dor e uma solidão muito grandes o tempo todo. Eu era uma pessoa fria, calculista, rancorosa, orgulhosa, triste e extremamente vazia”, diz.

Uma Palavra fez com que a ficha e a máscara dela caíssem. “Comecei a realmente prestar atenção ao que vinha do Altar e, para Deus, coloquei para fora o que eu era: aquela pessoa orgulhosa, que achava que já sabia de tudo porque já tinha passado muito tempo na Igreja.”

A mudança de atitude a levou a uma transformação. “Ao receber o Espírito Santo, meu interior foi preenchido completamente e descobri que tinha Alguém que estava comigo o tempo todo. Eu não estava mais sozinha e tive paz dentro de mim. Deus mudou tudo na minha vida. Ele restaurou meu casamento, que estava à beira do divórcio. Meu marido, por meio do meu testemunho, se converteu e também recebeu o Espírito Santo. Com o Espírito Santo, eu tenho mais do que o suficiente para viver”, garante.

imagem do author
Colaborador

Kelly Lopes / Foto: Demetrio Koch