As mentiras sobre o Céu

A Palavra de Deus refuta cada falácia apregoada sobre a Salvação e a vida eterna e ainda revela a Verdade e o Caminho para chegarmos ao Reino dos Céus. Aprenda

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Um tom de azul singular que ganha outras nuances e cores no nascer ou ao findar de um dia. Nuvens que passeiam por sua imensidão despretensiosamente, ora trazendo sombras, ora fazendo cair chuva. Durante o dia, o sol brilha iluminando e aquecendo e, à noite, a lua dissipa a escuridão e faz companhia às estrelas. A beleza do céu é tão exuberante que, podemos ousar dizer, não passa despercebida por ninguém que tem a chance de erguer os olhos e vê-lo.

E, apesar de estar sempre ali, há mistérios que o envolvem e, na ânsia de desvendá-los, muitos começam a propagar diferentes mitos. Mas não estamos falando das teorias científicas e culturais que envolvem o céu visível aos olhos humanos, e, sim, das mentiras envolvendo o Céu espiritual, ou o Reino dos Céus (Mateus 4.17), a morada do Altíssimo, que também será a morada daqueles que combaterem o bom combate, terminarem a carreira e guardarem a fé até o fim (2 Timóteo 4.7).

Falácias sobre o Céu
A visão deturpada do Céu engloba desde a proferida por aqueles que dizem que o Céu espiritual não passa de uma utopia até a dita por aqueles que julgam que todos serão salvos independentemente das escolhas que fizerem. Contudo essas e outras mentiras são refutadas pela Sagrada Escritura e você poderá ver algumas delas nos destaques destas páginas. Grazielle Teixeira, operadora de telemarketing de 37 anos, era alguém que contava mentiras sobre o Céu. Ela relata que tinha muitos problemas familiares, entre eles as agressões que sofria por parte do pai, e isso a fazia acreditar que Deus não existia e que, se existisse, vivia no Céu, um lugar muito distante, e não se importava com ela. Ela detalha sua opinião: “para mim, também não havia vida após a morte. Eu pensava que a pessoa morria e acabava tudo. Tanto é que eu quis morrer, pois pensava que se tirasse a minha vida todo o meu sofrimento acabaria”.

E quantas pessoas acreditam nas mesmas mentiras, como as citadas acima, como a que Deus não existe ou que é indiferente ao sofrimento.Porém, mesmo em Seu Trono, Ele se importa com cada uma de Suas criaturas. Se importa tanto que fez várias promessas que se cumprem com uma condição: crer nEle e obedecer os Seus Mandamentos. Foi assim que Grazielle mudou não apenas a sua visão sobre Deus e o Céu, mas, também, a sua vida depois de aceitar, na adolescência, um convite de uma amiga da escola para começar a buscar a Deus na Universal.

Hoje, depois de conhecer a Verdade, ela, primeiramente, crê que Deus existe: “e como Deus existe, o mal também existe e ele é era o causador de todo o sofrimento que eu vivia. Vi que Deus estava sempre por perto, mas Ele queria que eu me voltasse para Ele para que pudesse operar na minha vida. E o Céu, assim como o inferno, também existe e são as minhas escolhas diárias que vão me levar para viver a eternidade em um desses dois destinos”, observa.

E mais falácias…
Dentre as diversas mentiras que contam e recontam sobre o Céu, existe uma bem preocupante e um tanto contraditória: a de que basta ser bom para que a pessoa viva no Reino dos Céus e que, se não for, é possível dar um jeitinho de passar a eternidade lá. Em síntese, essa concepção defende que toda e qualquer pessoa pode e vai ser salva. Essa era a ideia que a psicopedagoga Claudemarina Marialva, de 60 anos, mais conhecida como Marina, tinha e compartilha: “eu acreditava que qualquer pessoa poderia ver e morar no Céu só por fazer caridade e que, na verdade, não precisava de tanto esforço, pois havia o purgatório, um lugar onde, depois da morte, as pessoas passavam por alguns níveis até que conseguissem ser melhores. E o inferno propriamente dito não existia”.

Há 30 anos, uma amiga do trabalho soube que Marina estava enfrentando problemas no casamento e a convidou para conhecer a Fé pautada na Palavra de Deus que é ensinada na Universal. A princípio, ela resistiu à ideia, afinal, qual a necessidade de ir a uma igreja se teria acesso direto ao Céu? Foi o que ela pensou, mas durante uma madrugada, depois de uma intensa briga com o marido, Marina ligou a TV e assistiu a um pastor da Universal relatar os mesmos problemas que ela enfrentava. “Então, aceitei o convite de ir à igreja e, com a frequência, aprendi a usar a Fé inteligente e a diferenciar o Céu do inferno. Hoje, salvei meu casamento e passei a entender que, para entrar no Reino dos Céus, tenho que seguir diligentemente ao Nosso Salvador, o Senhor Jesus, e Seus Mandamentos”, afirma.

