Com fé, entendemos que tudo o que vivemos tem um propósito maior — inclusive as dores, os desafios e os momentos de pressão. E, quando falamos de transformação interior, Deus tem uma ferramenta poderosa que Ele usa para moldar e separar o que há de verdadeiro e puro dentro de cada um.

Esse foi o tema da Terapia do Amor, realizada pelo Bispo Renato Cardoso e sua esposa Cristiane, nesta quinta-feira (10), no Templo de Salomão.

Uma ferramenta que é usada em nós:

Diferente das ferramentas convencionais, que são manipuladas por nossas mãos, essa é usada em nós — e por ninguém menos que o próprio Deus. Trata-se do garfo joeirador, uma figura simbólica citada por João Batista ao falar sobre Jesus:

“Em verdade, vos batizo com água para o arrependimento; mas Aquele que vem após mim […] vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.” (Mateus 3:11)

Nesse trecho, ele menciona três batismos: o das águas (arrependimento), o do Espírito Santo (presença de Deus em nós) e o de fogo (a provação final). E é justamente esse fogo que revela o trabalho da pá de Cristo — o julgamento e a separação.

O que é o garfo joeirador?

Na época bíblica, os agricultores usavam esse instrumento para separar o trigo da palha. Eles levavam o trigo colhido para a eira — um lugar alto onde o vento soprava com força. Ali, uma pedra puxada por animais esmagava os grãos até que a palha se soltasse. Em seguida, com o garfo joeirador, o agricultor lançava tudo ao ar. O vento carregava a palha, e o trigo, mais pesado, caía de volta ao chão.

Assim, de forma simbólica, Jesus usa essa imagem para representar o juízo final — e também o processo constante que Ele realiza em nossas vidas. Ou seja, a eira é onde Deus nos separa, nos revela e nos purifica.

A vida como uma grande eira:

“Assim como o trigo é esmagado para ser separado da palha, nós também passamos por momentos em que somos ‘moídos’ pela vida. Dores, perdas, frustrações — tudo isso Deus usa para mostrar quem realmente somos”, disse o Bispo Renato Cardoso.

E ainda explicou:

“A maioria de nós chega até Jesus quebrado, machucado, com o coração em pedaços. Mas é justamente nesse estado que Ele nos levanta com o Seu garfo e permite que o vento do Espírito Santo sopre, removendo a palha, o orgulho, os vícios, os traumas e tudo aquilo que não condiz com o novo nascimento.”

O casamento: uma eira disfarçada de bênção

Mas não é apenas por meio de crises pessoais que essa separação acontece. O casamento, por exemplo, é uma poderosa eira. Ele revela áreas que, antes, jamais enxergaríamos em nós mesmos.

“Antes de se casar, muitos se consideram prontos, espirituais, maduros. Mas basta conviver diariamente com alguém para que o verdadeiro ‘eu’ venha à tona. No casamento, o outro se torna um espelho que mostra falhas, egoísmo, insegurança e orgulho. E como reagimos a isso?”, questionou Cristiane.

Ela ainda acrescentou que um dos erros mais comuns é tentar usar o “garfo” de Deus no outro — cobrar, apontar, exigir mudanças:

“O Espírito Santo é quem deve fazer esse trabalho. Nosso papel é permitir que Deus nos revele e transforme a nós, não mudar o outro à força.”

Uma decisão diária:

Por fim, precisamos entender que esse processo de separação — esse trabalho com a pá de Jesus — acontece o tempo todo. Deus está, dia após dia, trabalhando, peneirando o que é bom e o que precisa ser removido.

A pergunta que fica é: você tem permitido esse trabalho? Ou tem resistido ao vento do Espírito e guardado palhas que deveriam ser levadas embora?

Participe da Terapia do Amor:

A Terapia do Amor é uma palestra focada no sucesso da vida amorosa. Nela, os palestrantes conversam, aconselham e dão dicas aos casais e também aos solteiros sobre como podem se comportar no relacionamento ou, além disso, enquanto esperam pela pessoa amada.

Participe, você também, às quintas-feiras, da Terapia do Amor. O encontro acontece no Templo de Salomão, e em outras localidades (confira aqui os endereços).

Você também pode assistir à palestra completa no univervideo.com.

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