Cirurgia de mudança de gênero é proibida em mais um estado dos EUA
New Hampshire se junta a mais 25 estados do país. Entenda
Nos Estados Unidos, mais da metade dos estados aprovaram leis que proíbem a realização de procedimentos experimentais trans em jovens, e New Hampshire é o mais novo estado a proibir a realização de cirurgias de mudança de sexo em crianças.
O que você precisa saber:
Além de impedir a realização de cirurgias que envolvem mutilação corporal em crianças e jovens menores de idade, New Hampshire também passou a proibir que meninos e homens participem de competições atléticas exclusivas para meninas e mulheres.
O governador republicano, Chris Sununu, sancionou diversas leis que entrarão em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025, que passarão a proibir que médicos realizem cirurgias de mudança de sexo em crianças e adolescentes que apresentem disforia de gênero.
“Há uma razão pela qual países ao redor do mundo — da Suécia à Noruega, França e Reino Unido — tomaram medidas para pausar esses procedimentos e políticas”, disse o governador.
Desta forma, New Hampshire se torna mais um entre os outros 25 estados estadunidenses que proíbem alguns ou todos os procedimentos trans em crianças e jovens menores de 18 anos. Os demais são: Alabama, Arizona, Arkansas, Flórida, Geórgia, Idaho, Indiana, Iowa, Kentucky, Louisiana, Mississippi, Missouri, Montana, Nebraska, Carolina do Norte, Dakota do Norte, Ohio, Oklahoma, Carolina do Sul, Dakota do Sul, Tennessee, Texas, Utah, Virgínia Ocidental e Wyoming.
O que analisar:
A decisão pela proibição vem decorrente da preocupação com o trauma físico, mental e emocional ao longo da vida que acompanha tais procedimentos realizados em jovens saudáveis.
Esses procedimentos envolvem cirurgias mutiladoras do corpo, como castração e histerectomias eletivas.
Diante disso é possível lembrar da jovem Chloe Cole (foto ao lado), de 20 anos, ex-transgênero, que se arrependeu da transição de gênero à medida que ficou mais velha. Ela se tornou uma das vozes mais importantes que atuam contra a realização desses procedimentos de deformação corporal em crianças e adolescentes.
Ela afirmou que a pressa em “afirmá-la” como um garoto e realizar cirurgias irreversíveis deixou “profundas feridas físicas e emocionais, arrependimentos severos e desconfiança do sistema médico”.
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