As notícias que atendem aos interesses maléficos

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A pandemia do novo coronavírus, instalada em todo o mundo, trouxe morte para milhares de pessoas. Embora muitos governos estejam correndo contra o tempo e pesquisando uma vacina que possa se mostrar verdadeiramente eficaz contra o vírus, ainda não há nenhuma certeza de que seja possível inventá-la e produzi-la em curto prazo.

Além do número de casos e de vítimas fatais, a pandemia também trouxe outro efeito colateral: o crescimento de notícias falsas divulgadas na internet. As chamadas fake news não são novidade, mas o surto da doença desencadeou a onda mais grave de mentiras divulgadas pela web em todo o mundo.

O Ministério da Saúde, por exemplo, criou um aplicativo e um site apenas para tratar do tema coronavírus. As redes sociais como o Facebook e Twitter, por sua vez, têm acentuado, cada vez mais, as restrições a notícias falsas. As plataformas anunciaram medidas especiais para direcionar buscas sobre a doença a sites oficiais.

Mas o principal aplicativo que tem sido usado para a disseminação de notícias falsas é o WhatsApp. Nessa rede, a quantidade de desinformação que circula sobre o tema é sem precedentes. O aplicativo é um dos principais canais de informação dos brasileiros. De acordo com o Relatório de Notícias Digitais do Instituto Reuters, que analisa hábitos de consumo de comunicação em todo o mundo, a rede social conta com mais de 130 milhões de usuários no País.

As mentiras divulgadas por meio dele vão desde “manuais” sobre o que é eficaz contra a Covid-19, passando por fórmulas milagrosas de desinfecção, até notícias falsas que dão orientações sobre como proceder para receber benefícios do governo em tempos de pandemia.

Se você já recebeu em seu celular mensagens como “Coronavírus veio dos inseticidas”; “Ingestão de álcool ajuda a combater o vírus”;

“Desinfetantes antibactericidas não têm efeito contra a doença”; “Água quente é capaz de matar o vírus”; “Idoso que sair de casa perderá a aposentadoria”; “Vacina desenvolvida na Austrália está à venda na Suíça contra o Covid-19” ou “Cuba já tem a vacina contra o coronavírus”, saiba que todas são falsas.

Fake news como as citadas acima têm sido enviadas em massa diariamente pelo WhatsApp. E não é por acaso que isso tem acontecido.

Aproveitando-se do medo da população, os criadores de boatos digitais inventam histórias e as soltam na internet. Os motivos pelos quais fazem isso variam. Muitos deles estão em busca de audiência para seus blogs ou curtidas e compartilhamentos para seus posts, mas todos, com certeza, têm um ponto em comum: estão mal-intencionados e a serviço da desinformação.

Por isso, a orientação básica é duvidar de fontes desconhecidas e buscar orientação de saúde em sites oficiais das autoridades de área, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde e as secretarias municipais e estaduais para evitar repassar informações duvidosas.

Mantenha-se informado. Isso não quer dizer que você tenha que ficar o tempo todo em frente à TV, ouvindo rádio, no computador ou acessando o celular para saber o que está acontecendo. Não pare a sua vida nem a da sua família em função do coronavírus.

É preciso estar atento ao receber informações pelas redes sociais. Nem todas que chegam por meio delas são verdadeiras e as que são comprovadamente falsas atendem a interesses maléficos que vão desde a simples desinformação até a geração do medo e do caos em nossa sociedade.

Por isso, fique atento ao conteúdo consumido pelas redes. Cheque as informações sempre que possível nos canais oficiais. Na dúvida, não repasse as mensagens. Se o coronavírus pode matar, a desinformação e as fake news também podem contribuir para isso. E lembre-se: tudo tem começo, meio e fim, e, uma hora dessas a pandemia vai passar. Confie em Deus e tenha certeza de que tudo ficará bem.

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Colaborador

Redação / Foto: Getty Images