Casamento infeliz pode matar tanto quanto fumar, aponta estudo
Morte precoce é maior entre casados infelizes do que entre bem-casados
Estudo realizado pela Universidade de Tel Aviv (Israel) demonstrou que estar em um casamento infeliz pode matar precocemente tanto quanto fumar ou ser sedentário. De acordo com os cientistas, ter um matrimônio feliz é capaz de salvar vidas.
A pesquisa foi realizada analisando registros que mais de 10 mil homens deixaram durante 32 anos. Além de estudarem a vida social e matrimonial de cada participante do estudo, também foram analisados os cuidados com a saúde e as causas de morte. A precisão dos dados é extrema, pois todos os registros pertenceram a funcionários do Estado Israelense.
“Nosso estudo mostra que a qualidade do casamento e da vida familiar tem implicações na saúde para a expectativa de vida”, afirma o autor do estudo, Dr. Shahar Lev-Ari. “Homens que relataram perceber seu casamento como um fracasso morreram mais jovens do que aqueles que consideraram seu casamento muito bem-sucedido”.
Os autores descobriram que estar infeliz no matrimônio aumenta os riscos de morte por diversos problemas, como doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão. Exemplificando: um homem infeliz no casamento tem 69,2% mais chances de morrer por derrame.
No geral, o risco de mortes por qualquer razão entre os homens casados infelizes é maior do que entre os homens casados felizes. A proporção é semelhante à da taxa de mortes entre homens fumantes e não-fumantes; e à da taxa de morte entre homens sedentários e não-sedentários.
Em suma, o estudo publicado na prestigiada revista científica Journal of Clinical Medicine aponta que ser infeliz no casamento mata, especialmente entre os mais jovens.
Vacina contra a infelicidade matrimonial
Embora casamentos infelizes façam extremamente mal a todos os envolvidos, existem muitas pessoas que mantêm seus relacionamentos nessa condição. Em vez de os cônjuges se unirem e trabalharem para resolver os problemas, eles se afastam e se tornam cada vez mais individualistas.
No livro “Casamento Blindado: O Seu Casamento à Prova de Divórcio”, os conselheiros matrimoniais Renato e Cristiane Cardoso descrevem que o casamento feliz só é possível quando os dois se dedicam à união. O amor é importante, mas ele só vai existir, crescer e se fortalecer se cada um se esforçar para fazer o outro feliz.
“O casal precisa se conhecer”, explica Renato Cardoso. “Infelizmente, muitos casais nunca aprenderam a se amar. Uniram-se devido a um sentimento, uma paixão ou outra circunstância, mas não aprenderam a estudar, explorar um ao outro e descobrir o que faz o outro feliz”.
De acordo com os autores, “quando você não conhece bem a outra pessoa é impossível amá-la. Você não sabe o que a agrada ou irrita, quais são seus sonhos e suas lutas, nem o que ela pensa. Por esse motivo, provavelmente cometerá muitos erros no relacionamento, o que provocará inúmeros problemas. Estes problemas os afastarão, ainda que vocês sejam casados e tenham se apaixonado um dia”.
São justamente esses problemas que trazem infelicidade no casamento e, conforme apontado pelos cientistas israelenses, aumentam a taxa de mortalidade.
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