“Até quando, Deus?”

Muitas pessoas repetem a pergunta abaixo constantemente por conta da vida que levam, mas a resposta que esperam de Deus, na verdade, não depende exclusivamente dEle. Entenda por quê

Imagem de capa - “Até quando, Deus?”

Uma casa, um relacionamento, constituir uma família, ter saúde, dinheiro… Qual deles você alega diariamente que falta na sua vida? Talvez, na sua lista conste que você “precise” realizar um sonho, alcançar um milagre ou preencher o vazio que corrói seu interior. Todos nós desejamos ter uma vida completa e, se algum problema bate à porta, a sensação de que falta algo fica ainda mais evidente e pode até virar motivo de murmuração, mas há quem obtenha o que deseja e até muito mais do que um dia sonhou. Por quê?

O Texto Sagrado mostra exemplos de pessoas que se sentiam incompletas, enfrentavam adversidades e, ao vivê-las, chamaram a atenção de Deus e se permitiram ser conduzidas por Ele. Um deles foi Abraão, que desejava um filho e, por se manter fiel à esposa estéril, atraiu os olhares de Deus. Ao ouvir a Voz dEle, Abraão obedeceu sem nem saber qual seria seu destino (Gênesis 12) e, mantendo-se fiel ao Senhor, se tornou pai de uma grande nação (Gênesis 21) e um modelo vívido da Fé inteligente. Outro foi Ana, que conhecia a Deus e visitava o Templo com a família anualmente, mas era estéril. Sua Fé era emotiva e religiosa, até que, no ápice da dor e da humilhação, em razão da provocação excessiva de sua rival, Penina, deixou todos para trás e foi sozinha ao Templo para fazer um voto sincero com Deus, que foi atendido por Ele rapidamente. Hoje, ela é reconhecida como a mãe de um dos profetas mais influentes da história, Samuel, além de outros filhos (1 Samuel 1 e 2).

Podem ser somados a eles ainda Josué e Calebe. Mesmo que milhões de hebreus tenham presenciado os milagres e as maravilhas que Deus realizou para libertá-los do Egito e conduzi-los pelo deserto, de toda aquela geração, apenas eles creram que poderiam vencer os inimigos e viver na Terra Prometida (Números 14.7-8) e, por isso, foram os únicos a desfrutar da promessa com a nova geração dos filhos de Israel.

Duas colunas, um Espírito
Dentre as maravilhas presenciadas por Josué e Calebe estavam duas colunas erguidas em meio ao árido deserto por onde os hebreus caminharam por 40 anos, como está registrado em Êxodo 13.21-22: “E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite”.

No Templo de Salomão, em São Paulo, o Bispo Renato Cardoso explicou que o deserto é um lugar quente durante o dia e frio à noite. Então, durante o dia, a coluna servia como sombra e, à noite, aquecia e iluminava o caminho para os hebreus. Ele ressaltou que era dessa forma que “Deus se manifestava para guiar o povo, [pois] elas serviam como uma bússola, uma espécie de GPS no deserto”. Hoje, não há uma coluna se erguendo diante de nós, afinal de contas, temos a Palavra de Deus e o Espírito Santo para nos guiar, como o Senhor Jesus revelou ao dizer em João 16.13: “Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade” .

Aprenda!
Sabe a lista no início do texto do que pode estar faltando a você? Ela não vale nada se o Espírito Santo não habitar em seu ser. Essa é a maior promessa de Deus: o Seu Espírito para nos conduzir ao Reino dEle. “É isso que o Espírito Santo significa. É aquele fogo dentro de você te dando força para quando você precisar lutar e enfrentar suas guerras. Esse fogo arde e você enfrenta tudo que surge à sua frente, porque o fogo consumidor está dentro de você, o Espírito Santo. Mas Ele é também a coluna de nuvem: O que consola, O que traz um sentimento ameno, de tranquilidade. No meio do calor, o Espírito Santo traz a sombra de consolo, de conforto e de alívio para você”, orientou o Bispo.

Por isso, o batismo com o Espírito Santo deve ser prioridade antes de qualquer conquista na saúde ou material. “O Espírito Santo vem para quem obedece, quem segue, quem entende que Ele é Senhor e nós somos servos. Então, o que precisa acontecer para recebê-Lo? Uma entrega, uma sujeição à Vontade de Deus”, citou o Bispo. Quando se toma essa decisão, a resposta dEle é instantânea.

