Após o parto, em vez de celebrar a vida da filha, ela viu a morte se aproximar

Uma hipoplasia pulmonar fez com que Sara Souza tivesse graves complicações durante a gestação

A arquiteta Sara Souza de Oliveira, de 27 anos, nasceu sem uma artéria pulmonar. Essa condição é chamada de hipoplasia pulmonar e a fez viver com apenas um dos pulmões funcionando perfeitamente. Como consequência, ela sempre teve problemas respiratórios.

Mesmo com esse quadro de saúde, Sara recorreu a Deus e pôde manter uma vida normal, o que já era considerado um milagre pelos médicos que a conheciam. Contudo, ao engravidar, seu estado de saúde piorou. Os médicos já tinham explicado que a partir do sétimo mês de gravidez Sara poderia ter problemas respiratórios e foi o que ocorreu. “Eu engravidei em outubro de 2021 e comecei a passar muito mal desde então. No oitavo mês tive várias crises respiratórias, mas a pior foi no dia 14 de maio deste ano.”

Seu esposo, o empresário Luccas Cavalcante, de 31 anos, sempre a acompanhava e nesse dia a levou para o hospital urgentemente. “Ao chegar lá, ela estava com muita taquicardia e com falta de oxigênio. Naquele momento, a equipe médica me deu as opções de entubá-la e tirar a neném ou interná-la na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e aplicar todos os medicamentos necessários e, então, optamos pela internação”, afirma.

Desde então, Sara passou a lutar por sua vida e nos sete dias que ficou na UTI foram realizados muitos procedimentos. Foi detectada e tratada uma pneumonia. “Depois de uma semana, ela voltou para o quarto, pois estava melhor, mas os médicos não quiseram dar alta a ela, pois havia o perigo de retorno do sintoma de falta de oxigênio”, relata Luccas.

Apesar da condição de Sara estar aparentemente normalizada, os médicos quiseram fazer o parto antes do previsto e uma cesárea foi marcada para o dia 2 de junho. “No dia do parto, apresentamos tudo a Deus e pedimos que fosse feita a Vontade dEle. A bebê nasceu bem, forte e saudável, mas, depois de uma hora do parto, minha esposa começou a ter hemorragia e foi quando a situação dela se agravou.”

Enquanto aguardava o retorno de Sara para o quarto, Luccas recebeu uma ligação para que voltasse ao centro cirúrgico imediatamente. “A pressão dela tinha caído para 6 por 8, ela ficou com falta de oxigênio, já tinha perdido dois litros de sangue e chorava de dor. Eles falaram que fariam um procedimento cirúrgico para tentar salvar o útero dela”, diz Luccas.

Sara foi levada de novo ao centro cirúrgico. Foi um momento assustador para eles, pois ali perceberam a proximidade da morte. Sara revela como reagiu: “eu só conseguia pedir: ‘meu Deus, eu só quero poder cuidar da minha menininha’. Por causa de todos os procedimentos médicos que teriam de ser feitos, percebi, naquele momento, que não sobreviveria e, então, entreguei a minha vida nas mãos de Deus”.

Luccas não aceitou perder sua esposa nem ter de cuidar de sua filha sozinho e por isso lutou até o fim pela cura dela. “Fui até o banheiro, dobrei meus joelhos e clamei a Deus. Ergui o meu Altar e fiz meu sacrifício, como se fosse uma Fogueira Santa de Israel. Naquele momento, veio uma paz e uma certeza de que tudo ficaria bem.”

Inicialmente, nada mudou, mas Luccas manteve a fé e a certeza de que teria sua esposa bem ao seu lado. “Ela perdeu quatro litros de sangue e os médicos não conseguiram salvar o útero dela. Ao todo foram 25 dias de internação”, conta.

Depois desse período, Sara passou a ter melhoras surpreendentes e seu caso foi considerado um milagre pela equipe médica que a acompanhava.

“Os profissionais foram nos informando que ela estava melhorando, que seu quadro era estável e que ela iria sobreviver. Após sua recuperação e alta, no dia 30 de julho, fomos até o Altar para consagrar a Isabella, contar nosso testemunho e cumprir o restante do nosso voto com Deus”, esclarece Luccas.

Hoje, Sara e Isabella estão bem, saudáveis e são provas do poder de Deus.

“Aos olhos dos médicos, sou um milagre, pois eles nunca viram uma pessoa viver tão bem quanto eu vivo agora. Sou muito grata ao que Deus fez por mim, pois não salvou apenas o meu corpo, mas também minha alma, e pela oportunidade de uma nova vida”, conclui Sara.

Hipoplasia pulmonar

A hipoplasia ou aplasia pulmonar é uma condição rara que se caracteriza pelo desenvolvimento incompleto do tecido pulmonar, que pode ser unilateral ou bilateral. Isso resulta em uma redução no número de células pulmonares, vias aéreas e alvéolos, o que prejudica as trocas gasosas. Essa é uma malformação congênita que na maioria das vezes ocorre em decorrência de outras anormalidades fetais que interferem no desenvolvimento normal dos pulmões.

Quais são as causas?
A hipoplasia pulmonar primária familiar é herdada de maneira autossômica recessiva. Se os dois pais forem sadios, mas portadores, o filho terá 25% de cada uma das seguintes possibilidades: ser sadio portador, sadio não portador, portador ou afetado. Causas da hipoplasia pulmonar incluem uma ampla variedade de malformações congênitas e outras condições em que a hipoplasia pulmonar pode ser uma complicação.

Qual o tratamento?
Embora não haja cura, é possível gerenciar o problema. Isso implica em intervenções antes do parto, decisão sobre o timing do nascimento e terapia após o parto. Em alguns casos, a terapia fetal deve ser dirigida à condição subjacente, o que pode ajudar a limitar a gravidade da hipoplasia pulmonar. Quando a gestação chega a termo, após o parto, os bebês mais afetados precisarão de oxigênio suplementar.

Cura total pela fé

Você também pode usar a fé para obter a cura para si mesmo ou um familiar. Participe da Corrente dos 70, que ocorre todas as terças-feiras na Universal.

No Templo de Salomão, em São Paulo, os horários são às 10h, 15h e 20h. Você ainda pode participar em uma Universal mais próxima.

imagem do author
Colaborador

Camila Teodoro / Fotos: Cedidas e Mídia FJU Aline Silva