A sua mente pode estar sabotando você
Pelo fato de a mente ser o centro de comando da vida, tê-la fraca pode pôr tudo a perder. E só há uma maneira de fortalecê-la. Entenda
Há quem afirme, até com certo orgulho, que não se deixa levar pelo que os outros pensam e que não são do tipo maria vai com as outras, um termo muito conhecido para definir pessoas que não têm opinião própria. Mas, por natureza, o ser humano não apenas influencia como também é influenciado: até mesmo quem afirma categoricamente que não é.
Quantos, apesar de saberem o quanto as drogas são prejudiciais, as usam? Quantos planejam o melhor, mas jogam contra si mesmos e fazem o oposto para alcançar o resultado desejado? Há quem, por influência midiática, construa suas opiniões sem nem investigar a veracidade da informação. Quantos, por exemplo, diante de tamanha tragédia em Israel, apoiam os atos terroristas promovidos pelo grupo Hamas? Você pode se perguntar: “apenas se deixar influenciar é sinal de que o indivíduo tem uma mente fraca? O problema de ter uma mente fraca são só as influências externas ou também a forma como a pessoa as processa?” Para compreender melhor essas questões, primeiramente é preciso entender como somos formados.
Central de comando
Ao contrário do que se propaga, não somos um corpo que contém uma alma. Na verdade, somos uma alma representada por nossa personalidade, nossa essência, nossas vontades e nossos sentimentos. Tudo isso se expressa por meio do nosso corpo. E o espírito (que é a mente) é o centro de comando. Conhece aquele ditado que diz: “quando a cabeça não pensa, o corpo padece”? Ele é a mais pura verdade. Uma vida forte é resultado de uma mente forte e o contrário também é verdadeiro.
Dessa forma, a maior batalha que o ser humano trava é na sua mente, ou seja, na sua central de comando. E, embora muitos tratem esse assunto como fantasia, existem dois exércitos que constantemente batalham pelo território da mente: o do bem, representado por Deus, e o do mal, representado pelo diabo. Ninguém está imune a esse conflito. Contudo nenhum dos dois exércitos pode tomar o controle sem que a pessoa lhes dê permissão. Eles a influenciam, mas é ela quem escolhe a quem dará o controle. E você pode até pensar que em sã consciência ninguém daria o controle da sua vida para o mal. Muitos, porém, fazem isso e nem percebem.
Uma pessoa é considerada “mente fraca” não apenas porque se deixa levar pela opinião dos outros, mas pelos próprios desejos, sentimentos e vontades que, na maioria das vezes, não são bons. Pense bem: por que muitas pessoas tidas como “fortes” colhem resultados lastimáveis de suas escolhas? Às vezes, um indivíduo que não se deixa influenciar pode não estar se permitindo receber uma influência boa, por exemplo, e essa atitude também mostra que ela tem uma mente fraca. Isso porque ela pode estar se deixando levar por um sentimento de orgulho, por exemplo.
Por isso, observar as escolhas de uma pessoa e o resultado delas é a forma mais rápida de saber se a mente dela é forte ou fraca e a quem ela está dando o controle da sua vida.
É preciso entender que os problemas são derrotados ou mantidos primeiramente na mente. Lá, os pensamentos norteiam as decisões do indivíduo e são capazes de gerar, inclusive, sentimentos. Em razão disso, é arriscado decidir com base no que se sente.
Assim, a pessoa que possui uma mente forte domina não apenas o que vem de fora, mas, principalmente, a sua própria alma, pois vencer a si mesmo é a sua maior característica. Mas como ter uma mente forte? A resposta é: submetendo-se à mente mais forte que existe, a Mente de Cristo.
A Mente de Cristo
O Bispo Edir Macedo, na Bíblia Sagrada com suas anotações de fé, escreve que ter a Mente de Cristo significa pensar como Ele pensa e conhecer o propósito e a vontade dEle. Porém, “essa revelação somente acontece quando o ser humano é regenerado e recebe o Espírito Santo”. O Bispo explica que, como resultado dessa regeneração e troca de mente, a pessoa passa a não ter dificuldade para compreender as outras nem para perdoar e ser misericordiosa. Ela se torna íntegra, paciente e boa influência tanto por meio de conselhos que dá quanto pelas escolhas que faz.
