A verdade por trás do silêncio

Ocultar seus pontos de vista pode não ser tão benéfico quanto você acredita

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No mundo repleto de opiniões silenciosas e murmúrios, pessoas sinceras destacam-se como farol de honestidade, explica a escritora Cristiane Cardoso em recente Meditação da Palavra, disponível no Univer Vídeo.

É fácil encontrar quem discorde de algo internarmente, mas opte pelo silêncio. Esse, porém, não é o comportamento que nos é ensinado na Bíblia. O apóstolo Pedro, por exemplo, mesmo que tenha sido repreendido algumas vezes, questionava o que não entendia e falava o que pensava e, dessa forma, mostrava a coragem da sinceridade.Ele nos lembra que se pronunciar também é sinal de honestidade.

Cristiane usa a passagem bíblica descrita em Mateus 12.1-14 para demonstrar o quão covarde e maligno pode ser o silêncio. O Texto relata que fariseus questionaram Jesus sobre a permissão de curar aos sábados, dia sagrado até então. Sendo Senhor de tudo, inclusive do sábado, Jesus curou e os fariseus nada disseram em desacordo. A passagem cita ainda que, “tendo saído, formaram conselho contra Ele, para o matarem”.

Cristiane revela que o que chamou sua atenção foi o silêncio dos fariseus, apesar deles repudiarem o comportamento de Jesus. Os fariseus não concordavam, mas só exteriorizaram a discordância longe das vistas dEle, como fazem muitas pessoas ainda hoje em dia. “Muitos estão pensando, condenando, julgando, discordando, mas se calam. Você pode dizer que ‘o silêncio diz tudo’ e diz mesmo, ele diz que você é falso. O sincero não se esconde, seja ele introvertido, seja extrovertido. O sincero não se esconde atrás do silêncio”.

Há uma distinção clara entre ser reservado e ser hipócrita. Quando alguém opta pelo silêncio está aceitando, no mínimo, ser dúbio e, desse modo, também mostra seus valores. Os sinceros não escondem o que pensam e enfrentam as consequências de suas palavras, mesmo que isso signifique sofrer.

Além disso, quem opta por guardar suas opiniões, não resolve os problemas, apenas os adia, como os fariseus. Quem evita conflitos e desconfortos ao guardar suas opiniões é como um espectador passivo da vida, em vez de um participante ativo da verdade.

Portanto é preferível enfrentar a dor da franqueza a viver uma vida de duplicidade. Aqueles que temem a honestidade podem achar conforto no silêncio, mas nunca experimentarão a liberdade de serem verdadeiramente autênticos.

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Colaborador

Kaline Tascin / Foto: drbimages/getty images