Ação social conforta 50 moradores de rua no frio da Bélgica

Com inverno próximo, temperaturas já despencam abaixo de zero grau Celsius; iniciativa levou alimentação e agasalhos

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Enquanto o Brasil tem vivido dias de muito calor, com altas históricas, no mês de novembro, na Bélgica, o problema é o oposto. Apesar de o inverno ainda não ter chegado ao país europeu, a Bélgica já sofre com temperaturas abaixo de zero grau Celsius. Para moradores de rua, desabrigados e outros grupos vulneráveis, o frio é um problema ainda muito mais grave. É aí que entra o programa social Anjos da Madrugada, mantido pela Igreja Universal do Reino de Deus e presente em 38 países.

Na terça-feira (21), 50 pessoas de oito cidades belgas — Bruxelas, Ixelles, Anderlecth, Schaerbeek, Charleroi, Gent, Aalst e Antuérpia —, foram contempladas com as visitas do Anjos da Madrugada. Os voluntários do programa social levaram refeições quentes, lanches e agasalhos para aquecer um pouco as noites da população que mora nas ruas.

A Bélgica é um país pequeno, com apenas 11,6 milhões de habitantes. Para se ter uma ideia, somente a cidade de São Paulo chega a 12,3 milhões. Também por isto, toda ação social é bem-vinda no país europeu — que, segundo o World Data, é a 25ª economia do mundo, a partir de seu PIB. No entanto, para quem sente fome e frio, estatísticas não confortam.

Calor humano 

O responsável pela ação do Anjos da Madrugada na Bélgica, André Machado, informa que o frio excessivo cria outro problema para muitos: o vício em bebidas alcóolicas e drogas. “Além disso, há outros que foram abandonados pela família, que perderam casa e trabalho”, explica. André destaca o perfil dos mais necessitados: “São, principalmente, muitos imigrantes, que não recebem ajuda. Então, ainda mais nesse frio, procuramos levar agasalhos e alimentação para eles”.

Isabele Covoura integra o grupo de 20 voluntários que visitou as oito cidades belgas com a intenção de levar algum conforto aos moradores de rua. Ela compartilha dificuldades que teve em sua vida — e que a levaram a querer ajudar o próximo: “Já passei necessidade, também, criando quatro filhos sozinha. E houve quem me ajudasse. Por isso, quero fazer minha parte”, relata Isabele.

Seu colega, Luis Fransisco, integra o Anjos da Madrugada há três anos. Luis conta um caso que lhe marcou bastante. “Conheci uma jovem deficiente belga que foi abandonada pelos pais na rua. Até hoje, ela não tem o apoio da família”, afirma. O voluntário descreve que, quando eles — os voluntários — a encontravam, levavam comida e uma palavra gentil. “Ela perambulava de um lugar para o outro. Depois, nunca mais a vimos. Marcou muito, pois precisamos acolher os necessitados”, declara Luis. Só em 2022, mais de cem mil voluntários do Anjos da Madrugada realizaram ações sociais que beneficiaram quase um milhão de pessoas no Brasil e pelo mundo.

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Colaborador

Unicom / Fotos: Cedidas