Ceratopigmentação: o procedimento para alterar a cor dos olhos

Conheça os riscos que a técnica pode oferecer à sua saúde

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No início do ano, o caso da modelo brasileira Layyons Valença, que mudou a cor dos olhos por meio de um procedimento estético, chamou a atenção. Ela que antes tinha olhos castanhos alterou permanentemente a sua íris para a cor azul, por meio da técnica de ceratopigmentação, um tipo de tatuagem na córnea.

No mesmo período, a influencer Juliana Priscila realizou a mesma cirurgia e admitiu ter gastado aproximadamente 9 mil euros (cerca de R$ 50 mil).

O procedimento não é legalmente autorizado no Brasil, por isso, aqueles que desejam “aperfeiçoar” a aparência dos olhos recorrem a outros consultórios fora do País, como na Suíça. Todo o processo dura, em média, 30 minutos, mas, apesar de ser um método de curta duração, os seus riscos podem se estender para toda a vida.

Complicações:

O método da ceratopigmentação é realizado por meio de pequenas incisões na córnea (camada protetora do globo ocular), onde pigmentos são aplicados a fim de mudá-la definitivamente. Há ainda aqueles que optem pelo procedimento de despigmentação, técnica que utiliza laser para queimar células que produzem coloração a fim de mudar tons mais escuros para mais claros.

Tanto uma quanto a outra podem causar danos como:

  • infecções;
  • sensibilidade à luz;
  • afinamento e perfuração da córnea;
  • glaucoma;
  • catarata;
  • cegueira;
  • entre outras complicações de alto risco.

Segundo a BBC, recentemente uma modelo que optou por submeter-se ao procedimento teve sérias complicações que a deixou com a visão de uma pessoa de 90 anos. Ela relatou que perdeu 50% da visão em um olho e 80% no outro.

Vale a pena?

Muitas são as pessoas que, motivadas pelos estereótipos do mundo, pagam qualquer preço a fim de ter a imagem perfeita. E isso não se limita apenas ao valor monetário investido, mas, também, inclui a sua saúde e integridade. Afinal, será que tudo isso vale a pena?

O Bispo Edir Macedo, em sua recente obra Segredos e Mistérios da Alma, ressalta que, embora o corpo seja apreciado e cultuado por muitos, pouquíssimas são as pessoas que dão a atenção devida àquilo que mantém o corpo vivo, isto é, a alma:

  • “Por mais belo e saudável que um corpo seja, em determinado momento sua fragilidade humilhará o seu dono, que sentirá o peso de suas limitações físicas. É, portanto, um alto privilégio ter o cuidado da parte de Deus em dar para a nossa alma não somente um corpo neste mundo, mas, sobretudo, um corpo celestial no porvir”.

Por isso, em vez de investir naquilo que tem prazo de validade, invista no que realmente vale a pena: a eternidade.

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Colaborador

Yasmin Lindo / Foto: iStock