Qual é a verdade?
“Fui ao céu e não vi Deus.” A frase é atribuída ao astronauta russo Iuri Gagárin, o primeiro homem a orbitar a Terra, e até era de se esperar que a proferisse. Isso porque, quando falamos do Céu descrito na Bíblia, não estamos falando do espaço físico visível a olho nu ou que pode ser visitado por meio da tecnologia criada por mãos humanas, mas do Céu espiritual, que perdurará por toda a eternidade.

Só que, enquanto ainda não vivemos na eternidade, estamos em um mundo tomado pela corrupção humana, inclinada para tudo o que é mal e que deturpa a verdade até que ela pareça irreconhecível. É um mundo violento, que se orgulha da mentira e que mata o ser humano pelo bel- prazer – tanto física quanto espiritualmente. Por isso é tão importante conhecer e reconhecer a Verdade sobre esse lugar. Dentre tantos detalhes que revelam a sua magnitude, o Bispo Jadson Santos ensinou, durante uma reunião no Templo de Salomão, a visão certa sobre ele: “o Céu é a nossa futura morada, é o lugar que o salvo aguarda. Vou falar uma coisa para você: é muito bom viver com Jesus, melhor ainda é morrer com Jesus”.

Ver a morte com o Senhor Jesus como algo bom só é possível para quem reconhece duas verdades irrefutáveis sobre essa futura morada. A primeira é que o Céu é um lugar real e a segunda é que nem todos passarão a eternidade lá. Por isso o Senhor Jesus contou diferentes parábolas com situações que se assemelham ao Reino dos Céus, tal como Ele ser semelhante a um homem que semeia a boa semente em seu campo, enquanto seus inimigos semeiam o joio em meio ao trigo (Mateus 13.24-30); ser semelhante a um grão de mostarda, cuja semente é a menor de todas e, ao crescer, se torna a maior de todas as árvores (Mateus 13.31-32); ser semelhante ao fermento que é colocado junto a farinha até que tudo esteja levedado (Mateus 13.33); ser semelhante ao tesouro escondido encontrado por um homem que vende tudo o que tem para comprar aquele campo (Mateus 13.44); ser semelhante ao negociante que busca boas pérolas e se desfaz de todos os seus bens ao encontrar uma de grande valor (Mateus 13.45-46); ser semelhante a uma rede jogada ao mar e que apanha muitos peixes, mas que, depois, os pescadores separam os peixes bons enquanto se desfazem dos ruins (Mateus 13.47-48); ser semelhante a um rei que contabilizou seus servos e perdoou a dívida daquele que lhe devia dez mil talentos, tendo em vista que o servo não perdoou aquele que lhe devia meros cem dinheiros e, por isso, revogou o perdão da dívida do servo (Mateus 18.23-35); ser semelhante a um pai de família que pagou o salário dos trabalhadores igualmente, independentemente do tempo que aquelas pessoas trabalharam para ele (Mateus 20.1-16); ser semelhante ao rei que celebrou as bodas de seu filhos e que pede aos seus servos que não quiseram estar presentes que convidassem a todos que encontrassem pelo caminho, tanto maus como bons (Mateus 22.1-14); e ser semelhante a dez virgens que tomaram suas lâmpadas e saíram ao encontro do esposo, mas no caminho adormeceram e ao ouvirem “aí vem o esposo” apenas cinco delas tinham azeite reserva e foram para as bodas, enquanto as imprudentes ficaram do lado de fora (Mateus 25.1-12).

O que tem e o que não tem lá
Antes de subir ao Reino dos Céus, o Senhor Jesus disse que lá há muitas moradas e que Ele iria preparar um lugar para nós (João 14.2). E, se aqui na Terra nós desejamos morar na melhor casa, no local mais seguro e mais belo, que lugar seria melhor para viver a eternidade do que o Céu?
É inevitável não imaginar o quão excepcionalmente perfeito é o Reino dos Céus. O lugar que será a santa Jerusalém, de ouro puro, cujo muro é de jaspe e adornado de toda pedra preciosa; cidade essa que “não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada” (Apocalipse 21.23), e também “não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro” (Apocalipse 21.27).

O Bispo Jadson esclareceu que o Céu é extremamente glorioso por inúmeros motivos e o principal é que Deus está lá. “Não há nada melhor no Céu do que Deus, viver com Deus, contemplar a beleza da Santidade de Deus. Pensar no Céu nos leva a ter temor. Pensar no Céu nos leva a querer viver em santidade. Tem gente que troca o Céu por besteira (…). Só que, por mais vitórias que você tenha aqui, não é nada diante do que é preparado na eternidade para aqueles que amam a Deus, para aqueles que se entregam a Deus e que se arrependem dos seus pecados”, declarou.

