Abertura das Olimpíadas, sua mensagem e por que não esperar nada diferente disso

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Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, lema da Revolução Francesa, ficou fora da cerimônia de abertura das Olimpíadas 2024. No art. 1º da Constituição está escrito: “A França é uma república indivisível, laica, democrática e social. Assegura a igualdade de todos os cidadãos perante a lei sem distinção de origem, raça ou religião. Respeita todas as crenças.” Já o art. 4º da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, define liberdade como “poder fazer tudo aquilo que não prejudique outrem: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão os que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos.” Considerando esses dois pontos, será que houve respeito a todas as crenças ao satirizarem a imagem da Santa Ceia, símbolo de uma cerimônia sagrada para os cristãos? E será que a liberdade garante “o gozo do mesmo direito” ao permitir a sátira de uma cerimônia sagrada para os muçulmanos, por exemplo? É óbvio que as regras que valem para uns não valem para outros. Isso, por si só, também atropela a definição de igualdade: “os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos”. Quanto à fraternidade, o art. 3º determina: “Não faça aos outros o que você não gostaria que fizessem com você; faça constantemente aos outros o bem que você gostaria de receber”. O texto, tão claro, dispensa comentários.

Mas recorrendo a fatos e dados, temos o seguinte: a Enciclopédia Cristã Mundial aponta que, em 2020, o percentual de pessoas que se declaravam cristãs era de 32,3%. Em 2019, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que 2,9 milhões de brasileiros se dizem gays, lésbicas ou bissexuais, representando 1,8% da população. E, segundo a pesquisa Global Advisor LGBT+ Pride 2023, realizada pelo Instituto Ipsos, o Brasil é o país com a maior população autodeclarada LGBT+. Por fim, um dado extra a considerar: Paris foi escolhida como sede dos Jogos Olímpicos em setembro de 2017, depois de inúmeras cidades terem desistido da disputa.

Diante disso, podemos tirar algumas conclusões: a França teve mais de seis anos para planejar e executar a cerimônia de abertura dos jogos. Não foi nada feito às pressas, com orçamento limitado ou por amadores. Os organizadores sabiam – e sabem – muito bem que a representatividade da população LGBT+ é muitas vezes menor do que o percentual de cristãos no mundo e que satirizar uma das cerimônias mais sagradas do cristianismo causaria a polêmica que pudemos acompanhar. Os “pedidos de desculpas” e a falsa justificativa de que a inspiração não veio do quadro de Leonardo Da Vinci são apenas e tão-somente mais uma piada.

Portanto, você, que é cristão, não se deixe enganar: todas as mensagens inseridas na cerimônia foram transmitidas com sucesso. Entre elas está mais uma tentativa de normalização da pedofilia, pois a “santa ceia drag”, ao celebrar a diversidade sexual, traz entre as “opções”, uma criança. Além disso, tivemos a aparição de uma imagem que qualquer cristão identifica facilmente: um cavaleiro cavalgando seu cavalo branco com ar de vencedor, trazendo a bandeira dos cinco continentes presa ao pescoço. A simbologia é clara: todos os países seguindo a liderança da figura representada pelo primeiro cavaleiro descrito em Apocalipse 6.2: “E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer.”

O livro A Terra Vai Pegar Fogo, de autoria de Renato Cardoso, traz: “Os símbolos, personagens, ações e lugares no Apocalipse são pistas para sua interpretação e entendimento. […] Cavalos na Bíblia quase sempre foram associados à guerra, pois outras atividades, como o transporte de cargas, eram feitas por jumentos, bois e camelos. Portanto, podemos ter certeza de que o período a partir do primeiro selo inicia uma era de guerras, mas não necessariamente no sentido militar, em todo tempo. Há várias formas de guerra, e os selos apontarão para isso.” Já estamos vivendo uma guerra ideológica, em que o errado virou certo, a verdade foi relativizada e opinião virou crime. Está tudo muito claro para quem quer ver e dito com todas as letras e para aqueles que têm ouvidos para ouvir.

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Da redação / Foto: Reprodução