“Seus pensamentos são os Pensamentos do Altíssimo e, por isso, ela faz questão de praticar o que O agrada e de se afastar do que Ele abomina”, ressalta. Ela passa, assim, a ter pensamentos Divinos porque a Palavra de Deus se torna a base de sua vida.
A seguir, você conhecerá histórias de pessoas que sofreram enquanto suas mentes foram fracas, mas que, quando decidiram parar de ser marionetes das circunstâncias, de terceiros e de si mesmas, tornaram-se inabaláveis.
“Cansei de mim”
O engenheiro civil e comerciante Paulo Locatelli, (foto abaixo) de 40 anos, achava que tinha o controle de sua vida, mas as escolhas que ele fazia revelavam o oposto. Seu temperamento é que ditava as regras. Ele inicialmente até tomava algumas decisões baseadas em uma certa racionalidade, mas, no final, as escolhas eram facilmente alteradas porque ele ficava vulnerável ao que sentia. “Meu espírito era fraco, assim como a onda do mar é inconstante, um espírito indefinido. Eu não conseguia estabelecer nada em nenhuma área da minha vida, tampouco a espiritual e a sentimental e, por isso, me sentia frustrado e triste”, diz.
A indefinição fazia com que ele não tivesse metas claras. Ele chegou a pedir demissão de um emprego em que era bem conceituado, pois achou que o valor que receberia da rescisão resolveria grande parte dos seus problemas. Mas, por falta de planejamento, ele, de forma inexplicável, gastou o dinheiro.
Os sentimentos também estiveram no controle durante o primeiro casamento dele. “No meu casamento anterior havia muitas brigas por motivos banais, pois éramos imaturos. As dificuldades financeiras também contribuíram muito para os desentendimentos. Quando nos separávamos, eu fazia de tudo para voltar, pois achava que não poderia ser feliz com outra mulher. Eu até conseguia me reconciliar, mas as brigas ficavam piores e mais intensas. Fiquei por anos só me anulando, até que o relacionamento acabou”, revela.
Apesar de ter frequentado a Universal por muitos anos quando era jovem, Paulo acabou se afastando. “Eu me deixei levar pelo mundo, pelo coração e pelos problemas. Houve um momento em que eu já estava cansado de mim mesmo, mas um dia fui à igreja decidido e o Pastor me disse: ‘o decidido é forte. Enquanto você não decidir tomar uma atitude para que possa mudar seu espírito, ficará perdendo tempo na igreja e sua vida ficará girando em círculos e nunca acontecerá nada’. Então, decidi ser forte. Não foquei nas mudanças externas, mas no meu interior”, diz.
Para que essa mudança acontecesse, Paulo primeiramente abriu mão do orgulho que o impedia até de dar ouvidos a quem queria seu bem, como sua própria mãe. “Eu abri mão de muitos sentimentos, porque me achava autossuficiente.” Ele decidiu se batizar nas águas, entregou a sua vida completamente ao Senhor Jesus e passou a buscar a Mente de Cristo, com o batismo com o Espírito Santo. Com a nova mente, Paulo começou a pensar da maneira certa e, consequentemente, toda a sua vida foi transformada. “O Espírito Santo me deu a certeza de que Deus estava comigo e desse dia em diante todo o meu ser foi mudado. Não me falta nada, pois Ele me dá sabedoria para conduzir a minha empresa, tratar bem meus funcionários e ter destreza. Também encontrei uma esposa com a mesma fé e tenho a verdadeira paz”, conclui.
Mente aprisionada
Por causa das influências negativas aliadas às suas necessidades, Jonathan Araújo Freitas, (foto abaixo) de 41 anos, hoje microempreendedor, tomou decisões que pareciam que eram vantajosas, mas que conduziram sua vida para o fundo do poço.
