Clima seco e frio agrava os sintomas da COVID-19
Pesquisa da King's College de Londres mostra que temperaturas mais quentes reduzem a mortalidade em aproximadamente 15% para cada aumento de 1ºC
Os sintomas da COVID-19 tendem a se agravar nos meses mais frios do ano. Isso é o que demonstrou um estudo realizado por uma colaboração internacional de pesquisadores da Europa e da China com o King’s College de Londres. Além disso, o ar seco em ambientes fechados, criados por ar-condicionado, por exemplo, ajudam a espalhar o vírus.
Os pesquisadores analisaram dados de 40 mil pacientes. O levantamento dessas informações, adicionados à temperatura local e à umidade interna estimada, mostrou que a gravidade da doença foi diminuindo à medida que o verão foi se aproximando. E, trazendo temperaturas mais quentes e clima mais úmido.
Além da diminuição de hospitalizações, entradas em UTI e necessidade de respirador, o tempo mais quente reduziu a mortalidade. Uma diminuição de aproximadamente 15% para cada aumento de 1ºC.
Incidência sazonal
Embora os resultados tendam a demonstrar que o novo coronavírus se comporta como muitos outros vírus, com uma incidência sazonal, sendo mais comum nos meses mais frios do inverno, ainda não se sabe se o vírus que causa a COVID-19 segue um padrão semelhante.
Os pesquisadores ressaltam que estudos anteriores mostraram que a transmissão viral parecia diminuir à medida que a temperatura e a umidade aumentavam.
“Nossas descobertas apontam para a importância do ambiente na transmissão e gravidade da COVID-19. Além de servirem como argumento para o aumento da umidade e hidratação como uma forma de combater o novo coronavírus”, afirmou Gordan Lauc, professor do King’s College e autor do estudo, por meio de nota.