O ano de 2025 está chegando e é natural que cada um tenha a sua lista de desejos para os próximos 12 meses. No âmbito profissional, muitos querem ser promovidos ou até migrar para um emprego que atenda melhor às suas expectativas, com salário maior e projetos desafiadores, por exemplo. No entanto não são poucos os que se sentem frustrados com a falta de perspectiva profissional quando percebem que estão estagnados. O grande problema é quando eles não entendem que, além de lidar com esse sentimento, terão que tomar medidas práticas para mudar essa realidade e alcançar seus objetivos profissionais.

Para Eduardo Machado, professor de gestão, liderança e equipes de alto desempenho no Centro Universitário UniArnaldo, em Belo Horizonte (MG), o primeiro passo rumo ao crescimento profissional é a autoavaliação. “É muito importante a pessoa fazer uma análise situacional para perceber se ela está em uma empresa de que gosta, em um ramo que prefere e se realmente não está corrompendo a sua essência ao trabalhar apenas por dinheiro ou algo passageiro ao qual ela está agarrada ainda com toda a sua força”, observa.

Cada profissional deve analisar suas habilidades técnicas e comportamentais. “É necessário perceber se as competências que o profissional tem estão sendo utilizadas ou não e se as competências que ele ainda não tem podem ser alcançadas no curto e médio prazo ou não. Essa autoanálise ajuda muito na contextualização de onde a pessoa está e aonde quer chegar. Em vez de fazer um movimento desesperado à procura de novas competências ou de novas situações de emprego, é mais importante fazer essa análise. A projeção na carreira depende de preparação”, declara.

Ele afirma que também é muito interessante contar com o auxílio de profissionais da área de recursos humanos e dá mais um conselho: “e também de mentores que tenham já trilhado um caminho profissional nos quais possamos nos espelhar e fazer um paralelo sobre como podemos melhorar exatamente o que estamos fazendo. Às vezes, insistimos em algumas práticas e abordagens que talvez sejam pouco eficientes hoje no mercado. Por isso, temos que fazer uma reformulação completa não só da qualidade e da quantidade do que queremos atingir, mas também do modo como procuramos melhorar”, analisa.

Ele enfatiza ainda a importância do networking. “Hoje em dia, a gente trabalha, respira e sobrevive em equipe e ninguém quer trabalhar com pessoas que são fonte de problema, que não gostam de trabalhar e que atrasam o processo como um todo. Há redes importantes que fazem esse tipo de aproximação, mas a pessoa tem que procurar networking antes de ser piegas, de puxa-saquismo e de rebaixamento. É conversar com seres humanos sobre trabalho e sobre desempenho profissional. Cada dia você faz um contato novo, um tipo de abordagem nova que pode chegar a virar uma oportunidade boa de novos negócios e novos trabalhos”, esclarece.

Por isso, é preciso se comunicar. “A pessoa que não é lembrada, que não é cogitada em determinados momentos, nunca vai ser a escolhida ou a acionada. Não podemos ficar no nosso canto, na nossa casa, esperando que o telefone toque ou que um e-mail chegue, quando não fomentamos esse tipo de projeção antes. Precisamos mostrar ao mercado que estamos disponíveis para o trabalho ou que estamos mudando de carreira e tudo passa por esse processo de divulgação. Mas é um plantio que se faz paulatinamente”, conta.
Para isso, existem dois modais: “o digital, que você pode consolidar até de uma forma rápida e menos onerosa, mais tranquila; e o físico, que é um pouquinho mais lento, mas é um processo mais consistente. Conversar com a pessoa, trocar impressões, um contato pelo WhatsApp é mais favorável do ponto de vista de relacionamento”, diz.

Machado aconselha ainda um tripé de atitudes básicas para 2025: “observe muito claramente o campo tecnológico em sua área e faça uma atualização tecnológica rápida e precisa. Em outro campo, perceba se, na sua profissão, você já tem o domínio e o nível desejados. Talvez não teve ainda a chance que espera, pois falta a graduação ou talvez uma especialização ou um MBA (Master in Business Administration) seja o caminho para dar um passo adiante. E, por último, faça um acompanhamento psicológico, psicotécnico, uma mentoria. Isso o ajudará muito a catalisar rapidamente outras ações”, conclui.

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