Ele era caminhoneiro, mas tudo que ganhava trabalhando não supria suas demandas. Sua situação ficou mais preocupante quando, aos 20 anos, ele se separou e tinha um filho pequeno para criar. Foi quando ele conheceu algumas pessoas que lidavam com carga roubada. “Eu comecei a transportar as cargas e começou a entrar muito dinheiro. Aí passei a usar cocaína. Então, aquele pai que queria ter condições para cuidar do filho perdeu totalmente o foco. Todo o dinheiro que eu ganhava com o crime ia para as drogas e as baladas”, diz.
Jonathan, em seguida, passou a participar ativamente dos roubos, inclusive usando armas para fazer vítimas. Até que, em 2007, ele foi preso pela primeira vez. Ele logo saiu da prisão e se envolveu mais ainda na criminalidade. Como o roubo de cargas nas rodovias, segundo ele, dava muito trabalho, o foco passou a ser assaltar bancos. Mas, apesar dos altos valores que Jonathan conseguia, a vida no crime era conturbada e a única saída que ele pensava ter era usufruindo aqueles bens e usar droga até morrer. “Já chegou a passar de uma única vez R$ 150 mil na minha mão. Morei em chácara, pagando R$ 300 de aluguel por dia, tinha carro novo, celulares e, todos os dias, durante seis meses, era churrasco e bebidas.
Eu não esquentava a cabeça com o amanhã. Eu achava que já era rico e só queria curtir e usar cocaína até morrer e acabar com o sofrimento, pois nada me dava alegria”, alega.
Então, ele reencontrou uma moça de quem tinha gostado no passado e eles se casaram. Ela, porém, gostava de frequentar as reuniões da Universal e até convidava Jonathan para ir, mas, por preconceito, ele sempre recusava. Até que um dia, segundo conta, ele fez um assalto sem planejamento e foi preso. “Fiquei no centro de detenção provisória por dois anos e meio, sem sentença, e lá tive uma depressão tão forte que só dormia e usava drogas. Quando acordava e não estava mais sob o efeito do entorpecente, eu lia os livros do Bispo Macedo, como Nos Passos de Jesus e Mensagens do Meu Blog, para passar o tempo, e fui aprendendo sobre a obra redentora que o Espírito Santo faz”, descreve.
Um dia, ele usou cocaína com a intenção de se matar. Apesar de sofrer uma overdose, ele sobreviveu e, quando acordou, começou a pensar em tudo que tinha lido naqueles livros. “Eu entendi que a maior prisão que existe é a interior. Passado o efeito da droga, eu decidi falar com Deus, depois de viver 14 anos no crime. A decisão foi tão séria que eu disse: ‘eu quero entregar minha imundície de vida nas mãos do Senhor e, se o Senhor realmente faz milagres, faz um favor para mim: ou o Senhor muda minha vida, porque eu não aguento mais, ou me mata'”, revela.
Naquele instante, as lágrimas de tristeza, conforme ele lembra, deram lugar à alegria e à força. Ele, inclusive, pediu a atenção de todos os presos que estavam na cela para anunciar que tinha entregado sua vida para Deus e que Ele tinha aceitado e que, por isso, não queria mais que lhe oferecessem drogas nem o chamassem pelo apelido.
Ele conta que alguns presos o parabenizaram pela decisão e outros fizeram apostas que aquilo não duraria uma semana. Ele, porém, estava decidido. Ele se batizou nas águas e passou a meditar mais na Palavra de Deus e a compartilhá-la com os outros presos. Quinze dias depois os que apostaram que ele desistiria estavam pedindo orações para ele e, entre os quase 50 presos que estavam no pavilhão, 35 também passaram a buscar a Deus.
Ele ficou mais cinco anos na prisão e passou por diversos presídios, mas manteve a nova mente que tinha recebido. O primeiro lugar que Jonathan visitou depois que recebeu a liberdade foi o Altar na Universal. Hoje ele comemora: “tenho alegria e paz. As lutas continuam surgindo, mas o Espírito Santo está sempre me dando força. Fui totalmente curado na alma e no coração. Agora realmente cuido da minha família, da minha esposa, dos meus filhos e sou realizado porque hoje a minha família toda está no Altar. Deus tem abençoado também a minha vida financeira abrindo portas”, encerra.
