“Aquele câncer era um demônio”

Mizael Costa afirma que sua doença era o próprio mal, mas sempre soube a Quem recorrer nesta luta

Imagem de capa - “Aquele câncer era um demônio”

Mizael Almeida da Costa, microempreendedor de 51 anos, percebeu, em setembro de 2022, que estava perdendo peso rapidamente e, em novembro, teve sangramento durante as evacuações. Preocupado com sua saúde, procurou um gastroenterologista e o médico solicitou exames de sangue e uma colonoscopia para investigar o que estava ocorrendo.

Mizael permaneceu internado 12 dias para realizar esses exames. Os médicos o diagnosticaram com anemia e descobriram uma lesão no intestino grosso causada por um tumor maligno de três centímetros, era um câncer colorretal. Em janeiro de 2023, ele foi encaminhado ao Hospital Heliópolis, um dos maiores da cidade de São Paulo e referência em tratamento de câncer.

Apesar de receber essa notícia difícil de assimilar, ele se agarrou à sua fé, foi para o Altar e confiou que obteria a cura. “Desde o momento que eu soube que estava enfrentando um tumor maligno, nunca passou pela minha mente desistir. Nunca cogitei a ideia de que poderia morrer. Assim que recebi o diagnóstico, dirigi-me imediatamente à Universal e me mantive confiante de que Deus me traria a cura”, relata.

Os médicos decidiram fazer uma cirurgia de remoção do câncer e o plano inicial era cortar apenas a parte afetada do intestino grosso e emendá-lo. Durante a cirurgia, porém, eles descobriram que o tumor era muito maior do que esperavam, pois tinha 30 cm x 14 cm., o que fez com que fosse necessário remover todo o intestino grosso e partes do pâncreas e do baço.

Guerra espiritual
Mizael ficou uma noite na UTI e mais 16 dias internado em virtude de uma infecção após a cirurgia. “Mesmo diante do diagnóstico e das complicações cirúrgicas, não me deixei abater. Busquei conforto no Senhor Jesus e conversei com o pastor. Eu estava convicto de que aquele câncer era uma batalha espiritual e que Deus me concederia o milagre. Enfrentei momentos muito difíceis durante o tratamento”, conta.

Ele precisou usar uma bolsa de colostomia, o que era extremamente desconfortável, especialmente porque, quando ela entupia, ele sentia muita dor e vomitava. Ele também precisou se alimentar por meio de sonda e os pontos da cirurgia lhe causaram dor por muito tempo. “Além disso, a infecção exigiu que fossem ministrados medicamentos por meio de um acesso no pescoço, o que aumentou meu sofrimento. Mas eu sabia que aquele câncer era um demônio e que Deus me curaria”, detalha.

Mizael finalmente recebeu alta no início de março do ano passado. Em junho, ele começou o tratamento quimioterápico e completou 21 sessões em outubro do mesmo ano. Ele, que é membro da Universal desde os 23 anos, enfrentou os desafios com determinação e buscou apoio na igreja e em sua fé, que é inabalável. Nos períodos mais difíceis do tratamento, ele continuou participando das reuniões. “Mesmo hospitalizado, participei da Fogueira Santa de Israel em janeiro de 2023 e clamei por minha cura. O pastor que me acompanhou nessa caminhada lutou fervorosamente pela minha recuperação e, além do apoio dele e de sua esposa, também recebi o das minhas irmãs, que cuidaram de mim com amor e dedicação”, diz.

Em fevereiro deste ano, ele recebeu o exame que confirmou sua cura. Mizael está completamente recuperado e agradece à Presença constante de Deus em sua caminhada de luta contra a doença. Ele compartilha sua experiência: “durante esse período difícil, mesmo sem experimentar manifestações espirituais e apesar de perder 25 quilos, sempre tive certeza que o Senhor Jesus estava ao meu lado. Um versículo que me sustentou está em Habacuque 3.17-18: ‘Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha Salvação’”.

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Colaborador

Kaline Tascin / Fotos: Demetrio Koch e cedidas