Arqueólogos encontram pistas que remetem ao reinado de Davi
Os indícios dão credibilidade à passagem bíblica que narra a batalha travada entre Israel e Edom em 10 a.C.
Arqueólogos encontraram fragmentos de muralha e local de fundição de cobre correspondentes ao século 10 a.C., dias vividos por Davi e seu filho, Salomão, que exerceram reinado no antigo Israel.
A descoberta honra a história bíblica que descreve o confronto ocorrido no território de Edom, mencionado no livro de Samuel. O achado se encontra no sítio arqueológico de Timna, região do deserto de Arava, no sul de Israel. Pela proximidade com o Mar Morto, a Bíblia apresenta a região como “vale do Sal”.
“Também Davi ganhou nome, voltando ele de ferir os sírios no vale do Sal, a saber, a dezoito mil. E pôs guarnições, em Edom, em todo o Edom pôs guarnições, e todos os edomeus ficaram por servos de Davi; e o Senhor ajudava a Davi por onde quer que ia. Reinou, pois, Davi sobre todo o Israel; e Davi fazia direito e justiça a todo o seu povo.” (2 Samuel 8.13-15).
Antigo Testamento
Com título de parque nacional, o vale de Timma foi, no passado, distrito de produção de cobre repleto de minas e locais de fundição, preservados anos a fio graças às condições extremas do deserto. Durante a escavação, também foram encontrados tecidos, roupas, cordas, objetos de cerâmica, fragmentos de fornos, bem como restos de alimentos. Ao encaminhar caroços de azeitonas e de tâmaras para a Universidade de Oxford, na Inglaterra, os estudiosos tiveram a comprovação de que, de fato, os achados correspondiam ao período histórico citado.
Antes desse fato, havia imprecisões sobre quem ocupou o lugar. O arqueólogo americano Nelson Glueck anunciou ter se deparado com as famosas “minas do rei Salomão” no mesmo local, na década de 1930. Mas a descoberta de um templo egípcio no centro do vale, em 1969, colocou sua crença em xeque.
No entanto, os estudos confirmaram: “as minas são, definitivamente, do período do rei Salomão”, declarou o arqueólogo Erez Ben-Yosef, da Universidade de Tel-Aviv. Ele foi um dos líderes da equipe de pesquisadores.
“A precisão histórica dos relatos do Velho Testamento é discutível, mas a arqueologia não pode mais ser usada para contradizê-los”, afirmou o pesquisador.
Com informações dos portais de notícias Breaking Israel News, United with Israel, Live Science e Scientific American Brasil