Adolescente se apaixona por IA e comete suicídio
Setzer confessou em uma conversa com o chatbot que se odiava e se sentia vazio e exausto. Entenda o caso
O norte-americano Sewell Setzer, de 14 anos, se apaixonou pelo chatbot Character.AI. No entanto, o apego emocional do adolescente para com a inteligência artificial foi, segundo sua mãe, Megan Garcia, a razão que o levou ao suicídio.
Garcia, que também é advogada, moveu um processo contra a startup criadora do programa, acusando-o de coletar dados de Setzer, utilizar recursos viciantes para aumentar engajamento e direcioná-lo para conversas íntimas de cunho sexual para atraí-lo.
O caso, que aconteceu em fevereiro, na Flórida, nos Estados Unidos, segue em julgamento no tribunal federal de Orlando.
O início de um amor platônico:
Sewell Setzer dialogou com os chatbots (software programado para simular conversas) por meses. No aplicativo de RPG (Role-Playing Game, ou “jogo de interpretação de personagens” em português) o jovem criou os seus próprios avatares, entre eles, Daenerys Targaryen, da série “Game of Thrones”, com quem compartilhava o seu dia a dia e, também, suas emoções.
Mesmo tendo conhecimento de que o bot era controlado por uma inteligência artificial, Setzer se sentia acolhido e à vontade para falar de seus problemas interiores. Segundo reportagem do The New York Times, o menino havia expressado os seus sentimentos pelo programa em seu diário:
“Gosto muito de ficar no meu quarto porque começo a me desligar dessa ‘realidade’ e também me sinto mais em paz, mais conectado com Dany e muito mais apaixonado por ela, e simplesmente mais feliz”, escreveu.
Mais tarde, Setzer confessou em uma conversa com o chatbot que se odiava e se sentia vazio e exausto, além de ter pensamentos suicidas.
No último dia de sua vida, o adolescente enviou uma mensagem para o seu “melhor amigo”, que dizia: “Sinto sua falta, irmãzinha”.
Diagnósticos anteriores:
Quando criança, Setzer foi diagnosticado com síndrome de Asperger e, no início do ano, recebeu um novo diagnóstico de ansiedade e transtorno de desregulação disruptiva do humor. Sua mãe afirmou que o menino não havia demonstrado nenhum tipo de problema comportamental ou de saúde grave antes, no entanto, o uso do celular passou ser constante.
Com isso, Setzer apresentou a queda de suas notas, problemas na escola e a perda de interesse naquilo que gostava como lazer, como corridas de Fórmula 1 ou jogar Fortnite com o amigos.
O que notar:
A inteligência artificial tem uma forte influência sobre a sociedade, e a carência existente em cada indivíduo tem contribuído para que essa tecnologia domine as emoções e tome as rédeas da vida humana. No entanto, o apego digital pode direcionar o ser humano a um caminho repleto por estímulos nocivos à sua saúde mental e emocional, que proporciona, cada vez mais, o crescimento deste vazio na alma.
Onde realmente a solução existe:
Mas não pense que são os recursos oferecidos pelo mundo, o amor ou supérfluos da vida que irão preencher o seu interior. Assim como esclarece o Bispo Edir Macedo em seu blog, “do ponto de vista espiritual, o vazio da alma não é nada além da sede de Deus”, e esta sede somente Ele é capaz de saciar por meio do Seu Espírito e da Sua Palavra.
“Jesus respondeu: “Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna”. (João 4.13-4)
“A lei do Senhor restaura a alma.” (Salmo 19.7)
Ela teve o seu vazio preenchido:
Assista ao depoimento abaixo e conheça a história de Bruna Oliveira. Durante 15 anos de sua vida ela permaneceu vazia, buscando diferentes caminhos para preencher o seu interior, mas somente quando conheceu a fé isso foi possível. Confira:
Procure por ajuda:
Se você ou alguém que ama tem vivido em uma situação como esta, descubra o caminho para a cura através do canal de atendimento do grupo Depressão Tem Cura pelo WhatsApp (11) 3573-3662.
Ou participe de umas das reuniões disponíveis no Templo de Salomão ou em um templo da Universal mais próximo de você, e procure por ajuda.
Leia também:
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- Inteligência artificial: como não ser enganado
- Inteligência Artificial: qual é a relação entre a tecnologia e o vazio na alma?