O Céu é um lugar onde não haverá morte, tristeza ou dor (Apocalipse 21.4). Não haverá morte porque “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23) e lá o pecado não entrará. Por esse mesmo motivo é que não haverá tristeza ou dor, pois elas são consequências do pecado. Só de imaginar viver sem essas coisas que tanto nos afligem neste mundo é impossível não ter vontade de ir para esse lugar.

O caminho até lá
Em Mateus 11.12, aprendemos algo singular que parece se contrapor à magnitude pacífica do Céu: “desde os dias de João Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele”. A verdade é que, mesmo que o Céu seja tão perfeito, é vivendo neste mundo imperfeito que trilhamos o caminho até lá – mundo este que, segundo o Próprio Senhor Jesus disse, é vivido em meio a aflições (João 16.33). E, assim como Ele pagou um alto preço para que tivéssemos a chance de alcançar a Salvação de nossas almas, também temos de pagar o preço para alcançar o Reino dos Céus. Não no sentido de “comprar” um ingresso para o Céu, mas, sim, de viver uma vida que condiz com ele, mesmo enquanto ainda não vivemos lá.

“Aqui é difícil, aqui é dureza, mas Jesus disse ‘sê fiel no pouco e sobre o muito te colocarei’. O pouco é ser fiel aqui neste mundo. Viver neste mundo para ser salvo, só tendo a cabeça no Céu. Tendo o corpo na terra e a cabeça no Céu. Vem uma tentação e você pensa ‘eu vou trocar o Céu por isso?’ Vem a vantagem de um dinheiro a mais e você avalia vou ‘trocar o céu por um dinheiro desonesto?’ Então, você usa a cabeça e não troca o Céu por nada”, ensinou o Bispo Jadson.

Quem anseia habitar no Reino dos Céus vive constantemente pensando nele. Só que para que o Céu e “tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor” (Filipenses 4.8) esteja constantemente em nossos pensamentos, antes, precisamos reconhecer a desonestidade, a injustiça, a impureza, o ódio, o que nos leva à má fama, o engano e todos as transgressões que cometemos em nossos pensamentos, ações e reações. Por quê? Porque o primeiro passo rumo ao Reino dos Céus é o arrependimento.

Quando há arrependimento sincero, logo também há uma entrega completa e a decisão de se batizar nas águas para sepultar a velha criatura. Assim, então, vem sobre a pessoa o selo de Deus por meio do Seu Espírito, como um penhor para que ela tenha acesso à eternidade com Ele. Foi assim, inclusive, que Grazielle e Marina, citadas nesta matéria, aprenderam a verdade sobre o Céu. Vale destacar que “a Salvação só vem por meio de Jesus e nada mais. Desprezou Jesus? Pode ser bom para todo mundo, mas não é bom para Deus porque desprezou o Filho dEle”, acrescentou o Bispo Jadson, que completou que quem recebe o Espírito Santo recebe também uma experiência do que virá no porvir: “porque o Espírito Santo já é o Céu morando dentro de você. Deus deixa a gente experimentar um pouquinho do que vamos experimentar na eternidade. E essa é a nossa esperança”.

Reino de Deus e Reino dos Céus: há diferença?

Muitas vezes o Reino de Deus e o Reino dos Céus são utilizados como sinônimos. Todavia, quando paramos para analisar, existem semelhanças e diferenças entre eles.

Ambos têm o Altíssimo como Rei, mas o Próprio Senhor Jesus declarou: “eis que o reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17.21). Ou seja, quando a pessoa se arrepende de suas transgressões, vive em obediência à Palavra de Deus e recebe o batismo com o Espírito Santo, o Rei passa a reinar dentro dela. A pessoa permanece aqui, no mundo terreno e passageiro, mas com um pequeno vislumbre do que está por vir: o Reino dos Céus. “Quem não estiver no Reino de Deus não entrará no Reino dos Céus. Não se iluda! Você pode ser fiel na igreja, dizimista e ofertante e pode ser uma pessoa até que ajuda as outras, mas, se você é indisciplinado e não se sujeita à disciplina do Reino de Deus, estará fora, absolutamente fora [do Reino dos Céus]”, esclareceu o Bispo Edir Macedo em reunião no Templo de Salomão. Em resumo, mesmo que os Reinos sejam semelhantes, o Reino de Deus antecede o Reino dos Céus e não é possível entrar no segundo sem, antes, fazer parte do primeiro.

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Colaborador

Laís Klaiber / Foto: PeopleImages/getty images e Cedidas