Apaixonado viajou 4.000 km e acabou hospitalizado
Veja o que aconteceu com um holandês que agiu baseado nas emoções e saiba como se proteger das armadilhas do coração
Após dez dias morando em um aeroporto, Alexander Cirk, holandês de 41 anos de idade, foi hospitalizado. Isso porque o rapaz é diabético e, por não ter condições de se alimentar bem, passou todos esses dias à base de macarrão instantâneo.
Alexander estava vivendo no aeroporto internacional da cidade de Changsha, na China, enquanto esperava que sua namorada virtual fosse buscá-lo. Ela nunca apareceu e, quando descobriu o que estava acontecendo, afirmou: “Um dia ele me enviou abruptamente uma foto de passagens aéreas e eu pensei que era uma brincadeira. Ele não entrou em contato após isso”.
Não era brincadeira. Alexander viajou mais de 4 mil quilômetros, da Holanda até a China, a fim de encontrar Alice, mas o encontro nunca aconteceu. Ao ser liberado do hospital, o holandês voltou para casa.
Alice disse que pretende encontrá-lo após se recuperar de recente cirurgia plástica no nariz e, sobre o relacionamento, ela afirmou: “nós avançamos em nosso relacionamento amoroso, mas após isso ele se mostrou um pouco insensível em relação a mim”.
Caso não-isolado
Apesar de Alexander ter ganhado fama nas redes sociais, esse não é o primeiro e, infelizmente, não será o último caso de um relacionamento amoroso virtual fracassar.
“Se conhecer uma pessoa que está perto já é difícil e há quem, mesmo depois de um namoro longo, se decepcione após o casamento, imagine quem namora sem ter o poder do toque, daquela coisa do olho no olho”, instiga o bispo Adilson Silva. “Como saber se a pessoa do outro lado é realmente quem parece ser? De fato, é um namoro complicado e perigoso. Se por um lado a internet fez o mundo ficar pequeno e aproxima as pessoas, por outro lado ela dá as pessoas a condição de se mostrarem diferentes do que realmente se é. Isso tanto no sentido físico quanto ao caráter. Então há que se ter uma cautela em relação a essa questão”.
Alexander não teve cautela. Ao contrário, com uma comunicação aparentemente ruim, gastou com visto, passagens aéreas, atravessou o mundo e colocou a própria saúde em risco para encontrar alguém que mal conhece.
Ele acreditou que, surpresa com a “loucura de amor”, Alice correria ao seu encontro. Isso não aconteceu, provando que ele não fazia ideia da personalidade daquela pessoa. Na verdade, ele estava apaixonado por quem ela aparentava ser, não por quem realmente ela é.
“Tem gente que está apaixonada não é nem por uma pessoa, é por um perfil. Mas, de repente, quando vai encontrar, se decepciona, porque encontra uma pessoa mal-intencionada, um bandido, um criminoso, ou simplesmente não é aquela pessoa que se esperava”, alerta o bispo.
Por isso, o ideal é que se tome muito cuidado quando esse tipo de relacionamento é estabelecido. O próprio bispo toma cuidado em não generalizar, mas ressalta que é extremamente importante agir sempre com a razão, evitando cair em armadilhas emocionais ou mesmo nas mãos de criminosos.
O melhor a fazer, em regra geral, é procurar por um parceiro em locais que você frequenta, como a própria Universal, por exemplo. Sendo solteiro ou casado, você pode participar da Terapia do Amor, que acontece todas as quintas-feiras, na Universal, e saber mais sobre o assunto.