Amor à venda?
Quais as consequências emocionais para quem trata o amor como produto
Talvez você não saiba, mas dentro do ambiente digital, a procura pelos relacionamentos “sugar” tem crescido bastante.
Neste tipo de relação existe a figura do sugar baby que é a mulher jovem que busca um relacionamento com estabilidade financeira. E o sugar daddy que é o homem mais velho e bem-sucedido disposto a patrocinar essa vida de luxo.
Os envolvidos alegam que este “tipo de relacionamento” não pode ser considerado prostituição, já que o sexo não é obrigatório. Mas consideram uma espécie de “namoro de aluguel”.
E mesmo sendo muito comum a procura de homens ricos por mulheres jovens, há aplicativos que oferecem o inverso: mulheres bem-sucedidas em busca de homens jovens para um relacionamento e dispostas a bancá-los financeiramente.
E ainda que pareça estranho que pessoas busquem este tipo de relação, a psicóloga Pamela Magalhães explica que a motivação está em como elas mesmas enxergam o amor. “Existem pessoas que entendem que alguém só irá gostar dela se a mesma der algo, então, ela precisa pagar para ser amada”, esclarece.
E levanta a hipótese de que “uma pessoa que só se relaciona por dinheiro, é alguém que pode ter sofrido muito no passado e interiorizado isso”.
Amor não se compra
Para o apresentador do programa “The Love School – A Escola do Amor”, Renato Cardoso, este tipo de comportamento está relacionado com a importância que essas pessoas dão ao dinheiro, e o quanto o poder aquisitivo pode ser viciante. E mesmo sendo clichê a frase de que “dinheiro não compra tudo”, a pessoa acaba achando que pode, sim, comprar todas as coisas. Mas, se esquece que dinheiro não compra amor, felicidade e respeito.
“O que segura um relacionamento é caráter, fidelidade, compromisso, objetivos, respeito, valores. O valor que você dá a outra pessoa, e o valor que você se dá. A pessoa que não se valoriza, que não se ama, ela vai fazer a outra pessoa infeliz”, ressalta a apresentadora e escritora Cristiane Cardoso.
Assista no vídeo abaixo a reportagem especial do Domingo Espetacular sobre o assunto:
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Amor de verdade
Como bem destacou o professor Renato Cardoso, por mais que as regras para este tipo de relacionamento pareçam claras, e as pessoas já entrem nele sabendo o que terão uma da outra, inevitavelmente, em algum momento, os dois se sentirão usados.
“Se ao longo do caminho, as pessoas não fizerem a mudança do interesse financeiro para o afetivo, então, quando aquilo deixar de ser interessante financeiramente, vai acabar”, concluiu.
Daí a importância de participar da Terapia do Amor. Pois, quando a pessoa se conhece e é curada de suas dores da alma, ela aprende o seu real valor e sabe o que pode oferecer – e também exigir do outro – em um relacionamento.
As palestras da Terapia do Amor acontecem sempre às quintas-feiras, às 10h, 15h e 20 horas, no Templo de Salomão, em São Paulo, e em outras localidades também. Clique aqui e encontre o local mais perto de você.