Barbie sem gênero chega às lojas

Será que coleção pode influenciar seus filhos?

Imagem de capa - Barbie sem gênero chega às lojas

A nova Barbie acaba de chegar ao mercado: é a Barbie sem gênero. Ela é uma boneca que não se apresenta como homem ou mulher, traz diversas opções de roupas, acessórios e cabelos e as crianças podem combinar conforme queiram.

A princípio está à venda em lojas dos Estados Unidos. Brasileiros, por enquanto, só terão acesso caso importem o produto.

De acordo com a vice-presidente sênior de design de bonecas da empresa fabricante Kim Culmone, o objetivo é atender à vontade das crianças, que têm pedido brinquedos que não sigam as “normas do gênero”.

“Essa linha de brinquedos permite que todas as crianças se expressem livremente. E é por isso que está tendo uma repercussão tão boa entre elas”, declarou Culmone.

A Barbie e os pais

Ao contrário do que Culmone afirma, crianças não têm discernimento suficiente para opinar em questões de gênero e a forma como a mídia abusa do assunto pode influenciar os jovens. É nisso que acredita o psiquiatra Alexandre Saadeh. Em entrevista publicada no Blog do Paulo Sampaio, o médico afirma que “muita gente tenta fazer das diferenças identitárias uma bandeira política ou de engajamento social”.

Outras pessoas – e empresas – aproveitam-se do tema para gerar lucros. Ou alguém acredita que uma Barbie seria lançada se não rendesse muito dinheiro?

Saadeh explica que tornar a questão banal gera muita confusão entre os mais jovens. Por isso é muito importante que os pais escolham bem todos os produtos que seus filhos consomem – brinquedos, filmes, desenhos animados, etc.

Como explica a educadora Andrea Oliveira Villas Boas, responsável pela Escola Bíblica Infantil (EBI), da Universal, “a criança não tem uma visão desse assunto como um adulto tem”. De acordo com ela, a criança pode acreditar que aquilo é somente um brinquedo, não entendo as questões mais complexas por trás do objeto.

“Cabe aos pais comprar ou não esses brinquedos. Cabe a eles essa responsabilidade de ensinar os filhos sobre esse assunto da forma que eles não sejam prejudicados”, afirma Andrea. “Como hoje o assunto está sendo muito abordado, e até ensinado em algumas escolas, os pais precisam estar atentos ao que as crianças estão aprendendo nas escolas, com os amigos, através da internet e da televisão”, explica Villas Boas.

De fato, até mesmo desenhos animados já apresentam o tema aos pequenos. Tanto esses cartoons quanto a nova Barbie podem influenciar as crianças que não estiverem sendo acompanhadas com atenção por seus pais.

Saiba mais sobre como a mídia influencia as crianças em questões de gênero clicando aqui.

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Colaborador

Da Redação / Imagem: Reprodução internet