No último dia 28 de setembro, a reunião mensal do Godllywood AutoAjuda foi antecedida pelo lançamento do livro A Mulher que Todo Homem Quer, no Templo de Salomão, em São Paulo, com a presença da autora, Núbia Siqueira, que realizou uma sessão de autógrafos duas horas antes do início do encontro. O livro é um mergulho profundo na essência feminina, nos desejos da mulher e na mente de Deus para que a leitora descubra não apenas a mulher que todo homem quer, mas a que ela mesma quer e precisa ser e talvez nem saiba.

Depois de autografar os livros, Núbia conduziu a reunião, que foi transmitida para todo o Brasil pelo Univer Vídeo. Logo no início, ela falou da dificuldade de escolher apenas 12 entre as centenas de mulheres citadas na Bíblia para ilustrar as lições contidas no livro. Segundo ela, a escolha seguiu um critério: os dilemas femininos atuais.

Uma filha pródiga

Uma mulher da Bíblia foi escolhida para que sua história fosse analisada em profundidade durante a reunião do Godllywood. Seu nome era Noemi e sua trajetória merece um olhar atento, afinal, a história dela abre e fecha o livro bíblico de Rute, que foi sua nora. Noemi viveu em uma época em que não havia rei em Israel. “As pessoas andavam conforme a sua vontade. Elas conheciam, mas não cumpriam a Lei”, afirmou Núbia. Havia fome em Israel e é aí que a história de Noemi começa a nos dar preciosas lições. O marido dela se chamava Elimeleque, que significa “Deus é o meu rei”, mas a decisão que ele tomou mostrou que era ele mesmo quem reinava em sua vida. Ao enfrentar a fome, Elimeleque decidiu sair de Israel e ir para Moabe, o pior lugar para se morar, pois lá o povo era hostil a Deus e, consequentemente, a Israel. O próprio Deus já havia determinado que os moabitas não teriam parte na congregação de Israel
(Deuteronômio 23.3).

Núbia explicou que sair de Israel não significava migrar de um lugar geográfico, mas, dar as costas para Deus. Não se sabe se Noemi tentou impedir a escolha do marido, mas a Bíblia registra que ela o seguiu. Assim que chegaram a Moabe, Noemi ficou viúva, mas ainda tinha dois filhos, Malon e Quiliom, que se casaram com mulheres moabitas, algo que a Lei de Israel dizia que não fizessem. Alguns anos depois, Noemi perdeu os dois filhos. Viúva, sem filhos e estrangeira, Noemi decidiu voltar para Israel, mais precisamente para Belém. “Noemi foi humilde para voltar e essa foi a melhor parte, pois voltar para Belém era voltar para Deus”, destacou Núbia. Mas Noemi já não era a mesma mulher: de uma pessoa doce, que é o significado de seu nome, ela passou a ser uma mulher amarga.

As lentes certas

De suas duas noras, apenas Rute decidiu deixar seu povo, seus costumes e seus falsos deuses para seguir a sogra rumo a Israel. A postura leal de Rute mudou a Palavra de Deus, pois “essa mulher entrou não só na congregação, mas na genealogia de Jesus, na história do filho de Deus, por causa da sua fidelidade”, disse Núbia.

Já a outra nora, Órfa, perdeu a oportunidade de Salvação. Núbia destacou que Órfa “teve todas as chances, mas as jogou fora e voltou para os seus deuses. Ela deixou de conhecer a única razão de vivermos, que é conhecer a Deus, e, quem perde isso, perde a vida”.

Apesar de voltar par Israel com uma nora leal, Noemi achava que sua vida era vazia. “Noemi estava olhando o mundo com as lentes da amargura. Nós não olhamos as situações como elas são.Nós olhamos a vida como nós somos, como nós estamos por dentro. Nós damos as cores ao mundo”, enfatizou Núbia.

Enquanto Noemi achava que sua vida não tinha mais jeito, Rute “arregaçou as mangas” e começou a construir uma nova vida naquele lugar. Então, surgiu Boaz, um homem de princípios que, pela Lei, poderia ser o resgatador de Noemi. Ele se casa com Rute e ela se torna mãe de Obede, que foi o avô do rei Davi, de cuja linhagem veio o Senhor Jesus. A história do livro bíblico de Rute termina com Noemi segurando Obede e sendo declarada bem-aventurada pelas mulheres daquele lugar.

A amargura não permitia que Noemi enxergasse o quanto Deus estava agindo em meio a tantas perdas e dores dela. “Os nossos sofrimentos acontecem para que conheçamos a Deus. Eles não são uma humilhação sem finalidade. Em vez de se vitimizar, pergunte-se o que você pode aprender com eles. De repente você está perdida em suas convicções, em suas idealizações, em sua maneira de entender a vida, a igreja, a Palavra de Deus, na maneira de julgar as pessoas, na maneira que você olha tudo. Nós precisamos nos arrepender dessas coisas e nos voltarmos para Deus. Nós precisamos conhecer a Ele cada dia mais”, orientou.

Godllywood

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