Um dos assuntos mais discutidos atualmente em nossa sociedade é a realização de apostas on-line e, em especial, nas plataformas conhecidas como “bets”. Nas últimas semanas, o tema figurou em todos os noticiários. No entanto a prática de jogos não é novidade: ela acontece há muito tempo e até na Bíblia consta que soldados romanos teriam apostado quem ficaria com a túnica do Senhor Jesus depois da crucificação (João 19.23-24).

As apostas mudaram tanto de nome como de ofertas de meios de jogar durante a história, mas sempre atraíram os que têm esperança de lucrar facilmente. Atualmente, o Jogo do Tigrinho e outros similares, além das apostas esportivas têm prejudicado a vida de muitas pessoas, pois elas acabam perdendo até o que não têm.

Segundo uma pesquisa realizada pelo banco Itaú em meados deste ano, os brasileiros perderam R$ 24 bilhões nos últimos 12 meses com apostas on-line. Já um estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) revela que 60% dos apostadores perderam dinheiro nas bets. Além disso, 23% deles deixaram de comprar roupas, 19% pararam de fazer compras em mercado e 11% não gastaram com saúde e medicamentos para investir em apostas. O relatório da SBVC mostra ainda que 64% dos apostadores usam sua renda fixa principal para apostar e que, destes, 49% usam também renda extra.

A pergunta que devemos fazer é: o que realmente motiva as pessoas a agirem dessa forma, se tornarem viciadas e comprometerem até mesmo o bem-estar da sua família? Em edição recente do programa Inteligência e Fé, o Bispo Renato Cardoso respondeu essa questão. Ele relata como essas apostas afetam cada vez mais a vida das pessoas e revela o que motiva e cega os apostadores: “todo vício é um espírito. Há um duplo espírito: o espírito do vício e o espírito do demônio da riqueza, chamado Mamom”.

Ele diz que o desejo de riqueza não é obra do diabo, pois todo o dinheiro do mundo foi criado por Deus e pertence a Ele. Contudo, como a riqueza passou a ser uma forte cobiça do ser humano, o mal a usa como espécie de deus para destruir o homem e o afastar do Deus Único. Em Mateus 6.24, Jesus ensina: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom”.

“Nós só conseguimos servir a um senhor, porque, se tentarmos servir a dois, eles vão se confrontar e você não vai conseguir agradar os dois. Jesus falou do deus dinheiro como concorrente de Deus. É porque, se o diabo se apresentasse descaradamente como senhor, as pessoas não o seguiriam. Então, ele se manifesta como Mamom, a promessa de ficar rico”, detalha o Bispo Renato.

O Bispo ainda salienta que todos podem se deixar envolver por esse deus, tanto as pessoas ricas, que, por mais dinheiro que tenham, querem sempre mais, como as pobres, que estão correndo atrás do dinheiro. “O dinheiro atrai a todos, inclusive o ateu. O dinheiro vem com a promessa de resolver todos os problemas e assim as pessoas dão suas vidas pelo dinheiro. Quando percebem, caíram em um golpe, mas, antes, caíram na ilusão do seu coração”, diz o Bispo.

Movidas por esses espíritos malignos do vício e do amor ao dinheiro, muitas pessoas têm se deixado guiar pelo diabo. As consequências vão desde mentiras e roubos até traições e mortes. Em 1 Timóteo 6.10 está escrito que “… o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”.

O Bispo também afirma que “antes das pessoas caírem no golpe da criptomoeda, das bets e do Tigrinho, elas caíram em Mamom. Ele é criativo, sempre traz novas promessas, mas, por trás, é o mesmo deus”.

Por fim, o Bispo Renato revela que, quando a pessoa tem Deus como Senhor, ela confia nEle e não vive pela ética do dinheiro fácil ou “dando uma de esperto” e conclui dizendo que “Mamom promete mundos e fundos sem trabalho, mas, com o Senhor, você se blinda de golpes, pois Ele nunca vai tirar nada de você e proporcionará o que você precisar”.

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