Enfraquecida pelos sentimentos
A designer de sobrancelhas Angélica Nascimento, (foto abaixo) de 42 anos, conduziu sua vida por muitos anos com base no que o coração dizia e não no que a mente orientava. Até que ela se tornou, como ela mesma diz, “uma pessoa depressiva, angustiada e desequilibrada emocionalmente”.
Ela idealizava uma vida amorosa perfeita, mas o sonho de constituir uma família com a pessoa com quem teve um filho não deu certo. Ter que criar o filho sozinha gerou nela um sentimento de frustração constante que chegava a causar, segundo conta, dor em sua alma. “Eu acordava todos os dias mal-humorada, nervosa e não tinha paciência com o meu filho. Todos os dias eram terríveis.”
Mas, em vez de pensar sobre quais atitudes ela deveria mudar para ter a vida que sempre sonhara, ela passou a procurar incessantemente um alívio para a dor emocional. “Eu buscava isso em relacionamentos, bebidas, festas, mas tudo era em vão. Eu comecei também a frequentar a casa de espíritos e cartomante para ter uma resposta. Entretanto eu só piorava depois de frequentar todos os lugares aos quais eu ia. Tentei também resolver o problema em outros relacionamentos, mas também saía frustrada por não dar certo e acabei tendo outro filho.”
Mais uma vez sozinha e agora com a responsabilidade de cuidar de duas crianças, Angélica via a frustração aumentar por não ver se concretizar aquilo que idealizara, o que a fazia cometer mais erros. “Tudo que idealizei, como ser boa mãe, ter uma família, criar meus filhos em um bom caminho, não aconteceu. Meus filhos, muitas vezes, me viram chegando bêbada em casa”, diz.
Sem perspectiva de mudança, um dia, ao assistir a um programa da Universal na TV, Angélica ouviu uma palavra que despertou sua atenção.
“Cheguei a pensar: ‘será que tem jeito para mim?’ Eu não me perdoava, mas resolvi ir a uma reunião e lá o Pastor disse, que no momento que minha vida fosse entregue a Deus, Ele poderia mudar tudo e o passado ficaria para trás. Aquela mensagem foi como um bálsamo dentro de mim e imediatamente tive paz”, revela.
Daquele dia em diante, ela passou a fazer o que era certo, mas só para ela, pois ainda deixava o controle das atitudes a cargo dos sentimentos e isso a frustrava. Até que seu pensamento mudou. “Eu me batizei nas águas e ali começou uma nova história. Mesmo tendo dificuldades, perseverei porque eu via o retorno. Eu comecei a receber a direção de Deus, mas sabia que eu tinha que ter o Espírito Santo. Então, estreitei o meu relacionamento com Deus e Lhe dizia que O queria dentro de mim para que Ele me guiasse”, conta.
Foi quando, finalmente, Angélica recebeu o Espírito Santo. “Foi um divisor de águas. Recebi uma força, uma alegria, algo inexplicável. Hoje consigo ser um exemplo para meus filhos e eles quiseram também servir a Deus. Eu me tornei segura porque tenho Deus me conduzindo”, finaliza.
À sua disposição
Ter a Mente de Cristo não é um privilégio concedido apenas a algumas poucas pessoas. Ele quer se revelar para todos. É preciso, porém, não se conformar, ou seja, não moldar a mente de acordo com a própria vontade ou com o que o mundo diz, mas com os pensamentos de Deus, por meio da Sua Palavra. “Quando o Espírito Santo assume o controle da vida de uma pessoa, Ele revela os desejos e os desígnios do Altíssimo para ela. E, se houver obediência à Sua vontade, a pessoa será bem-sucedida em tudo que fizer. Quando buscamos a Vontade do Altíssimo com o desejo sincero de obedecê-Lo, ela nos será sempre revelada”, conclui o Bispo Macedo.