A nossa liberdade está em risco?
Com o avanço do coronavírus, a população mundial vem acompanhando o aumento de medidas de isolamento social e de restrições para tentar conter a pandemia. É certo que Estados e países têm o dever de organizar medidas sanitárias para controlar o contágio e criar políticas para proteger suas economias e a população mais vulnerável. Caso contrário, o caos se instalará, os mortos se acumularão nas ruas e o prejuízo será de todos, inclusive dos mais ricos. Entretanto a pandemia não pode ser uma carta branca para os excessos de poder.
Qual é o limite entre prevenção de doenças e a garantia da privacidade e dos diretos dos cidadãos?
No Brasil, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) está analisando a possibilidade de usar dados de celulares para monitorar o deslocamento de pessoas, mas nada foi aprovado. Nas redes sociais, o ministro Marcos Pontes esclareceu que o sistema apontaria apenas aglomerações, sem identificar dados pessoais. Caso o uso seja aprovado, os dados deverão ser disponibilizados de forma agregada, estatística e anônima para não ferir a privacidade.
O Recife, em Pernambuco, vem usando a tecnologia da startup de geolocalização In Loco para monitorar a adesão ao isolamento social.
No Rio de Janeiro, a parceria com a operadora TIM permite a observação de mapas de calor que indicam a concentração de pessoas na cidade.
Em São Paulo, o governador João Dória anunciou em 9 de abril o monitoramento para medir o grau de isolamento social. A medida vai permitir identificar os locais com mais aglomerações, a partir de dados agregados e anônimos dos usuários.
Liberdade
O coronavírus levou boa parte dos países a aprovar leis mais duras, que beiram o limite das liberdades constitucionais. Em vários Estados brasileiros, o fechamento de comércios e serviços considerados não essenciais atingiu até as igrejas. Isso leva ao questionamento: as medidas adotadas pelos governantes ferem a Constituição de 1988? A Carta Magna brasileira garante a todos a liberdade religiosa, de locomoção e de manifestação do pensamento.
Em São Paulo, Dória afirmou que poderá adotar multas e prisão para quem descumprir as medidas de isolamento social, o que beira o contraditório, uma vez que milhares de presos foram liberados justamente para reduzir a propagação do coronavírus. Na França, as saídas às ruas só podem ser feitas para ir ao médico, ajudar familiares, sessões rápidas de exercícios físicos e compras. A infração dessas regras tem multa que pode chegar a 375 euros. Nos Estados Unidos, o Estado da Califórnia aplica multa de até 1 mil dólares e prisão de até seis meses para quem desrespeitar a quarentena. Em Singapura, quem é diagnosticado com Covid-19 e quebra o isolamento fica sujeito a multa de 10 mil dólares e seis meses de prisão.
Fim dos tempos
Nos últimos meses, diversos acontecimentos apontam que uma grande mudança está a caminho. Na Bíblia, isso pode ser identificado como o Final dos Tempos. Vivemos neste momento o cerceamento de liberdades garantidas a nós pelo próprio Deus. Ele nos deixa livres para as escolher. Em vez de proibir, Deus nos conscientiza de que somos responsáveis pelas
consequências de nossas escolhas.
Entretanto, quando governantes e Estados de todo o mundo querem se colocar no lugar de Deus, algo muito importante se aproxima.
Como indica Lucas 21.29-31: “E disse-lhes uma parábola: Olhai para a figueira, e para todas as árvores; Quando já têm rebentado, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão. Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o reino de Deus está perto”.