Brasil é o terceiro país com mais mortes no trânsito

Veja como fazer a sua parte para mudar esse trágico panorama

Imagem de capa - Brasil é o terceiro país com mais mortes no trânsito

O Brasil é o terceiro país com mais mortes no trânsito, atrás somente da Índia e da China. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2019, foram registrados 32.667 óbitos em vias e rodovias e, em 2021, foram 33.813 mortes, um aumento de 3,5% nesse período. Os motociclistas são as principais vítimas, seguidos pelos ocupantes dos automóveis e pedestres. Em 2022, houve uma pequena diminuição no número de óbitos (foram 31.174 registros), o que não alterou a posição do nosso país nesse trágico ranking.

Para Paulo Loffreda, sócio e fundador da Zignet, a faixa etária mais atingida por mortes é a de 18 a 34 anos. “Isso ocorre por conta de uma série de fatores, incluindo comportamentos de risco mais comuns nessa faixa etária, como o excesso de velocidade, o consumo de álcool e drogas, a distração ao volante e a falta de experiência na condução de veículos. Dados recentes do Ministério da Saúde revelam que 10.887 pessoas perderam a vida em decorrência da mistura de álcool e direção em 2021, o que dá uma média de 1,2 óbito por hora”, cita.

Ele cita ainda que “dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram que a principal causa dos sinistros nas rodovias é a falta de atenção ou de reação dos motoristas, motociclistas e pedestres (36% das ocorrências). Questões comportamentais estão associadas à boa parte dos acidentes, como a desobediência das regras de trânsito (14,4%), excesso de velocidade (10%) e consumo de álcool (5%). O principal tipo de ocorrência é a colisão frontal, responsável por quase 40% das mortes no trânsito”.

Loffreda sugere medidas combinadas para a diminuição de mortes: “a promoção de educação sobre a importância do respeito às leis de trânsito, da condução defensiva e dos riscos associados à imprudência; a fiscalização eficiente das leis de trânsito; o investimento em infraestrutura, com sinalização clara, faixas de pedestres bem demarcadas, calçadas seguras, ciclovias separadas e vias bem iluminadas; e o incentivo ao transporte sustentável para promover o uso de meios de transporte alternativos, como o transporte público”.

Ele também destaca a relevância de campanhas como o Movimento Maio Amarelo (veja mais informações ao lado): “é importante realizar campanhas regulares de conscientização sobre segurança viária, destacando os principais riscos e promovendo comportamentos seguros tanto para motoristas quanto para pedestres e ciclistas, além de utilizar tecnologias avançadas, como sistemas de controle de velocidade, sensores de detecção de pedestres e veículos autônomos, para melhorar a segurança nas vias e prevenir acidentes”.

imagem do author
Colaborador

Eduardo Prestes / Arte: Edi Edson