Após a morte do pai, a solidão e a tristeza a dominaram

Saiba como Kamila Cardoso superou a dor do luto e refez sua vida

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Alguns acontecimentos deixam feridas que, se não tratadas, podem afetar todo o futuro da pessoa. A cabeleireira Kamila Cardoso, de 42 anos, passou por uma experiência dessa magnitude. Ela conta que nasceu em Colinas (TO) e cresceu em uma família bem estruturada. “Morávamos meus pais, meus três irmãos e eu. Minha infância foi muito feliz. Durante a adolescência, meu irmão saiu de casa para estudar e minhas irmãs casaram. Quando eu tinha 16 anos, meus pais e eu nos mudamos para a capital, Palmas, e ele abriu um negócio. Ia tudo bem até que um dia, em casa, meu pai teve falta de ar. Eu o deitei no meu colo, na intenção de ajudá-lo, mas, infelizmente, de uma forma traumática, ele morreu deitado no meu colo, vítima de um infarto”, recorda.

Sem saber administrar o negócio da família, sua mãe precisou fechá-lo e mudou-se para Tucumã, no Pará. Kamila permaneceu em Palmas com a avó materna. “Eu me vi sem pai, sem mãe e sem toda aquela base familiar que eu tinha. Tristeza e solidão tomaram conta de mim. Foi quando comecei a ir a festas e a fazer coisas que antes eu não fazia. Fui me envolvendo com pessoas erradas, frequentava festas e bares, bebia e saía todas as noites”, declara.

A curtição, na verdade, camuflava a tristeza interior que ela enfrentava nos pósfestas. Ela relata que desde a morte do pai seu maior desejo era formar uma família, mas que somou várias frustrações na vida amorosa.

“Nas festas eu sorria, me divertia, mas, quando voltava para casa e colocava a cabeça no travesseiro, eu chorava. Isso se perpetuou por anos. A dor do luto estava sempre ali. Os relacionamentos eram frustrados e eu só acumulava sofrimento. Em um deles fui para a Inglaterra na tentativa de ser feliz, mas as coisas não saíram como o esperado e o sonho de formar uma família mais uma vez se frustrou. Sozinha, voltei para o Brasil”, diz.

Em família, mas infeliz

Como Kamila reconhece, ela ainda não tinha entendido que, para estar bem em um relacionamento, primeiro é preciso estar bem consigo mesma. No Brasil, ela iniciou um namoro com o mecânico Josué Coelho Ferreira Cardoso, que hoje tem 38 anos.

Focada em ter uma família, já no início do namoro ela engravidou. Ela revela: “eu não queria um relacionamento, eu queria uma família. Eu não amava meu marido e ainda estava ferida pelo relacionamento passado, mas, por ter engravidado, me casei”.

Mesmo depois de formar uma família, como tanto desejava, ela ainda se sentia vazia. A tristeza permanecia e, mesmo com o passar dos anos, ela não conseguia superar a morte do pai. Além disso, a família enfrentava dificuldades financeiras. Foi assim que, em 2010, a família chegou à Universal depois de aceitar um convite da mãe e do padrasto de Kamila.

A fogueira e a nova vida

Depois de participar da primeira reunião, Kamila se sentiu tão bem que decidiu voltar outras vezes. Ela e o marido passaram a frequentar as reuniões e os ensinamentos ali transmitidos mostraram a ela um novo caminho. “Aprendi sobre o Espírito Santo e que só Ele poderia ser o Consolo para a minha alma e que o amor é uma questão de escolha. Decidi amar e respeitar meu esposo, nossa vida foi mudando e nosso casamento foi abençoado”, relata.

Na Fogueira Santa, Kamila buscou o mais importante: o Espírito Santo e revela qual foi o resultado: “nossa vida financeira prosperou, minha filha cresceu nos caminhos de Deus e tivemos filhas gêmeas. Hoje tenho uma família verdadeiramente feliz e abençoada”.

Ela afirma que nada se compara à alegria de ter o Espírito Santo e atribui suas conquistas ao Altar: “a Fogueira Santa exercita minha fé e me deixa na dependência de Deus. Nessa fé me sinto fortalecida em saber que Deus está comigo e não deixa nada me faltar. Um dos meus pedidos na Fogueira Santa foi receber o Espírito Santo, que preencheu aquele vazio e me fez vencer a dor da solidão. Hoje sinto apenas saudade. O Espírito Santo é meu Consolador diário. Ele é minha força e minha certeza da vida eterna”.

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Colaborador

Kelly Lopes / Fotos: Maielly Rodrigues Sales