As lições em um leito de dor

O documentário Nosso Calvário mostra que a Fé é o único recurso para enfrentar as adversidades, especialmente quando surge uma doença

Imagem de capa - As lições em um leito de dor

Em 2020, quando a pandemia de covid-19 assolava o mundo, o Bispo Clodomir Santos lutou contra uma doença que quase tirou sua vida. Agora, essa história inspiradora é contada em detalhes no documentário Nosso Calvário: Lições no Meu Leito de Dor, que estreou, no dia 20 de setembro, na plataforma de streaming Univer Vídeo.

Vivendo e servindo a Deus ao lado de sua família, em Los Angeles, nos Estados Unidos, o Bispo já tinha feito inúmeras orações em favor de enfermos e visto o poder de Deus se manifestar com várias curas, mas, de repente, foi ele quem ficou doente. Com resultado positivo para covid-19 pela segunda vez, ele foi levado ao hospital, pois seu estado de saúde era bem mais grave do que quando foi infectado pela primeira vez com o vírus. A família, bispos e pastores próximos acompanharam seu sofrimento e relatam no documentário como foi presenciar o servo de Deus praticando o que pregava: a Fé e a confiança em Deus. Naquele momento, a situação do Bispo Clodomir parecia impossível de ser resolvida.

Em um dos trechos da produção, Israel B. Matos, pastor e filho do Bispo, relembra o que aconteceu: “com muita frieza, o médico falou: ‘na condição que seu pai está não é ele quem toma decisão. É você quem escolhe’. O pior dia foi quando ele já não conseguia respirar bem [e os médicos diziam] ‘tem que internar, tem que ir para a área da covid, provavelmente ele vai ser entubado’. Ele virou para mim e falou: ‘não, Israel, para lá eu não vou’. Ele chegou a ponto de falar: ‘entre morrer em casa e morrer aqui [no hospital], eu prefiro morrer em casa. Não vou morrer nada, eu vou embora, eu quero ir para casa. Deus vai me curar, vai acontecer alguma coisa, mas eu não vou morrer’”.

Depois que Israel assinou um termo de responsabilidade, o Bispo voltou para casa e permaneceu em isolamento, recebeu todo o apoio da família e de pastores, mas seu quadro de saúde piorou. “A pressão dele ficou completamente desregulada. No primeiro dia, ele se sentiu mal, no segundo teve dificuldade de andar, no outro não conseguia falar e, depois, já não conseguia se alimentar, não conseguia beber e a musculatura dele perdeu completamente a força”, diz Fátima B. Matos, esposa
do Bispo.

Por estar transpirando excessivamente e não conseguir beber água, o quadro era de desidratação. “Um momento bem difícil foi quando a gente viu o Clodomir com confusão mental. Eu estava do lado dele e ele me chamava como se não estivesse me vendo. Foi muito assustador vê-lo naquela situação”, recorda Fátima.

No momento de maior dificuldade, a família da Fé interveio e, por meio dos esforços do Bispo Edir Macedo e da esposa dele, Ester Bezerra, o Bispo Clodomir foi trazido ao Brasil. Em solo brasileiro, ele recebeu um novo diagnóstico: estava com síndrome de Guillain-Barré. “O Bispo chegou [ao hospital] em uma condição em que ele tinha uma fraqueza muito intensa, um comprometimento até da musculatura ventilatória. Pensando em doença neurológica, a chance de sequela e até de morte é muito alta”, afirma Keila Narimatsu, neurologista do Hospital Moriah, no documentário.

Com o corpo definhando, mas a Fé definida

As lições em um leito de dorEm entrevista exclusiva à Folha Universal, o Bispo Clodomir conta que, depois dessa experiência de quase morrer, hoje ele se compadece e entende ainda mais o sofrimento das pessoas. “Quem tem a Fé Sobrenatural tem o poder de vencer os pensamentos de dúvida e o sentimento de medo. É aí que está a diferença da Fé natural para a Fé Sobrenatural: é essa resistência. Inúmeras passagens bíblicas nos orientam a resistir, seja a nós mesmos, seja ao diabo, porque nessas horas de enfermidade vêm tanto os ataques naturais, da doença, como os espirituais”, diz.

Quanto ao nome do documentário, ele explica que foi um “calvário” passar por dias e noites sem conseguir dormir, sentindo ora calor, ora frio e sudorese, e sem conseguir se alimentar ou se hidratar, o que o levou a emagrecer muito.

O Bispo ainda enfatiza a importância da união da família na Fé em momentos de adversidade. “Se não fossem a minha família, os meus amigos e também a família da Fé, que nos apoiou, começando pelo Bispo Edir Macedo, pela dona Ester, pelo Bispo Renato e pela dona Cristiane, se não fosse essa intercessão, esse apoio emocional, psicológico e, sobretudo, espiritual, a coisa seria ainda mais difícil, mas, graças a Deus, Ele nos amparou por todos os lados”, detalha.

Confiança em Deus

As pessoas que viram o Bispo no hospital afirmam no documentário que a Palavra de Deus esteve o tempo todo em suas mãos. Questionado sobre qual passagem bíblica mais o marcou, o Bispo responde que “a principal passagem, que eu carrego para toda a minha vida, está em Filipenses 1.6 e diz que ‘… aquele que começou a boa obra em vós é poderoso para aperfeiçoá-la até que ela seja completa’. Essa é a Palavra que me sustenta, que me fortalece e me ampara em todos os momentos da minha vida, até o dia em que eu seja promovido”.

O Bispo salienta à Folha Universal que, para enfrentar os desafios da vida, o mais importante é ter a Fé definida. Para quem ainda não a possui, ele sugere que a busque em oração, pois isso o ajudará a superar as vozes do mal e os próprios questionamentos. “A Fé definida rebate essas perguntas com a própria Palavra. Por exemplo, o diabo me dizia que ‘foi por causa desse pecado’ e eu rebatia dizendo ‘mas está escrito que, se eu pecar, eu tenho um advogado junto ao Pai e o sangue dEle me lava e me purifica de todo o pecado’. Procure pensar com os pensamentos de Deus que são encontrados na sua Palavra”, recomenda. “Viver de acordo com os pensamentos de Deus faz a diferença na vida e na Fé cristã. E que Deus abençoe a todos”, finaliza. Assista ao documentário e seja você também impactado pela Fé que tudo vence.

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(*) Colaborou: Flavia Francellino

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Colaborador

Kelly Lopes (*) / Fotos: Reprodução