As marcas mentais e emocionais da pandemia
Volta às aulas no pós-pandemia mostra alunos deprimidos e ansiosos
A pandemia deixou marcas nas pessoas. Não só econômicas, na saúde ou sociais, mas, especialmente, mentais e emocionais.
Crianças e adolescentes são vítimas frágeis desse turbilhão. A volta às aulas presenciais no pós-pandemia tem sido marcada por alunos ansiosos, tristes e abalados emocionalmente.
O que os números mostram:
- Um estudo da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, em parceria com o Instituto Ayrton Senna, divulgado em abril deste ano, identificou que 69% dos estudantes da rede estadual paulista relatam ter sintomas ligados à depressão e ansiedade.
- A pesquisa também indicou que 5,7% dos estudantes relatam presenciar violência psicológica com muita frequência e outros 3,8% afirmam presenciar violência física em casa com muita frequência.
- Outra pesquisa, desta vez do Datafolha (encomendada por Itaú Social, Fundação Lemann e Banco Interamericano de Desenvolvimento), divulgada em julho deste ano, indica que 34% dos estudantes estão com dificuldade de controlar suas emoções desde que voltaram a ter aulas presenciais, segundo os pais. O percentual sobe para 40% no Ensino Médio.
- Além disso, 24% dos alunos estão se sentindo sobrecarregados e 18% estão tristes ou deprimidos, de acordo com os responsáveis.
- Para piorar, educadores e instituições ficam de mãos atadas para resolver a situação. Unidades Básicas de Saúde (UBS) muitas vezes não têm psicólogos suficientes para atender à demanda.
O que o FTU faz:
- O grupo Força Teen Universal (FTU) tem consciência do drama vivido pelas famílias e atua dentro e fora das escolas para levar apoio e direcionamento para que os adolescentes superem os problemas e conflitos.
- Nas escolas os voluntários desenvolvem ações de melhoria do ambiente escolar. Por meio de palestras e atividades físicas ensinam pilares como: respeito, amizade, superação, força e companheirismo.
- “A melhor maneira de lidar com a dor é superando, vencendo a dor. A superação faz parte da vida do vencedor. Trabalhamos para que eles se fortaleçam e se desenvolvam sabendo tomar boas decisões”, fala o responsável nacional do projeto, Pastor Walber Barboza.
- Fora das escolas, o grupo realiza encontros, ações, oficinas para que o adolescente e sua família sejam acolhidos.
- “Nós temos um desafio enorme junto às famílias para cuidar desses adolescentes, eles sofrem influências o tempo todo, tem fácil acesso à pornografia, a jogos que viciam. Aqui, nós aconselhamos, orientamos as famílias e o adolescente desenvolve atividades saudáveis para que se desenvolva e cresça como pessoa. Afinal, vínculos familiares fortes promovem um adolescente mais forte”, acrescenta o Pastor.
Além disso:
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Escolas também podem entrar em contato para pedir a ajuda do grupo, uma visita ou palestra. Envie mensagem pelo Instagram ou WhatsApp: 11-97822-2264