O que está por trás da Bancada Evangélica Popular

Grupo de esquerda deseja criar uma bancada socialista voltada para cristãos

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Neste mês, um grupo de esquerda apresentou um manifesto para a criação da Bancada Evangélica Popular (BEP). O objetivo deste novo movimento político é ocupar o Congresso, as câmaras e assembleias do Brasil.

Em uma leitura superficial, a mensagem do grupo parece evocar valores coerentes. Entretanto, primeiramente, é preciso compreender o contexto em que a tal bancada está inserida.

A “esquerda” na prática

A ideologia de esquerda apresenta para a sociedade um discurso de “justiça social”, “igualdade de gênero”, “apoio aos direitos do povo”, entre outras bandeiras semelhantes. Na prática, quando a esquerda está no poder, historicamente nota-se um governo que restringe a liberdade individual, impõe sua agenda sobre a sociedade e promove, até mesmo, perseguição contra o cristianismo. Porque, para a esquerda prosperar, ela precisa criar um discurso de “nós” contra “eles” e controlar a vida social com mãos de ferro.

Conceitualmente, a “esquerda política” defende os ideais do socialismo e do comunismo. Esses pensamentos se tornaram populares por meio de Friedrich Engels e Karl Marx. Contudo, vale lembrar que Marx era contra qualquer ideia de crença religiosa e afirmou em um dos seus livros que a religiosidade é o “ópio do povo”.

Na verdade, o ópio — que provoca adormecimento, embrutecimento moral — para o povo é ter gente com essas ideias governando algum país. Os brasileiros sentiram na pele, por 13 anos, que, entre outras mazelas, foram assaltados pela maior rede de corrupção instalada de que já se teve notícia.

Ademais, é preciso compreender que quando um político aprova seus projetos, ele deixa um legado para a sociedade (que perdura mesmo após sua partida do mandato). Porque, depois de aprovada a lei, todos deverão obedecê-la. Desse modo, na prática, o político tem poder para impor a sua agenda sobre toda a sociedade. E, quem é contra é punido.

Além disso, o sistema socialista/comunista não trouxe a solução para os problemas da sociedade, como havia prometido. Se apelarmos para a história, vamos recordar que a União Soviética (URSS), que durou entre 1922 e 1991, estabeleceu um regime autoritário. O comando era altamente centralizado pelo Partido Comunista, que tomou o poder por meio do “Exército Vermelho”. No fim da década de 1980, a URSS entrou em colapso. Outro país em que o sistema não funcionou foi Cuba. Em 2019, esta ilha caribenha precisou optar pela expansão dos direitos individuais e pela adoção da convivência com a iniciativa privada e do direito à propriedade.

Será que se o sistema fosse eficiente como os defensores dessa ideologia apontam, esses desdobramentos históricos teriam acontecido? Sem mencionar o caso da China. Segundo a organização Open Doors (Portas Abertas), que mapeia a perseguição cristã pelo mundo, o país asiático está entre os mais perigosos para a divulgação da fé. Lá, os cristãos precisam decorar trechos da Bíblia, muitos são presos e o Estado exerce um forte controle sobre as igrejas. Clique aqui e confira os casos.

Valores cristãos

Vale observar que a ideia, aqui, não é defender a “direita política”, apesar de esta ser mais coerente com a necessidade das pessoas. Mas, para os cristãos, a Palavra de Deus está acima das ideologias humanas. Ela é a diretriz, o vetor, que aponta para o caminho certo. Por isso, quem teve o novo nascimento é guiado pela Palavra. Tal qual, Deus orientou a Josué:

“Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares.” Josué 1:7

Se você deseja saber mais sobre o tema, confira o programa “Entrelinhas”, exibido em 7 de junho último, com o título “Pode um cristão ser de esquerda?”.

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Colaborador

Da Redação / Foto: Getty Images