As duas estreias imperdíveis do Univer Vídeo
O documentário As Desventuras de Poliana e a série Até Onde Ele Vai prometem surpreender o público com histórias reais
De Lisboa, em Portugal, Poliana conversou com a Folha Universal: ela é o rosto do documentário As Desventuras de Poliana, que estará disponível a partir de 11 de abril na plataforma de streaming Univer Vídeo e em seu canal no YouTube. A produção não ficcional está focada nas escolhas dela: biologicamente mulher, Poliana se tornou um homem trans. Um ano e meio foi tempo suficiente para que ela adquirisse a aparência masculina vista nas fotos abaixo, que ela cedeu para esta edição. O rosto atual de Poliana, porém, só será revelado no documentário.
Uma das perguntas que fizemos a Poliana foi: o que o título do documentário sugere ao público? Sem rodeios, ela conta que ele remete, possivelmente, a uma curiosidade ou, ainda, a um interesse. “Estamos habituados a assistir às aventuras, então, o que seria uma desventura? O que ela (ou ele) fez?”, indaga. Afinal, até que ponto ela chegou para se transformar completamente? Então, sem titubear, ela dispara: “Eu fui até o topo. Eu tracei um objetivo e tudo contribuiu, independentemente das dificuldades. Me dediquei 100% e cheguei à aparência que eu queria. Com essa nova identidade, eu nasci de novo”. Ela também descreve um pouco da personalidade de quem se transformou: “um cara aventureiro, cafajeste e sem limites”.
“Por que não?”
Poliana fez escolhas que a levaram a sentir euforia e, em diversas circunstâncias, questionava a si mesma com um “por que não?” – algo que perceberemos no desenrolar do documentário. Os desafios, os julgamentos, o preconceito, as críticas e a rejeição serão devidamente esmiuçados no documentário, que também traz depoimentos impressionantes.
Até onde ele foi?
Desde 4 de abril, outra história baseada em fatos reais está disponível no Univer Vídeo: a série Até Onde Ele Vai, da Seriella Productions. Seu formato é semelhante ao da “irmã mais velha”, a produção Até Onde Ela Vai, que estreou em 2024. Escrita por Raphaela Castro e dirigida por Felipe Cunha e Adolpho Knauth, a série tem dez episódios e conta a história de Michael (Caio Vegatti), que se envolve com o crime organizado e o tráfico de drogas. O nome verdadeiro do homem que inspirou a série foi preservado. Para entender as vivências do protagonista, a autora precisou subir o morro para conhecer uma comunidade no
Rio de Janeiro.
Raphaela, que fez parte de superproduções conhecidas pelo público como Gênesis e Reis, conta à reportagem da Folha Universal a experiência de escrever uma história contemporânea: “Isso traz uma diferença grande na maneira como a gente pensa e elabora as ideias e o linguajar dos personagens. É algo desafiante”, diz. Quanto à construção da produção, Raphaela comenta que o processo de entrevistas com o verdadeiro Michael levou dois meses e que foram necessárias sete semanas para escrever a trama. Até Onde Ele Vai teve 98% das cenas gravadas
em externas.
Reviravoltas
A história de Michael é cheia de reviravoltas. “Em Até Onde Ela Vai, me lembro de ter dito que a protagonista, Bárbara, tinha vivido dez vidas em uma só, pois vivenciou muita coisa! Isso é muito similar com Até Onde Ele Vai – mas esta série supera em complexidade. Ele não precisava ter feito o que fez, tinha tudo para ser diferente mas, por questões não resolvidas, coleciona atitudes erradas”, avalia Raphaela.
Como Michael, muitas pessoas se sentem encurraladas e não veem saída para seus problemas. A produção pode devolver a esperança a elas, como destaca a autora: “Essa série mostra para as pessoas que Deus tem o poder de redimir e mudar o imutável e que existe chance para elas, não importa o quanto erraram e o quão fundo elas foram”.
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