Steven Seagal tem mais de 40 filmes na carreira, mas, há alguns meses, tem sido noticiado mais por seu comportamento fora das câmeras do que na frente delas. Acontece que, em menos de três meses, três atrizes denunciaram agressões sexuais cometidas pelo ator.

A primeira a falar sobre a agressão foi Julianna Margulies, protagonista de um dos maiores sucessos da televisão dos últimos anos, a série “The Good Wife”. De acordo com ela, nos anos 1990 Seagal tentou estuprá-la em hotel onde estava marcado um teste de elenco. Julianna teria conseguido escapar após gritar muito e sair correndo.

Poucos dias depois foi a vez de Portia de Rossi, conhecida no mundo inteiro por seu papel no seriado Arrested Development, afirmar em seu Twitter que, durante as filmagens de um filme, Seagal também a teria feito fugir horrorizada com a tentativa de estupro.

“Ele me falou o quão importante era ter química fora da tela, enquanto me sentava e desabotoava sua calça de couro”, escreveu Portia. “Eu corri e liguei para a minha agente. Sem se espantar, ela respondeu: Bom, eu não sabia se ele era seu tipo”.

O mais recente caso envolve o ator e a atriz Regina Simons, que, em 1993, filmaram o longa-metragem “Em Terreno Selvagem”. Seagal na ocasião era um dos atores mais bem pagos de Hollywood, enquanto Regina era uma atriz iniciante de 18 anos de idade.

Ela contou ao site The Wrap que o ator a convidou para uma festa do elenco, mas, quando chegou à casa, ele estava sozinho.

“Perguntei a ela aonde estavam as outras pessoas e ele disse que tinham acabado de ir embora”, afirmou a atriz. “Ele me colocou dentro do quarto, fechou a porta e começou a me beijar. Ele então tirou minha roupa e antes que eu percebesse, já estava em cima de mim, me estuprando. Eu ainda não era sexualmente ativa. As pessoas sempre falam sobre lutar ou fugir, mas ninguém fala sobre congelar”.

Steven Seagal tem 1,93 de altura e é conhecido por filmes de ação, como “Hoje Você Morre” e “Determinado a Matar”. Ele é faixa-preta em sete artes marciais: aikido, judô, kung-fu, kendo, caratê, krav maga e muay thai. Até o momento, o ator não se pronunciou sobre as acusações.

Abusos fora e dentro de casa

Embora os três casos citados acima causem espanto no mundo inteiro, eles não são os únicos de violência contra a mulher. Infelizmente, está cada vez mais claro que as mulheres sofrem com assédio sexual e estupros frequentemente, independentemente da posição social em que se encontrem, de sua profissão, ou do local em que vivem.

O mais assombroso é que, de acordo com a 12ª edição do Dossiê Mulher, lançado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) do estado do Rio de Janeiro, a maior parte dos criminosos são conhecidos das vítimas, como parentes e cônjuges e, muitas vezes, essas agressões acontecem dentro de casa.

O assédio sexual, o estupro e até mesmo as agressões físicas e psicológicas são crimes e devem ser punidos, mas muitas mulheres ainda sentem medo ou vergonha de denunciar seus agressores.

Entendendo a delicada situação em que elas se encontram nesses casos, a Universal criou o projeto Raabe, que orienta as vítimas e oferece suporte emocional e jurídico, oferecendo serviços médico, psicológico, judiciário e espiritual.

A voluntária Cristiane Michelin, integrante do Raabe, conta que ela também já foi vítima da violência, mas hoje pode auxiliar outras vítimas:

“Durante a minha adolescência, conheci o pai de minha filha. Esse namoro foi conturbado, tivemos muitas brigas e discussões e, mesmo com tudo isso, nos casamos”.

Hoje, com a vida reconstruída, ela é parte desse grande projeto que você pode conhecer clicando aqui.

“Quando surgiu o Projeto Raabe, me voluntariei a fim de ajudar a tantas mulheres que chegam mensalmente em nossas reuniões, que sofrem com violência seja física ou moral”, conta Cristiane.

Se você também foi vítima de agressões como essas, clique aqui e saiba o local mais próximo onde pode encontrar o Projeto Raabe. Receba a ajuda que você merece para reconstruir sua vida.