A intolerância religiosa tem suas vítimas preferidas

Todas as religiões devem ser protegidas, mas quando se fala da fé evangélica, não é bem assim

Há um dia no calendário para lembrar a importância de combater a intolerância religiosa. Em 21 de janeiro é o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa e também é o Dia Mundial da Religião.

Assim, a data serve para conscientizar as pessoas sobre o problema do desrespeito à qualquer crença. Além disso, propõe reflexões a respeito do direito e igualdade para professar as diferentes religiões.

Dessa forma, é importante lembrar que o preconceito e a intolerância religiosa são crimes no Brasil, passíveis de punição previstas no Código Penal.

Preconceito escancarado

Toda fé deve ser protegida, mas quando se fala sobre a religião evangélica/cristã, as pessoas não têm limites para insultos. E esta intolerância se manifesta em diversas esferas da sociedade, inclusive na mídia e na política.

Um exemplo foi quando a jornalista Suéllen Rosim (Patriota) foi eleita prefeita da cidade de Bauru, interior de São Paulo. Ela sempre se manifestou conservadora e evangélica e sofreu ataques nas redes por conta de suas posições políticas e religiosas.

Quando André Mendonça, um pastor presbiteriano, foi aprovado como Ministro do STF, a imprensa também não demorou a manifestar seu ódio. No dia 08 de dezembro de 2021 a Folha de São Paulo publicou em todas as plataformas uma charge de Leandro e Triscila, desdenhando dos evangélicos (veja ao lado).

Na época a UNIGREJAS (União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos) manifestou uma nota de repúdio à obra preconceituosa.

O silêncio também fere

Às vezes, a intolerância não faz barulho: faz silêncio. Isso acontece quando as denúncias de preconceito não ganham o espaço que deveriam nas mídias. Um exemplo foi o ataque à igreja cristã Sara Nossa Terra de Santa Maria Sul, no Distrito Federal.

No dia 22 de novembro de 2019, o templo amanheceu depredado. Vândalos invadiram a igreja, rasgaram Bíblias, quebraram instrumentos musicais e de som, derrubaram bebida alcoólica no chão e urinaram no altar. Não houve feridos, pois no momento a igreja estava vazia.

O caso não teve grande repercussão. Por isso, o líder da igreja, bispo Robson Rodovalho, fez um questionamento. “Eu acho que se isso acontecesse em outra religião, o mundo todo ia se consternar, falar que existe intolerância. Mas como aconteceu em uma igreja evangélica, para a grande mídia isso tem pouco valor, né?”, disse ao programa Brasil Notícias.

Perseguição no mundo

Quando a perseguição no Brasil é comparada com a de outros países, pode ser considerada leve. De acordo com informações da ONG Portas Abertas, as privações enfrentadas pelos cristãos variam de acordo com o nível de perseguição do país. As restrições podem ir desde proibição ao acesso a itens básicos, como água, prisão ou até a morte.

No cenário internacional, a intolerância contra cristãos costuma partir de grupos extremistas, como por exemplo: Estado Islâmico, Boko Haram, Al-Shabaab, Al-Qaeda e Talibã. Atualmente, estima-se que mais de 260 milhões de cristãos perseguidos enfrentam algum tipo de intolerância por expressar seu amor a Jesus Cristo.

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Colaborador

Da Redação / Fotos: iStock - Reprodução