“Cemitério ou cadeia: era o que minha mãe pensava para mim”

Mateus de Matos teve oito passagens pela polícia. Descrente de si mesmo, ele encontrou em Deus o começo de uma nova história

Imagem de capa - “Cemitério ou cadeia:  era o que minha mãe pensava para mim”

Mateus de Matos, (foto abaixo) de 22 anos, teve oito passagens pela polícia na adolescência. Ele conta que não se interessava em buscar a Deus: “aos 12 anos, cheguei a frequentar uma Igreja com a minha mãe, mas não por vontade. Ia só para agradá-la”, diz.

Mateus se recorda que foi aos 13 anos que teve início seu envolvimento com o mundo do crime. “Comecei a fumar cigarro e maconha, a beber e a usar cocaína, heroína, haxixe e ecstasy. Quando percebi, estava envolvido com más amizades e virei traficante. Minha primeira prisão foi aos 15 anos por tráfico de drogas: fui pego com 52 malas de pasta-base de cocaína. Quando saí da cadeia, passei a ‘tocar o terror’ e fui preso de novo. Saí de lá e cometi um assalto à mão armada”, relata.

A última prisão aconteceu quando ele tinha 18 anos. “Fiquei cinco dias detido. Eu dizia a mim mesmo que eu tinha comprovado o que era ver o sol nascer quadrado. A cadeia é onde, literalmente, o filho chora e a mãe não vê.”

Fora da cadeia, todas as confusões em que Mateus acabou se envolvendo, na verdade, escondiam o fato dele não conseguir lidar consigo mesmo. “Eu tentava preencher o vazio que existia dentro de mim com baladas, mulheres e amizades, mas não conseguia. Estava com a vida totalmente destruída.”

2017 para 2018

Mateus chegou à Universal em 2018 depois de aceitar um convite de sua irmã, Eliane, para assistir ao filme Nada a Perder, que retrata a história do Bispo Edir Macedo. “Algumas partes do filme tocaram em mim e até chorei. A partir daquele dia, dei uma chance a Deus. Cheguei à Igreja deprimido, com um buraco imenso na alma. Escutei falar de Salvação e disse a Deus que entregaria minha vida a Ele e que abandonaria o que quer que fosse para tê-Lo.”

Ele conta o que aconteceu posteriormente: “no dia seguinte, não usei mais drogas e tinha mudado a maneira de viver. Me batizei nas águas depois de duas semanas e comecei a buscar o Espírito Santo no 22 de abril de 2018. E, no dia 10. de julho do mesmo ano, fui batizado com o Espírito Santo. Senti a disposição de fazer a Obra de Deus e ajudar a tantas pessoas que, como eu, um dia estiveram perdidas”, diz.

TRANSFORMAÇÃO
A mudança que começou no interior de Mateus é notória. Hoje, ele é empresário e deseja servir a Deus no Altar. “Minha mãe me enxerga como um homem de Deus e vê o poder sobrenatural da Fé. Ela cansou de ver a polícia batendo na porta de casa, de me ver saindo de dentro da viatura e não aguentava mais tanto sofrimento. Cemitério ou cadeia: era o que minha mãe pensava para mim e, hoje, ela me vê servindo a Deus. Coloco a cabeça no travesseiro e sinto a verdadeira paz. Não me preocupo com o que vai acontecer no outro dia, pois meu tesouro é o Espírito Santo. É Ele quem me dá forças para permanecer na Fé, me leva a prosseguir e me fortalece nos momentos de fraqueza. Sem Ele, nem sei onde estaria”, finaliza.

imagem do author
Colaborador

Flavia Francellino / Fotos: Cedidas