31 anos
“Passei 31 anos na Igreja sem ouvir a Voz de Deus e só escutava o que me favorecia”, revela a fonoaudióloga Laura de Souza, de 43 anos. Antes de chegar à Universal, ainda criança, ela foi vítima de abuso, o que a fez desenvolver complexos e ter comportamentos de dependência emocional e de rebeldia. Aos 12 anos, seus pais, que enfrentavam problemas no casamento, recorreram à Fé. Foi quando um obreiro voluntário da Universal estendeu o convite a Laura e ela começou a frequentar a Igreja com a família.

Por achar que tinha se tornado realmente Filha de Deus, ela começou a se envolver com a Obra dEle e logo foi consagrada a obreira, mas, por não ter se entregado verdadeiramente, não permaneceu, como explica: “diante das lutas, não suportei e fiquei como uma dracma perdida por anos. Eu tinha fé para lutar pelos outros, mas não tinha essa mesma fé para lutar por mim”. Ela conta que seus frutos e sua inclinação para o mundo eram nítidos e revelavam que ela não havia nascido de Deus. Lutando com a força do próprio braço por anos, ela foi enfraquecendo e isso se refletiu em sua saúde física. Então, ela foi diagnosticada com câncer no útero.

Mesmo acreditando que sua vida tinha chegado ao fim, ela prestou atenção em uma pregação sobre a prática das primeiras obras, descrita em Apocalipse 2. Ali, ela reconheceu que, mais do que ir à igreja e oferecer suas ofertas, precisava se entregar completamente e fazer um voto com Deus. “Deixei de apenas escutar palavras, passei a ouvir a Voz de Deus e reconheci que precisava nascer dEle. Eu não aceitava mais viver anos na igreja e ser uma pessoa frustrada e vazia. Decidi obedecer e tive de vencer o preconceito e a vergonha de estar ali há tantos anos e ser fracassada, mas precisava urgentemente da ação de Deus. Eu sabia, porém, que, para que Ele mudasse minha vida, eu precisava me entregar verdadeiramente e foi o que fiz”, afirma. Ela detalha como agiu quando participou da campanha da Fogueira Santa: “tudo que eu desejava era nascer de Deus e ter o Espírito Santo para guiar meu caminho. Fiz o voto por mim, pela minha Salvação e, quando subi no Altar com meu verdadeiro sacrifício, recebi o Espírito Santo”.

O que não aconteceu na vida de Laura em 31 anos aconteceu em seis meses, quando ela decidiu obedecer, perdoar, se batizar nas águas e exercitar a Fé. “Hoje sou realizada em tudo. Tenho uma família abençoada, um casamento feliz e sou realizada profissionalmente. Também me curei, mas nada é mais valioso do que ser valorizada e reconhecida por ser nascida verdadeiramente do Espírito Santo, que é o meu Bem Maior. Creio que a glória da segunda casa será maior do que a da primeira, para glória de Deus”, conclui.

Sete dias
Rhaylson Narcizo, auxiliar de produção, viveu desde a infância envolvido com o espiritismo e, depois de passar por todas as etapas necessárias, se tornou pai dos espíritos ao lado da esposa, Ana Paula Telles, autônoma no ramo da beleza. Ele explica como foi sua trajetória por 28 anos: “montamos um terreiro em nossa casa e começamos a trabalhar com as entidades espirituais. Eu fazia qualquer tipo de trabalho. Se tivesse que fazer uma cova funda, eu ia e a cavava. Se tivesse que abrir uma sepultura, eu a abria e retirava os membros e o coração do cadáver com a mão e sem luva. Se tivesse que tirar um osso, eu o arrancava. Eu fazia tudo para obedecer os espíritos. Eu acreditava muito neles e comecei a comprar imagens maiores do que eu porque achava que me trariam poder”.

Apesar da dedicação, o casal levava uma vida destruída e com traições, brigas, perdas materiais e vício em drogas, em bebidas e em bailes funk. Durante uma briga, eles se agrediram fisicamente. “Fui à cozinha, peguei uma faca e me esfaqueei”, diz Ana Paula.

