“Cheguei a pesar 32 quilos”
Veja como a designer de interiores Carolina Feitosa venceu transtornos alimentares e a depressão
Desde pequena, a designer de interiores Carolina Feitosa, de 32 anos, sofria com problemas relacionados à aparência. Por ser baixinha e estar sempre acima do peso, ela diz que muitos tinham a impressão de que ela não crescia. “Nas reuniões de família, meus primos faziam brincadeiras maldosas quanto a minha forma física. Embora eu nunca tenha sido pressionada a emagrecer, aquilo me incomodava. Minha mãe percebeu a situação e fomos ao médico, que indicou uma dieta”, relembra.
Contudo a mudança de hábitos alimentares trouxe outros problemas: “tentei fazer a dieta, mas minha vontade de comer era maior.
Comecei a tomar remédios para controlar a compulsão alimentar e depois passei a tomar ansiolíticos (para a ansiedade). Durante toda a infância eu sabia que tinha que controlar meu peso e, quando cheguei à adolescência, queria ser magra como minhas amigas”.
Para não se sentir inferiorizada, Carolina passou a ir à academia. “Eu me empolguei com os exercícios. Não era mais a ‘gordinha balofa’.
Além da dieta, comecei a fazer ‘minha’ restrição alimentar e a ficar cada vez mais magra. Eu estava com anorexia (transtorno alimentar em que pessoa não come), mas só me dei conta quando, apesar de usar roupas de tamanho adulto, comecei a comprar as infantis. Meu estado ficou crítico quando não tive forças para levantar da cama e comecei a perder cabelo. Cheguei a pesar 32 quilos”, recorda.
O médico repreendeu Carolina e ocorreu o efeito contrário. “Tive bulimia: eu comia e vomitava ou tomava laxantes para não engordar.
Quando mudamos para outra cidade, comer era minha válvula de escape. Eu comia escondido e tinha crise de depressão, mas ninguém desconfiava. Em um ano e meio fui dos 32 aos 88 quilos. Aos 19 anos, fiz lipoaspiração e me tornei viciada em atividade física. Eu queria ser a garota da capa de revista. Minha vaidade me cegava e o autoengano estava me tornando bipolar e mais arrogante.”
Carolina se achava feliz por ter finalmente o corpo perfeito. “Era legal ver os elogios nas redes sociais, mas ninguém sabia que à noite o meu travesseiro ficava encharcado de lágrimas. Nas consultas, eu discutia com o médico para aumentar as doses de medicamentos para ansiedade e depressão. Fui orientada a fazer terapia. Também tentei usar florais e fazer tratamentos espirituais, mas nada resolvia.”
Foi aí que ela resolveu buscar a Deus. “Decidi ir à Universal depois de assistir a um programa de TV. Eu acreditei naquela Palavra e, quando chegou a Fogueira Santa, fiz meu sacrifício no Altar. Depois veio a libertação dos vícios, fui curada e me batizei”, conta.