A verdade sobre o feminismo atual que não querem que você saiba
Está na moda dizer que é feminista. Isso porque uma campanha de desinformação tem propagado de forma errônea o atual significado desse movimento e muitas mulheres acabam aderindo à essa bandeira sem entender, de fato, o que ou quem ela defende. Os sociólogos explicam que o feminismo pode ser dividido em três fases: a primeira refere-se à conquista da participação ativa das mulheres na política (século 19 e início do século 20), a segunda (de 1960 a 1980) diz respeito à luta pela igualdade jurídica e social das mulheres e a terceira se misturou à Revolução Sexual dos anos 1960 e 1970 e passou a ter várias ramificações.
Antigamente, as feministas queriam que as mulheres tivessem os mesmos direitos e começou a dar certo. Mas o feminismo original foi completamente alterado com o passar dos anos e perdeu a sua versão original. Os grupos passaram a defender apenas algumas mulheres e não todas. É como as panelinhas de amigas que falam mal daquelas que não pensam como elas. Ou seja, só respeitam e defendem quem faz parte do seu “grupinho”. E as mulheres agredidas ficam esquecidas no limbo das discussões superficiais.
Hoje em dia, diversas violações dos direitos das mulheres são ignoradas. O foco se tornou promover o que chamam de empoderamento sexual, o ódio ao sexo oposto, o egoísmo e o cancelamento de quem discorda desse pensamento. A tática é usar o radicalismo em nome do mesmo feminismo original. Uma narrativa política, excludente e injusta.
Algumas estratégias de convencimento são usadas para “provar” que as mulheres são mais evoluídas do que os homens. Há quem defenda que se elas estivessem majoritariamente no poder não haveria guerras. A historiadora Meghan Dillon discordou de tal afirmação e lembrou que, embora as mulheres sejam biologicamente programadas para serem mais agradáveis do que os homens, a história comprova que elas podem ser igualmente cruéis quando estão em posições de poder. “Líderes da história, como a Rainha Isabel de Castela, a Rainha Elizabeth I da Inglaterra e a rainha Wu Zetian da China, eram famosas por travar guerras violentas”, detalhou em seu artigo.
De acordo com o centro de pesquisa National Bureau of Economics, entre 1480 e 1913, as rainhas da Europa tinham 27% mais probabilidade do que os reis de travarem uma guerra. Ou seja, é mais uma mentira acreditar que as mulheres são “mais boazinhas que os homens”. O ser humano, independentemente do gênero, pode ser extremamente cruel quando está no poder. Isso tem a ver com caráter e personalidade, e não com o sexo feminino ou o masculino.
Incentivar o pensamento de que as mulheres são as donas da verdade é apenas mais uma entre tantas outras estratégias tóxicas desse novo feminismo para promover a superioridade em vez da igualdade. Pensar que os homens são seres inferiores não apenas transforma as mulheres em narcisistas como também as impede de serem felizes. Maltratar alguém apenas porque ele tem um sexo biológico diferente é totalmente ilógico, afinal, não podemos generalizar condutas. Por isso, por impor uma doutrinação ideológica e egoísta, uma causa que tinha demandas legítimas caiu totalmente em descrédito.
O feminismo atual, na verdade, só mascara suas reais intenções com frases de efeito e se transformou em um grupo rancoroso que parece fazer de tudo para destruir o que há de bonito nas mulheres. Não há como ser representada por uma bandeira que trata os homens, o casamento e a família com desprezo. A mulher pode ser forte sem perder a sua essência. Quando ela se recusa a ser amante, por exemplo, ela mostra que se valoriza e que pensa naquela esposa. Quando ela respeita seu corpo, demonstra que não o usa como um objeto para seduzir outros homens, inclusive os casados. Quando ela se recusa a viver um relacionamento abusivo, revela o quanto se ama e se cuida.
E quando ela vê outra mulher sofrer, não a condena, mas a ajuda. Ou seja, o verdadeiro empoderamento é olhar para dentro de si mesma e analisar o que é preciso fazer para se tornar uma pessoa melhor. Ser empoderada é entender e respeitar que homens e mulheres são diferentes e que essas diferenças são complementares. Isso sim é fraterno. Isso é ser mulher de verdade.
Ana Carolina Cury é jornalista.