Homem simples e temente a Deus, Saul foi coroado primeiro rei de Israel e se afastou do Senhor ao longo da trama de Reis. Carlo Porto foi o responsável por viver essa mudança intensa do personagem, que teve um fim trágico. Após perder os filhos na batalha contra os filisteus, o rei se viu cercado pelos inimigos e se lançou sobre uma espada na reta final de A Perseguição.

Em entrevista ao site oficial, Porto falou sobre a despedida da série e contou que o sentimento é de dever cumprido.

• “Foi muito difícil dar conta dele, porque a história é riquíssima. Ele começa como homem do campo, pai de família, com a vida em ordem e bem estruturada. Era um homem sem muitas expectativas. E, de repente, cai no colo dele a responsabilidade de comandar a nação. A partir desse momento, começamos a ver como ele lida com isso.”

O personagem passou a apresentar pequenos desvios no comportamento depois da coroação e, ao longo do tempo, começou a desobedecer a Deus. As atitudes de Saul fizeram com que ele fosse rejeitado pelo Senhor. Mas o israelita não aceitou isso e perseguiu o novo escolhido, Davi (Cirillo Luna). Durante a trama, Porto passou por muitas sequências marcantes que mostraram as nuances de Saul.

• “Sabia que seria difícil. [Fiz] cenas que me exigiram muita concentração, mas acho que posso olhar para a minha trajetória com muito carinho e orgulho, porque acredito que foi entregue um excelente trabalho”.

O rei foi atormentado por um espírito mau durante a quarta temporada e, em vários momentos, se descontrolou com Jônatas (Miguel Coelho) e Ainoã (Francisca Queiroz).

• “Tivemos sequências que exigiram a parte física, como as cenas de guerra na segunda temporada. Lembro que, depois da batalha contra os amonitas, passei 15 ou 20 dias com o corpo dolorido, foi muito difícil. Fora a parte física, as cenas mais difíceis eram aquelas relacionadas à loucura dele.”

Porto ainda destacou a relação de Saul e Davi, que era harpista do rei na juventude e se tornou um dos guerreiros do exército. Davi começou a incomodar o líder de Israel ao vencer muitas batalhas e ganhar a admiração do povo. Na quinta temporada, com o início da perseguição, a relação entre os dois passou por muitos altos e baixos.

• “É um garoto que Saul amava muito e, às vezes, não sabia como lidar com isso. Ele sabia que Davi era melhor do que ele e estava preparado de todas as formas. Saul falou isso e reconheceu para Davi. Então, ele era, sim uma pessoa especial aos olhos do rei.”

Segundo o ator, a lição do personagem está relacionada à fé:

• “Em raríssimos momentos, Saul deu algum espaço para Deus. Então, temos dois homens [Saul e Davi] na história que nos ensinam muito, um pelo exemplo e outro, não. O que fica para mim é essa relação com Deus mesmo. Como é passar pelos problemas da vida e pelas situações do cotidiano distante ou perto dEle. É isso que tento levar para a vida.”

Nos bastidores, o ator conquistou elenco e equipe, resultado da relação que construiu durante quase um ano de gravação.

• “Demos o sangue aqui durante meses. Então, saber disso tudo faz com que o projeto seja ainda mais especial para mim. Dá peso para tudo isso que vivemos aqui dentro. Com certeza, daqui a dez, 15 dias [após as gravações] já vou estar morrendo de saudade.”

Reveja o fim da história de Saul em PlayPlus.com. Lá, você também encontra todas as temporadas de Reis para assistir quando e onde quiser. A sexta temporada de Reis, intitulada A Conquista, chega à tela da Record TV em 2023.