Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), uma em cada seis pessoas na faixa etária entre 10 e 19 anos tem seu bem-estar mental afetado e a ansiedade é um dos principais fatores responsáveis pelo comprometimento psicológico delas.

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, em 2024, o número de atendimentos relacionados a transtornos de ansiedade prestados a adolescentes com idade entre 10 e 14 anos foi 1.575% maior do que em 2014. Entre as pessoas de 15 a 19 anos, o aumento foi de 3.300% no mesmo período.

Esse alto volume de casos de ansiedade na adolescência pode ser explicado pelos anseios e inquietações que ocorrem na transição para a vida adulta, diz a psicóloga Aline Sampaio: “Essa fase é marcada por muitas mudanças e medos no processo de se tornar adulto. Também há o aumento das dificuldades, frustrações e pressões, principalmente do que você precisa ser e do que você precisa ter para ‘ser alguém’”.

Além disso, o Panorama da Saúde Mental 2024, um levantamento feito pelo Instituto Cactus em conjunto com a AtlasIntel, mostrou que as redes sociais, utilizadas excessivamente por adolescentes, favoreceram a ocorrência de dificuldades emocionais e de 45% dos casos de ansiedade entre jovens de 15 a 29 anos. “As redes sociais são lugares de muitos estímulos e gatilhos de competitividade e comparação, onde as pessoas criam imagens para serem aceitas. Nem tudo que está na rede é real, mas não atingir esse padrão pode gerar ansiedade”, esclarece Aline.

Os estímulos para o desenvolvimento da ansiedade estão por toda a parte. Para entender a fundo o transtorno na adolescência, como identificar seus sinais e qual a melhor forma de tratá-la ou preveni-la, leia os dados inseridos no infográfico abaixo.

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