Vendo que vivia de mal a pior, Rhaylson questionou as entidades: “na minha laje, onde ficavam as imagens e para as quais eu tinha feito sacrifícios a vida inteira, fui buscar entender o motivo daquilo. Comecei a gritar, a gesticular e a sacudi-las, mas não obtive respostas”. Em uma madrugada, ele ouviu uma voz lhe dizer que não havia mais jeito e que ele tinha que matar a esposa, a filha e a si mesmo. Então, ele foi à cozinha e pegou uma faca, mas, ao se aproximar do quarto, viu a TV ligada em um programa da Universal e ouviu o pastor gritar: “pare o que você está fazendo!” “A faca caiu no chão e me aproximei da TV para ouvir mais. Então o pastor fez um desafio e, quando orou, fechei os olhos. Naquele momento, senti paz. Ao abrir os olhos, a TV desligou e, então, peguei o controle e apertei os botões, mas ela não ligava. Em seguida, fui até a tomada e vi que o fio da televisão estava totalmente fora dela”, detalha. A situação foi tão sobrenatural que, assim que o dia clareou, ele foi à Universal. Lá, ele ouviu que do Altar ele alcançaria uma nova vida e passou a crer.

Rhaylson recorda que, assim que voltou para casa, foi até a laje, anunciou às entidades que não serviria mais a elas e quebrou as imagens. Naquele período, a Universal vivia duas campanhas simultâneas: a Fogueira Santa e o Jejum de Daniel. E, mesmo sem compreender, ele estava determinado a obedecer. “Entreguei no Altar, primeiramente, a minha vida, meu achismo, a prostituição e os vícios. Tudo em uma semana! Nesse prazo, tive tempo suficiente para fazer o que Deus me pediu”, destaca.

Nesses sete dias, ele se batizou nas águas e, depois de entregar seu sacrifício no Altar, foi para casa e subiu na laje onde passou anos servindo aos espíritos. Ali, ele se deitou no chão, rendido a Deus, e buscou o Espírito Santo. “O Espírito de Deus desceu sobre mim naquele lugar. Recebi uma força que trouxe uma alegria que eu buscava há muito tempo. Eu não queria parar de buscar porque a Presença de Deus era muito nítida”, lembra.

Ele também fez um voto para que Deus transformasse a vida da esposa e, ao ver a mudança dele, ela abandonou aquela fé infrutífera, passou a obedecer a Deus e também recebeu o Espírito dEle. “O Espírito Santo tirou tudo de ruim de dentro de mim e me libertei de fato e de verdade. Só precisei obedecer e hoje tenho paz”, diz ela e Rhaylson acrescenta dizendo: “durante 28 anos não vi acontecer na minha vida o que aconteceu nesses cinco anos que sirvo a Deus”.

Até quando esperar?
A transformação de Laura demorou 31 anos e a de Rhaylson aconteceu em apenas sete dias. Deus tem seus preferidos? Obviamente, não. As promessas dEle não demoram a se cumprir na vida de ninguém, mas o cumprimento delas depende única e exclusivamente da obediência de quem deseja vê-las materializadas em suas vidas, principalmente no que se refere à Salvação.

Estamos na reta final da Fogueira Santa, mas, acredite: há tempo suficiente para ouvir a Voz de Deus, crer em Sua Palavra, decidir obedecer, manifestar a Fé e desfrutar da transformação completa – primeiramente recebendo o Espírito Santo e, se já O tem, buscando pelas demais coisas que serão acrescentadas em sua vida.

A Fogueira Santa é para quem?

Recentemente, em uma palestra realizada no Templo de Salomão, em São Paulo, o Bispo Renato Cardoso lembrou que há situações cuja solução necessita de uma intervenção divina, o poder do Altar: “a Fogueira Santa é o momento em que nós nos valemos do poder do Altar, do poder da entrega a Deus para alcançarmos as coisas que as nossas mãos não alcançam. Então, subimos no Altar e ficamos mais altos, ficamos mais fortes e Deus desce para nos atender”.

A Fogueira Santa não é para quem está administrando suas mazelas com a força do próprio braço, mas para quem reconhece que precisa da ajuda de Deus

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Colaborador

Laís Klaiber / Fotos: Reprodução, BLAD MENEGHEL, Cedidas, Edu moraes, Ana Paula/MíDIA-RJ