Brasil é o quinto país com mais diabéticos no mundo
A diabetes atinge quase 17 milhões de brasileiros. Saiba como lutar e se prevenir contra a doença
Um estudo publicado recentemente pelo periódico The Lancet, na Inglaterra, mostra que, até 2050, o número de diabéticos chegará a mais de 1,3 bilhão. Contudo a situação no Brasil já é preocupante atualmente: são mais de 16,8 milhões de diabéticos, com idades que vão de 20 a 79 anos, o que nos coloca como o quinto país com maior incidência da doença no mundo, atrás de China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. Esse panorama nos leva a refletir sobre a importância de combater essa doença silenciosa e a nos questionarmos quanto ao que devemos fazer.
Para Nedstâni de Freitas Soares, médica especialista em endocrinologia pediátrica pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), as projeções feitas sobre a doença e o atual quadro brasileiro não são frutos do acaso. “O aumento no número de casos de diabetes ocorre principalmente em relação ao tipo 2 da doença, porque o Brasil, ao longo das décadas, teve uma mudança no estilo de vida. Hoje, as pessoas fazem uma alimentação baseada principalmente no consumo de alimentos processados que são muito calóricos, ricos em açúcar e em carboidratos e, de modo geral, não praticam atividade física”, afirma.
Para a especialista, é preciso ficar atento aos sintomas que podem denunciar o início da doença: “na diabetes tipo 1 ou quando a pessoa tem diabetes do tipo 2 e está descompensada, por conta da taxa de glicose muito elevada, ela fica com a boca seca, quer beber água o tempo todo, tem vontade de fazer xixi várias vezes no decorrer do dia, sente fome com frequência e come mais, porém perde peso. Isso ocorre porque o açúcar, que deveria ir para dentro das células, é eliminado na urina pelos rins. Além disso, a pessoa fica mais fraca, cansada e apresenta alteração de humor”.
Segundo ela, tanto para quem tem diabetes quanto para quem quer se prevenir, é necessário adotar uma dieta equilibrada. “Ela é composta principalmente por alimentos in natura ou minimamente processados. Eu falo que são aqueles que precisamos descascar mais. São as verduras, legumes, frutas e cereais. Ela inclui também arroz, feijão e carnes, principalmente com pouca gordura, peixes, ovos, frango e muita água. Cada paciente deve ter uma dieta adequada ao seu próprio organismo, individualizada, embora o exemplo acima seja a de dieta mais saudável para todos”, conclui. Veja mais informações no quadro a seguir.