Casos de dengue aumentam em todo o País e prevenção é a melhor forma de evitar a doença
De acordo com o Ministério da Saúde, entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, houve um aumento de 46% em comparação ao mesmo período de 2022
No dia 2 de março último, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou a nova vacina para a dengue, de origem japonesa, que poderá dar uma ampla proteção contra o vírus no País. Este é o segundo imunizante contra a doença a receber registro no Brasil. Contudo, diferentemente do primeiro, ele é composto por quatro diferentes sorotipos do vírus causador da dengue, pode ser aplicado em quem ainda não teve a doença.
Por que isso é relevante:
A informação veio ao encontro de números muito preocupantes para os brasileiros nesta época. De acordo com o Ministério da Saúde, somente entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, cerca de 160 mil casos de dengue foram registrados em todo o País, um aumento de 46% em comparação ao mesmo período de 2022.
Em Minas Gerais, por exemplo, mais de 25 mil casos de dengue e nove mortes pela doença já foram registrados, segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Dados como estes servem de alerta às autoridades e aos moradores, uma vez que a tendência é de aumento de casos por causa do calor e das chuvas.
Como ainda não há data prevista para a distribuição da vacina contra a dengue para a população, a única e melhor forma de evitar a doença continua sendo a prevenção.
Entenda mais sobre a dengue:
- A dengue é mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil;
- O vírus dengue é um arbovírus transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, que pica principalmente durante o dia;
- O período do ano com maior transmissão ocorre nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio;
- O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, maior disseminação da doença;
- A dengue, na maioria dos casos leves, tem cura espontânea depois de 10 dias. É importante ficar atento aos sinais e sintomas da doença, principalmente aqueles que demonstram agravamento do quadro, e procurar assistência na unidade de saúde mais próxima;
- O indivíduo pode ter dengue até quatro vezes ao longo de sua vida, pois pode ser infectado com os quatro diferentes sorotipos do vírus. Uma vez exposto a um deles, após a remissão da doença, passa a ter imunidade para aquele sorotipo específico.
Conheça os sintomas e sinais de alerta:
Os principais sintomas da dengue são febre alta (> 38°C); dor no corpo e articulações; dor atrás dos olhos; mal estar; falta de apetite; dor de cabeça; manchas vermelhas no corpo. Também podem acontecer erupções e coceiras na pele.
No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas) ou apresentar quadro leve; bem como pode apresentar sinais de alarme e de gravidade, como dor abdominal intensa e contínua; vômitos persistentes; acúmulo de líquidos; sangramento de mucosas.
Os riscos aumentam quando o indivíduo tem alguma doença crônica, como asma brônquica, diabetes mellitus, anemia falciforme, hipertensão, além de infecções prévias por outros sorotipos.
O que podemos fazer para prevenir:
Para controlar os focos de mosquito transmissor, Aedes aegypti, é muito importante que cada cidadão faça a sua parte, uma vez que 80% dos focos estão nas residências e os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente.
- Reduzir a infestação de mosquitos por meio da eliminação de criadouros, sempre que possível, ou manter os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas/capas/tampas;
- Evitar água parada; retirar a água dos pratos de plantas; colocar garrafas vazias de cabeça para baixo;
- Limpar o quintal, e jogar fora o que não é utilizado; manter tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer recipiente fechados;
- Proteger as áreas do corpo que o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas; usar repelentes nas partes expostas do corpo e também sobre as roupas;
- Utilizar mosquiteiros sobre a cama, telas em portas e janelas e, quando disponível, ar-condicionado.
Para saber mais sobre este assunto:
* Com informações do Ministério da Saúde