Cacique Cobra Coral voltará com Paes para “dominar” o clima do Rio
Médium que afirma incorporar a entidade voltará a trabalhar na gestão do novo prefeito. É a mistura da religiosidade e a política tanto combatida
Nas últimas eleições municipais, Eduardo Paes (Democratas) foi eleito prefeito do Rio de Janeiro. Mas não foi só ele que voltou a comandar a cidade. A médium Adelaide Scritori, que afirma incorporar o espírito do Cacique Cobra Coral – entidade que diz controlar o tempo – também está de volta, de acordo com informações do site Veja Rio, no dia 30 de novembro.
Ela já trabalhou para o governo por quase duas décadas: desde 2000 era chamada para evitar temporais na virada do ano em Copacabana e monitorar os carnavais. Também era procurada por políticos e empresários para que a cidade não sofresse com enchentes, deslizamentos e o insucesso de grandes eventos (como Rock in Rio, Réveillon e Árvore de Natal da Lagoa).
Entretanto, na gestão de Marcelo Crivella a parceria entre a médium e a prefeitura foi suspensa. Mas com a eleição de Paes ela voltará a usar seus “poderes paranormais” para monitorar o clima e as precipitações no Rio.
Histórico não é bom
É interessante notar que tal parceria no passado não impediu que chuvas torrenciais atingissem a cidade da mesma forma causando prejuízos em muitos aspectos, como em 2010. Na época, Paes admitiu incompetência do governo em entrevista no Balanço Geral RJ.
Posteriormente, em abril de 2011, um temporal lançou toneladas de lixo, lama e entulho nas ruas da Tijuca. Como resultado, só no primeiro dia de limpeza, foram recolhidas 300 toneladas de resíduos. Em 2015 as fortes chuvas também causaram alagamentos e deslizamentos.
Repercussão
Além disso, outros sites também divulgaram a notícia do início deste texto. Uma delas foi a revista digital Diário do Rio, que, nas publicações, teve uma série de comentários. Um deles, com uma interessante reflexão:
“Já pensou se o Crivella contratasse o Bispo Macedo pra fazer o Clamor do Tempo, e mudar o clima? Soaria absurdo né? Já parou pra pensar nisso? Mas agora a farra com o dinheiro público vai voltar com o sr. Eduardo Paes misturando (e não venha dizer que não) religião e política, com o dinheiro que sai do seu bolso”, comentou a leitora Raquel.
No Facebook do veículo, há várias críticas sobre o assunto:
“Crivella não podia, era bombardeado por ser Universal. Agora Eduardo Paes tudo certo ser espírita, nossa”, escreveu Monique Tiago.
“Já começando gastar dinheiro atoa (sic)”, questionou Brenda Moura.