“A médica falava que estava tentando me entender”
Com um câncer “silencioso”, Tatiane de Andrade chamou a atenção dos médicos durante o tratamento não apenas pelo tipo da doença, mas pela forma como seu corpo reagia a ele
Quando a corretora de imóveis Tatiane Silva de Andrade, de 39 anos, começou, há cerca de um ano, a investigar uma dor abdominal que sempre sentia, o médico cogitou que poderia ser uma má-formação do umbigo. Tatiane conta que, além das dores, sentia um cansaço fora do comum que chegava a ser incontrolável, como ela explica: “era como uma queda de pressão, mas a ponto de eu não conseguir ficar acordada. O médico foi investigar melhor e pediu alguns exames. Com a realização da ressonância foi descoberto um câncer na região do ovário”.
Inicialmente, a médica não achava que poderia ser maligno em razão desse tipo de câncer acometer raramente mulheres na idade dela. Então, foi indicada uma cirurgia para remoção do tumor e o encaminhamento do material para biópsia. Quando o laudo saiu, os médicos ficaram intrigados. “Foi descoberto que era uma mutação, porque, geralmente, ou a pessoa tem benigno ou maligno e no meu caso apareceram as duas vias em uma amostra”, relata Tatiane.
O mais difícil
Com a descoberta da malignidade, a médica que acompanhava Tatiane disse que ela deveria fazer quimioterapia. Como era algo necessário, mesmo relutante, Tatiane aceitou fazer o tratamento, mas antes recorreu à fé. “Eu fiz uma oração sincera. Falei: ‘Deus, eu vou fazer o tratamento, mas eu não aceito ficar debilitada como as outras pessoas ficam’”, revela.
Foram seis sessões de quimioterapia, com seis horas de duração cada uma delas, durante sete meses. Todas as vezes que se submetia ao procedimento, ela levava a água que consagrava na Universal em que já participava das reuniões. Além de beber a água, em um ato de fé, ela também tomava banho com ela e, dia após dia, foi percebendo a diferença.
“A médica falava que estava tentando me entender, porque outros pacientes na mesma fase de tratamento que a minha estavam debilitados. Às vezes, eles ficavam o intervalo de 21 dias entre uma sessão de quimioterapia e outra completamente de cama sem fazer nada. Eu continuei trabalhando e levando minha rotina normalmente. Não que eu não tivesse dor, às vezes eu tinha, pois tomava uma injeção para imunidade que dava dor no corpo, mas não deixei que isso me parasse Eu falei: ‘Deus, quem me sustenta é o Senhor. Eu falei que iria permanecer na Sua presença até o último dia, independentemente do que acontecesse, então o meu voto não muda agora que estou passando por essa luta. Eu confio em Ti e vou até o final’”, conta.
O momento mais difícil para Tatiane foi quando seus cabelos começaram a cair. Ela conta que em uma quarta-feira foi à Igreja com cabelo e, no dia seguinte, pela manhã, mais da metade do seu cabelo simplesmente caiu. “Eu até tentei usar uma peruca por um tempo, mas não me adaptei. Assumi a careca e comecei a trabalhar com lenço”, declara.
Restaurada
Hoje, um pouco mais de um ano depois do diagnóstico, ela afirma que sua saúde está restaurada. “Deus cuidou de cada detalhe. Meus marcadores tumorais, que é um exame de sangue que mostra se você ainda está com câncer, estão zerados e Deus cuidou de tudo , inclusive do meu cabelo, que talvez nascesse branco ou com falhas mas voltou como era anteriormente. Nasceu até mais cabelo do que antes porque Deus faz tudo perfeito e eu não fiquei com nenhuma sequela”, comemora.
Ela compartilha dois conselhos que fizeram diferença para ela com as pessoas que estão passando por uma situação adversa na saúde: “em primeiro lugar, não dê ouvidos às pessoas que falam de experiências ruins. Infelizmente, isso acontece muito quando estamos passando pelo tratamento. E outro é siga em frente, sem olhar para nada, porque sempre enfrentaremos problemas, mas entregamos a nossa vida para Jesus e temos que confiar que Deus vai nos sustentar em tudo que precisarmos. Foi exatamente assim que eu fiz. Segui em frente, cri que Deus cuidaria de cada detalhe e vivi como se nada estivesse acontecendo. Eu fazia meu tratamento, mas, durante o tempo todo, confiei que Deus já tinha cuidado de tudo”, conclui.
CÂNCER DE OVÁRIO
É o segundo câncer ginecológico mais comum. Fatores genéticos, reprodutivos e hormonais, avanço da idade, histórico familiar de cânceres de ovário, colorretal ou de mama e excesso de gordura corporal elevam as chances de desenvolver a doença.
À medida que o tumor cresce, ele pode gerar uma série de sintomas, como dor ou inchaço abdominal, aumento na frequência urinária e cansaço.
O diagnóstico é feito por meio de cirurgia ou biópsia guiada por tomografia.
Como no início não surgem sintomas específicos, a detecção precoce é mais difícil, mas ela é possível com a realização de exames periódicos por mulheres que figuram no grupo com mais risco de ter a enfermidade.
O tratamento pode ser com cirurgia ou quimioterapia. Ficar atento à presença de fatores de risco, fazer consultas periódicas e manter o peso corporal saudável ajudam na prevenção.
Fonte: Instituto Nacional
de Câncer – INCA (https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/ovario)
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