O recepcionista Thiago Mateus Ferreira, de 20 anos, tem muitas razões hoje para sorrir, mas ele se recorda que seu passado foi marcado por acontecimentos ruins e consequências que o fizeram sofrer.

Assim que nasceu, ele foi privado de conviver com seu pai, que foi assassinado por envolvimento com drogas e com a criminalidade. Além dele, outros membros de sua família tiveram suas vidas interrompidas por envolvimento com o crime. “Hoje, vejo claramente que havia uma maldição hereditária na minha família. Perdi meu pai, uma tia e dois tios em situações diferentes, mas sempre por envolvimento com drogas. Se não fosse Jesus na minha vida, eu já estaria morto”, revela.

Thiago foi criado pela avó paterna, na zona sul de São Paulo. Ele cresceu alimentando ódio por sua mãe, pois pensava que ela não o amava, embora ela fosse presente em sua vida. Outra razão para revolta era a falta que sentia da figura paterna.

Então, desde a infância, Thiago demonstrava comportamentos de rebeldia e, ainda criança, praticava pequenos furtos. “Aos 5 anos, eu já furtava objetos na escola e na vizinhança. Aos 14, experimentei drogas na companhia de más influências e fiz amizade com traficantes. As drogas foram o início do meu fundo de poço. Maconha, lança-perfume, cigarros, bebidas e bailes funk faziam parte da minha rotina.”

Ele praticou furtos até os 17 anos. Quando tinha uma oportunidade para furtar, ele não a perdia. “Meu interior era tomado por violência e revolta”, diz.

Thiago declara que carregava uma tristeza muito grande e que, mesmo cercado por várias pessoas, se sentia sozinho. Com isso, tentava de diversas maneiras preencher a sensação de vazio que o consumia. Uma de suas lembranças amargas é o dia em que teve uma arma apontada para a sua cabeça em uma “boca de fumo” e a decepção de sua mãe ao descobrir que ele consumia drogas.

As festas e baladas eram frequentes, mas em uma delas, sob efeito de entorpecentes, ele pensou que fosse morrer. “Eu pensei que morreria dentro da balada. Senti meu coração disparar e tive uma sensação de morte. No dia seguinte, pedi ajuda para minha mãe, que já frequentava a Universal. Ela já tinha falado do Senhor Jesus para mim, mas eu não dava ouvidos. Naquele dia, foi diferente. Eu desejei ter uma nova vida.”

Nova história
Em um domingo de setembro de 2016, Thiago foi à Universal em companhia da mãe, Vanessa Gomes Ferreira, de 37 anos. Ele revela que logo em seguida aconteceu a quebra da maldição que existia em sua vida e em sua família. “A quebra da maldição ocorreu quando entendi o que estava enfrentando e decidi não ser o próximo a morrer. Com as orações e correntes que fiz com minha mãe, a maldição foi quebrada”, afirma.

Atualmente, com a vida totalmente transformada, Thiago conta que tudo o que viveu de negativo e os erros ficaram no passado. Agora, os acontecimentos ruins apenas são contados como parte do testemunho dele, que entregou sua vida a Deus. “Hoje, não preciso de baladas, furtos e drogas para me sentir feliz. Entreguei minha vida para Deus e, desde então, meu caráter mudou. Amo minha mãe e minha família e sou um novo homem”, finaliza.