Após construir carreira no México, Mika Guluzian faz primeira novela no Brasil

Atriz interpretará Fátima, esposa de Eliezer (Ronny Kriwat), na quinta fase da novela Gênesis

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A atriz paulistana Mika Guluzian, que começou a carreira no México, entrará em Gênesis no papel de Fátima, esposa de Eliezer (Ronny Kriwat), na fase de Abrãao. O novo trabalho marca a estreia da atriz de 32 anos em novelas no Brasil.

Apesar de ter iniciado no teatro ainda criança, Mika consolidou a carreira no exterior. No México, onde decidiu morar e estudar aos 19 anos, ela atuou em três produções, entre elas “Miss XV: Sueña Princesa”.

No entanto, há cerca de cinco anos, a atriz retornou para casa para “começar praticamente do zero”. Após atuar em filmes e séries, Mika agora está de volta à TV.

Em entrevista ao site oficial, a atriz contou que entrou para a superprodução da Record TV no momento em que cursa pós-graduação em História e também se dedica a ler textos de filosofia, o que aumentou o interesse dela pela Bíblia.

No bate-papo, Mika Guluzian comentou curiosidades sobre a trajetória na teledramaturgia e a enorme diferença de atuar no México e no Brasil.

SITE OFICIAL: Como você iniciou a carreira?

MIKA GULUZIAN: Sou atriz desde pequena, mas quando fui me formar decidi fazer novela no México porque assistia às novelas mexicanas e o meu sonho era fazer novela lá. Não pensei no Brasil. Eu foquei e falei: “É lá que quero fazer novela”.

SITE OFICIAL: Quais novelas você assistia naquela época?

MG: Assistia à Usurpadora, Maria do Bairro e Rebelde. Na época que fui para lá, estavam no auge as atrizes de Rebelde. Eu amava. Quando fui pesquisar, descobri que elas tinham saído de uma escola que é dentro da Televisa. Então, foquei e entendi: “eu preciso ir para o México”.

SITE OFICIAL: Você tinha quantos anos quando tomou essa decisão?

MG: Eu tinha 19 anos. Fui para o México, ganhei uma bolsa de estudos na Televisa, me formei lá e comecei a trabalhar dentro da emissora. Cheguei a fazer uma série fora da Televisa. Mas acabei começando a carreira lá fora, e não aqui no Brasil.

SITE OFICIAL: Qual a diferença de atuar no Brasil e no México?

MG: São tons diferentes. Eles têm uma dramatização muito maior. Mas o principal é que no México eles têm um ritmo muito acelerado. Lá a gente usa um ponto eletrônico, porque, às vezes, você grava 30 cenas por dia. Então, o ator não tem condições físicas de ter o texto. Lá o diretor fala no seu ouvido tanto as marcas [quanto o texto], por exemplo: ‘Mika, agora você anda até o sofá, senta e fala para o Daniel – ele só fala o nome do ator, não fala o nome do personagem: “Levanta! Não quero mais te ver aqui. Daniel, agarra a mão dela e diz que a quer para sempre” (em espanhol). É um universo completamente diferente. É outra dinâmica. Você tem que ter outra preocupação: não é ter o texto decorado, mas a concentração. Porque enquanto estou dando a fala, estou escutando a do outro. Enquanto estou falando, tem uma pessoa falando no meu ouvido a fala que ainda vou escutar. E, no meu caso, tinha que me concentrar no meu espanhol porque eu não fazia uma brasileira.

SITE OFICIAL: Você teve muita coragem de apostar no seu sonho…

MG: Foi, mas tinha muito essa vontade. Lá que me despertou que queria fazer carreira no meu país. Lá estreava novela, peça de teatro e não tinha ninguém da minha família para me ver. Às vezes, as pessoas pensam “ah, que legal”, mas, naquela época, as coisas não eram tão conectadas. Lá comecei do zero e tinha um patamar, mas abandonei tudo e voltei para o Brasil mais velha, com 26/ 27 anos, para começar do zero no mercado brasileiro.

SITE OFICIAL: Como foi a transição do México para o Brasil?

MG: Vim do tom do México que, realmente, é mais dramático. E eu era mais nova, tinha mais ansiedade. Tive que me adequar para fazer essa transição. Foi passo a passo. Fiz workshops aqui e tenho trabalhado com coaches. O ator não pode parar de estudar nunca, são muitas camadas. Para entender, é quase como se eu tivesse saído do teatrão para o cotidiano de uma novela. Eu tive que fazer um trabalho diferenciado de adaptação. Não é a mesma coisa. São outras linhas.

SITE OFICIAL: Quem é a personagem que você fará em Gênesis?

MG: A Fátima é esposa de Eliezer, que é o servo mais leal e puro de Abraão [Zé Carlos Machado]. Abraão se identifica com a pureza dele. Ela é amorita, de outro povo. Ela é trazida pela família do Manre [Danilo Sacramento], que a leva para o acampamento para servir, porque a família da Fátima serviu à família dele. Ela é órfã e foi criada pelas tias. Então, ela chega ao acampamento com muito medo, deslocada e tímida. O arco dessa personagem passa por três momentos em pouco tempo. Ela passa de uma timidez de não conseguir falar para uma soltura porque se apaixona pelo Eliezer. Então, ela começa a se sentir mais em casa. De repente, quando tem um filho, a personalidade dela se transforma, ela fica muito forte. Ela fica o oposto da timidez. […] Está bem legal o arco da personagem, estou muito feliz.

Acompanhe a novela Gênesis, de segunda a sexta às 21h na Record TV. Aos sábados, assista no mesmo horário aos melhores momentos da trama. Capítulos na íntegra e cenas extras podem ser assistidas também no serviço playplus.com

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Colaborador

R7 / Foto: MARIO BREGIEIRA/ARQUIVO PESSOAL