Estamos em uma época de tensão, por conta das eleições municipais que ocorrerão em todo o País em 6 de outubro e do possível segundo turno em 27 de outubro, se for necessário. Nosso desafio como eleitores será escolher prefeitos e vereadores. A eleição para prefeitos será realizada em dois turnos, caso nenhum candidato obtenha mais de 50% dos votos válidos na primeira etapa. Já para as Câmaras de Vereadores, a eleição ocorrerá em turno único.

Os debates eleitorais costumam ser momentos intensos e polêmicos das campanhas políticas. Já estamos observando as trocas de farpas, discussões inúteis e até agressões físicas, como cabeçadas e cadeiradas. E é sobre isso que gostaria de falar aqui.

Embora muitas vezes as perguntas dos mediadores sejam interessantes para discutir propostas e conhecer melhor os candidatos, o comportamento dos pleiteantes aos cargos nem sempre é louvável. Falta de respeito, ataques pessoais e agressividade frequentemente dominam as declarações e desviam o foco das propostas.

Os pilares para a escolha

Os debates não devem ser o único meio para tomar uma decisão. Afinal, é impossível conhecer todos os candidatos apenas pela TV, já que o tempo de exposição é limitado e a participação geralmente é restrita aos que se destacam nas pesquisas de intenção de voto. Em outras palavras, apenas os candidatos com maior popularidade costumam ser convidados.

Então, votar de forma inteligente requer um pouco mais de esforço. Costumo dizer que existem três pilares para fazer uma escolha assertiva. Chamo-os de PPP: propostas, posicionamento e partido. Nesse sentido, um bom eleitor deve analisar o que aquele político quer fazer durante sua gestão. A maioria dos candidatos tem sites oficiais nos quais publicam seus planos de governo e outras informações relevantes.

Além disso, é essencial conhecer o histórico e a ideologia política deles. É fundamental entender as posições deles sobre temas que são importantes para você. Isso pode ser feito por meio de entrevistas, debates nos quais participaram, artigos e declarações públicas deles. Além disso, é essencial avaliar o caráter deles, suas bases de apoio e o partido aos quais estão vinculados.

Vale ressaltar que as campanhas políticas e de marketing deles é financiada pelo fundo eleitoral, ou seja, o dinheiro que você e eu pagamos em impostos. Só para que você tenha uma ideia, o valor aprovado para as eleições municipais deste ano foi de R$ 4,9 bilhões. Mas isso será assunto para um próximo artigo.

Voltando à questão da escolha do futuro gestor no Executivo municipal e dos integrantes do Legislativo da sua cidade ou região, pense não apenas em seus próprios interesses, mas no impacto geral que sua decisão na hora de votar causará. Por exemplo, como a eleição afetará sua comunidade local? Reflita sobre como o novo prefeito e os vereadores eleitos podem ajudar a resolver os problemas do seu município. Saiba que nunca foi tão necessário se posicionar. Então, escolha com sabedoria.