Ameba comedora de cérebro: o que é, quais sintomas e como prevenir

A taxa de mortalidade entre os que contraem a ameba supera 97%, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos

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Relatos de pessoas infectadas pela conhecida ameba comedora de cérebro, tornaram-se mais frequentes nos últimos anos, preocupando a população devido ao seu alto índice de fatalidade.

A taxa de mortalidade entre os que contraem a ameba supera 97%, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês) dos Estados Unidos. Entre os anos de 1962 e 2022, foram registrados 157 indivíduos infectados, e apenas 4 sobreviveram.

Um caso recente:

  • No último dia 18 de junho, Woodrow Bundy, de 2 anos, foi a óbito após ter contraído a ameba comedora de cérebro, nos Estados Unidos.
  • Segundo familiares, o menino teria sido infectado enquanto nadava em Ash Springs, Nevada.
  • A ameba levou Woodrow a uma condição chamada MAP (meningoencefalite amebiana primária), uma infecção rara do sistema nervoso central.
  • Depois de 7 dias internado, o óbito de Woodrow foi informado pela família.

Confira a matéria na íntegra do R7, clicando aqui.

Mais informações sobre a ameba:

1. O que é?

  • A ameba do grupo Naegleria fowleri – conhecida como ameba comedora de cérebro – é um protozoário de vida livre, ou seja, que não necessita de hospedeiros para se manter ou sobreviver.
  • O nome comedora de cérebros se refere a sua ação no organismo humano, causando infecções e doenças cerebrais fatais.
  • Ela é encontrada, geralmente, em água quente de aspecto doce, como lagos, rios, fontes termais e piscinas não tratadas, e também pode estar presente em água quente de poços e caldeiras.
  • A ameba não é encontrada em água salgada ou em água fria.

2. Como acontece a infecção?

  • A infecção pela ameba costuma acontecer com a inalação da água contaminada.
  • A ameba entra pelo nariz e migra ao cérebro, atacando os tecidos do órgão –  o que resulta no óbito em poucos dias.
  • Segundo o CDC, a infecção não acontece pelo contato ou ingestão da água contaminada.

3. Sintomas:

Os primeiros sintomas após a infecção são apresentados entre 1 e 12 dias (a média é de 5 dias).

Os indivíduos infectados apresentam:

  • dor de cabeça;
  • febre;
  • náusea e vômito;
  • rigidez no pescoço;
  • confusão e alucinações;
  • convulsões;
  • coma.

4. Riscos:

  • Ao atingir o cérebro, a ameba leva o indivíduo a condição de meningoencefalite amebiana primária, uma infecção rara e, geralmente, fatal do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal).
  • A doença pode avançar rapidamente e levar ao óbito em poucos dias.

5. Existe tratamento?

  • Devido a incidência relativamente baixa da doença (entre 0 e 8 infecções por ano), pesquisadores ainda não chegaram à razão da infecção não atingir a todos os que são expostos pela ameba e, tampouco, a um possível tratamento.

6. Prevenções:

Autoridades alertam que medidas podem – e devem – ser tomadas para evitar a infecção, como:

  • não enxaguar as passagens nasais com água da torneira não tratada;
  • a água da torneira pode ser usada se fervida por, no mínimo, um minuto e resfriada antes do uso;
  • sempre dar preferência à água estéril ou destilada;
  • evitar colocar o nariz enquanto estiver nadando em piscinas, lagos e lagoas, ou tomando banho.

Apesar dos frequentes relatos e sua repercussão, casos de ameba comedora de cérebro ainda não foram registrados no Brasil. No entanto, estar informado sempre será a melhor forma de se prevenir.

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Colaborador

Yasmin Lindo / Fotos: iStock e Reprodução/Facebook