Amor paterno é fundamental para o desenvolvimento de um filho
O pai é tão protagonista quanto a mãe, e ambos devem agir em conjunto
Quem será que mais contribui com o desenvolvimento de uma criança, a mãe, o pai ou não há distinção entre os dois?
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, levantou a questão e sugeriu que o amor paterno contribui tanto quanto, e às vezes mais, do que o amor materno.
O estudo, publicado em 2012 no site da Society for Personality and Social Psychology (Sociedade de Personalidade e Psicologia Social, em tradução livre), contou com cerca de 10 mil participantes de pesquisas relacionadas à psicologia social e teve como objetivo analisar o poder da rejeição e aceitação dos pais na formação da personalidade nas crianças.
Segundo os pesquisadores, a influência de uma possível rejeição vinda, principalmente, do pai pode causar muitos traumas. A criança, quando rejeitada, sente uma dor igual à dor física, como se ela estivesse apanhando ou “levando um soco no estômago”, exemplifica o estudo. A rejeição pode afetar o desenvolvimento de um filho e levar a complicações até a idade adulta, como crises de ansiedade e insegurança, hostilidade e agressividade.
Segundo o coautor do estudo e atualmente professor emérito na Universidade de Connecticut, Ronald Rohner, o que deve ser considerado é que o amor paternal é fundamental para o desenvolvimento de uma pessoa, e que isso deveria motivar os homens a se envolverem mais na criação dos filhos. Além disso, o reconhecimento dessa influência deve ajudar a reduzir a culpabilização da mãe em relação aos problemas infantis.
Criação com doutrina
O trabalho de criar os filhos é do casal. O pai é tão protagonista quanto a mãe. Pai e mãe devem agir em conjunto para disciplinar, determinar limites, ensinar valores e cuidar de seus filhos, acompanhá-los no dia a dia e fazê-los se sentirem aceitos e amados. Então, por onde começar?
O palestrante e escritor Renato Cardoso lembra aos pais que o papel deles é ensinar aos filhos o que é certo e viver o que se ensina, dar o exemplo. E o papel dos filhos é seguir os ensinamentos e exemplos dos pais.
Em texto publicado em seu blog, Renato afirma que pai e mãe precisam orientar os filhos a resolver problemas desde a primeira infância, eles devem ensinar os filhos a pensar. “Se a criança tem que ir para a cama às 9 da noite, não discuta com ela sobre isso. Resuma-se, no máximo a dar-lhe uma razão que ela possa entender (por exemplo, levantar cedo no dia seguinte para ir à escola) e, no mais, apenas faça cumprir o que você disse.”
Esse é apenas um dos exemplos de fatos do cotidiano que ajudarão os pais a agirem em conjunto, a adquirirem o respeito dos filhos e a construir um relacionamento de confiança e sabedoria com eles que, por sua vez, também se sentirão amados e aceitos com a atenção e a preocupação aplicadas.
“Por isso, pai e mãe devem agir em conjunto para determinar certos limites e regras a seus filhos, visando ao bem deles. Comunicar bem essas regras aos seus filhos e não ter medo de aplicá-las. E sempre lembrar que o objetivo é protegê-los do mundo e deles mesmos — mas não exagerar na dureza e no rigor. Pais devem ser equilibrados. Mas, nas coisas principais, devem ser firmes e justos”, conclui Renato.
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Você também pode acompanhar a reunião ao vivo pelo Univer Vídeo.
* Publicado no site da Sociedade de Personalidade e Psicologia Social (tradução livre de Society for Personality and Social Psychology – SPSP), maior organização de psicólogos sociais e psicólogos da personalidade, dos Estados Unidos, fundada em 1974.