Andréa Sorvetão e Conrado são alvos de críticas por se denominarem “hétero, cristão e tradicional”

Em vídeo publicado nas redes sociais, no dia dos namorados, o casal criticava empresas. Entenda

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A cantora Andréa Sorvetão e seu esposo, Conrado, foram alvos de duras críticas na internet. Isso porque, no dia 12 de junho, quando se comemora o dia dos namorados no Brasil, o casal, que já está junto há mais de 30 anos, publicou um vídeo onde dizia ser “um casal hétero, cristão e tradicional”. 

“Conrado, Andrea Sorvetão e bancada evangélica conservadora….Vão se lascar meus anjos??”, disse um internauta, no Twitter.

Conrado esclareceu que o vídeo, publicado na rede social, foi uma crítica destinada às empresas. “Parece que nossa fala foi entendida como ironia. Estávamos tentando chamar atenção de empresas para que nos patrocinassem, como quem diz: ‘Nós, que somos héteros, cristãos e tradicionais, podemos trabalhar também?’. Pelo visto, a resposta foi ‘não’. Com todo o respeito à classe LGBTQIA+, a intenção não foi ofendê-los. O tom da ironia foi direcionado às empresas”, disse o artista.

Por outro lado, houve internautas que saíram em defesa do casal. “Por que as pessoas se incomodam tanto? Ser hetero, cristão e tradicional? Por que tanto preconceito com isso?”, indagou uma internauta. 

O questionamento da internauta é legítimo. Não se pode declarar-se “hétero, cristão e tradicional”, nos dias de hoje? 

O fato é que, constantemente, pessoas são discriminadas e prejudicadas, pura e simplesmente, por ter um posicionamento divergente. 

Esta semana, a deputada estadual pelo estado de Santa Catarina Ana Caroline Campagnolo e o vereador por Belo Horizonte, em Minas Gerais, Nikolas Ferreira, que são cristãos e conservadores, foram alvos de críticas e ameaças, vindas da comunidade LGBT, após sustentarem suas convicções sobre ideologia de gênero, em uma transmissão ao vivo, por meio das redes sociais.

“Quero tanto que você ainda esteja viva, pra [sic] assistir de camarote, quando todos seus ideais deturpados, baseados em uma historinha de conto de fadas que foi longe demais forem completamente criminalizados”, disse uma pessoa, na rede social de Campagnolo. 

Outros casos

Ano passado, uma funcionária da rede de cafeterias, Starbucks, processou a empresa, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, por ter sido demitida, após se recusar a usar uma camiseta de orgulho LGBT, disponibilizada pela empresa aos funcionários.

Ela não teria vestido a camiseta por acreditar que a mesma feria seus princípios cristãos. Segundo ela, ao ingressar na empresa, seus superiores já tinham conhecimento de suas crenças religiosas. A jovem, inclusive, solicitava folgas para ir à igreja aos domingos à noite.

Em outro episódio, um casal de confeiteiros cristãos se recusou a fazer um bolo, para um ativista pró casamento homoafetivo, que deveria conter uma frase a favor do movimento.

Contudo, o casal não concordou em prosseguir com a produção do pedido, por causa da mensagem que ele continha. Eles pediram desculpas e devolveram o dinheiro.

Mas, por causa do posicionamento, os dois tiveram de responder na justiça, após o ativista ter protocolado uma ação contra eles. No entanto, cinco juízes foram unânimes e decidiram a favor do casal. 

Perseguição

Os casos de perseguição são inúmeros e não acontecem apenas quando se trata de assuntos relacionados à comunidade LGBT. Recentemente, uma médica indiana teve seu celular confiscado, após distribuir folhetos à população, com uma dieta recomendada para prevenir a COVID-19 e dizer que Jesus cura. 

A atitude da médica revoltou ativistas da principal organização nacionalista hindu da Índia e lhe rendeu um processo criminal, no país. “O que há de errado em dizer a eles que Deus cura? Eu não disse a ninguém para se converter ou forcei ninguém a orar a Jesus. Eu sou cristã, eu disse a eles que Jesus cura”, disse a médica. 

Portanto, diante de tantos casos, que não serão os últimos, cabe aos cristãos apegar-se à passagem de Mateus 10, versículo 22: “E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.” 

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Colaborador

Rafaela Dias / Foto: Reprodução