China endurece leis e intensifica perseguição aos cristãos
O Partido Comunista Chinês aprovou novas leis que restringem severamente a atuação de missionários cristãos. Entenda como isso reforça a perseguição aos cristãos na China
Perseguição aos cristãos na China: O Partido Comunista Chinês (PCC) publicou, no início deste mês, novos regulamentos que proíbem missionários estrangeiros de pregarem ou compartilharem sua fé na China. As regras entram em vigor em 1º de maio de 2025.
Além disso, o governo exige aprovação oficial para qualquer organização religiosa operada por estrangeiros. Ou seja, pregar sem permissão passa a ser uma infração considerada ameaça à segurança nacional.
Por que isso importa:
Esse movimento aprofunda ainda mais a perseguição aos cristãos na China. O Partido Comunista há muito tempo desconfia de qualquer forma de fé que não esteja sob seu controle direto. Dessa forma, restringe a liberdade religiosa e fortalece sua autoridade sobre os cidadãos.
De acordo com a mídia estatal, essas novas normas servem para “proteger atividades religiosas normais”, termo usado para descrever cultos sob vigilância estatal, realizados em instituições controladas pelo governo.
Assim, entenda o que está por trás:
A China possui duas instituições religiosas reconhecidas oficialmente: a Igreja Protestante das Três Autonomias e a Associação Patriótica Católica Chinesa. Ambas são usadas para propagar a ideologia do Partido.
Por meio de sermões, canções e eventos comunitários, essas igrejas promovem a fidelidade a Xi Jinping. Em contrapartida, igrejas domésticas independentes são tratadas como ameaças ao Estado e rotuladas como seitas extremistas.
Portanto, o que dizem os dados:
O governo chinês tem orgulho de sua repressão. Em 2024, segundo o jornal estatal Global Times, as autoridades intensificaram os esforços para desmantelar organizações religiosas não autorizadas.
O Ministério da Segurança Pública, por exemplo, publicou no WeChat que aumentou os investimentos em tecnologia de vigilância e contratação de agentes. Tudo para combater igrejas independentes. Portanto, o Estado assume abertamente que vigia e reprime os cristãos.
Desta maneira, como isso afeta os fiéis:
Na prática, quem participa de igrejas domésticas corre riscos reais. Os cultos são invadidos. Membros são presos. Pastores são interrogados. Além disso, o sistema de vigilância do país coleta dados sobre hábitos, roupas e relacionamentos dos cidadãos para medir sua lealdade ao Partido.
Quem é considerado “incompatível” com os ideais do PCC entra no radar estatal. Frequentemente, isso inclui qualquer pessoa que deseje viver sua fé fora das instituições oficiais.
O que isso revela:
A perseguição não é apenas religiosa. Ela é política. O Partido vê na fé cristã uma ameaça à sua autoridade totalitária. Por isso, tenta transformar igrejas em braços ideológicos do governo.
Ao mesmo tempo, pune duramente qualquer cristão que deseje manter sua autonomia espiritual.
O que está em jogo:
A liberdade religiosa está sob ataque. O avanço da tecnologia e a centralização de poder na China transformaram o país em um laboratório de repressão altamente eficiente.
Contudo, mesmo sob intensa perseguição, os cristãos chineses continuam se reunindo, orando e resistindo.
Eles sabem que sua fé é maior do que qualquer regime.
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